quinta-feira, 19 de novembro de 2020
As praças de Holanda
O fim da administração Edivaldo Holanda frente a prefeitura de São Luis se aproxima e muitos gostariam que esse fim demorasse ou, então, que, por alguma arte, a sua administração ultrapassasse os limites dos oito anos impostos pela legislação eleitoral brasileira. Edivaldo Holanda se elegeu em 2012 e por quase todo o mandato foi desacreditado. Elegeu-se em 2012 porque seu adversário João Castelo administrava São Luis como quem administrava uma mercearia dos anos 80, ou seja, sem ter a menor noção do quanto podia gastar e em quanto se endividara . João Castelo buscara fixar a sua administração municipal em uma miragem dos anos 70, miragem esta que fora o seu governo estadual e pelo qual enchera a cidade de grandes obras estruturantes (conjuntos habitacionais, abastecimento de água e etc). Ele procurou repetir esse espirito obreiro entre os anos de 2008 e 2012 com destaque para a implantação de um VLT (Veiculo Leve sobre Trilhos) cujo trajeto começaria na Praia Grande e se prolongaria até o Itaqui Bacanga. Custaria uma nota preta para uma prefeitura com pouca capacidade de investimentos em infra estrutura. Tava na cara que o VLT não passava de obra eleitoreira e que só a instalação de trilhos na área do Aterro do Bacanga causava impactos sociais, ambientais e econômicos indesejáveis para a população. A figura de Edivaldo Holanda no cenário politico ludovicense era praticamente nula. Para derrotar Castelo, ele era o que tinha, pois Flavio Dino se mostrava avesso a disputar novamente a eleição para prefeito. Edivaldo Holanda derrotou Castelo e o que se viu foi a manutenção dos serviços essenciais da cidade sob responsabilidade da prefeitura, o que Castelo em seus últimos meses como prefeito deixava a desejar. A vitória de Edivaldo Holanda indicava que parte da população ludovicense desejava uma prefeitura ou um gestor que se responsabilizasse pelo básico (postos de saúde, educação, coleta de lixo, transportes e etc). Essa parte, Edivaldo cumpriu daquele jeito de ser ou não ser prefeito. Mais parecia que não queria ser prefeito. Tanto ficou nas sombras da politica que muitos se perguntavam por onde andava e muitos viam em Flavio Dino, eleito govenador em 2014, o verdadeiro prefeito pelas obras que desenrolava na ilha. Uma hora, a maré vira. Edivaldo Holanda, em seu segundo mandato (2016-2020), iniciou um pacote de obras pela cidade que suplantou em termos numéricos e em termos de bairros atendidos as obras de gestores anteriores. Destaca-se a construção e a reforma de praças e a reforma de mercados e esse destaque ocorre porque as pessoas moram em casas ou apartamentos particulares mas eles saem para comprar em mercados públicos e passear em praças publicas e historicamente o espaço publico em São Luis sempre sofreu desprestigio. A entrega dessas obras pelos diversos bairros propiciou um aumento na popularidade de Edivaldo Holanda e com isso veio a pergunta: Por que ele não escolheu seu sucessor? A resposta, acredita-se, deve-se ao seu espirito pouco arrojado e pouco beligerante. A articulação politica para as eleições municipais em 2020 ficou nas mãos de Flavio Dino. Para Holandinha, ficaram a inauguração dos mercados e das praças. Deu no que deu. As praças e os mercados de Holanda ficarão nas mãos de quem?
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