Cleber Verde - aliado de Chico Zulmira famoso grileiro de Santa Quitéria
Raimundo Cutrim - financiado por Gilmar Dalmansur maior desmatador do Baixo Parnaiba na atualidade
Marcos Caldas - defensor dos sojicultores
Mayron Régis
segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011
Santa Quitéria, Baixo Parnaiba maranhense: Projeto Manejo de Bacurizais no Pólo Coceira
As denúncias de desmatamento em uma área que confronta com o pólo Coceira praticado pelo plantador de soja Gilmar Dalmansur.A área está em litigio com a Suzano Papel e Celulose que se apresenta como proprietária de boa parte do Baixo Parnaiba. Como a Suzano não possui documentação veridica dessas áreas o Gilmar vem e desmata com a conivência dos orgãos públicos.
Mayron Régis
quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011
A SUZANO PAPEL E CELULOSE E AS MULETAS NO BAIXO PARNAIBA
A dita responsabilidade social da Suzano Papel e Celulose no Baixo Parnaiba maranhense combina muito bem com os programas sensacionalistas que grassavam e que grassam pelos canais de televisão do estado do Maranhão. Como deixar de mencionar os programas de Jairzinho e de Jose Raimundo, nos “áureos tempos” da TV Cidade e da TV Difusora? O comportamento da Suzano Papel e Celulose no quilombo de Bom Sucesso, município de Mata Roma, em que levou um grupo de palhaços e prometeu empregos para os quilombolas em troca de sua permissão para um desmatamento dentro da área quilombola foi nefasto para as comunidades de Santa Rosa, do Areal e do Murici.
Mayron Régis
terça-feira, 22 de fevereiro de 2011
AS CHAPADAS E OS BACURIS
Daqui a alguns dias será lançado o livro "As Chapadas e os Bacuris", coletânea de artigos do jornalista Mayron Régis.
segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011
Fotos São Raimundo - Encerramento da Primeira Etapa do Projeto
AS CARDOSAS E AS CARRANCAS DO SENHOR ONÉSIO, EM BURITI DE INÁCIA VAZ
As famílias deles sobreviveram ao boom da soja no Baixo Parnaiba maranhense e, no dia 19 de fevereiro de 2011, eles se sentaram na varanda da casa da dona Cardosa para agruparem suas áreas de Chapada em torno de um projeto de gestão ambiental do rio Preto na comunidade das Carrancas, município de Buriti de Inácia Vaz.
Defendeu-se o título “Carrancas do senhor Onésio” para o projeto como forma de homenagear o senhor Onésio, herdeiro de sua avó em uma parcela da Chapada por onde se assomam milhares de bacurizeiros.
Segundo o senhor Onésio, o verdadeiro nome da comunidade é Valência. Carrancas é o antigo nome e assim se denominava por conta do aspecto carrancudo ou então sombreado que se conferia à Chapada antes da chegada dos “gaúchos”.
As Cardosas – assim o senhor Onésio exclamava o nome das parentas da sua esposa e que batalharam e que batalham para segurar mais de cem hectares de Chapada manchados por bacurizeiros de toda ordem gráfica. Os bacurizeiros grafam os céus com seus galhos e seus troncos que assumem formas de uma natureza indecifrável e impressionante.
As Cardosas são as proprietárias puros-sangues de uma linhagem que ainda não se evaporou nas Carrancas. Elas se sentam como se sentavam suas mães e suas avós: cercadas pelos filhos e pelos netos nos quais se apegam com todo grão de arroz que plantaram em suas roças ou com toda a polpa de bacuri que cortaram do caroço.
Os mais velhos argüiam sobre o projeto e a mais nova das Cardosas desvelava as polpas dos bacuris em uma pequena bacia. Ela conduzia a tesoura por cada bacuri como uma costureira faz em um tecido para encontrar o desenho pretendido que servisse tanto para o gosto do cliente como para o seu gosto. Na polpa do bacuri se encontram ao mesmo tempo o tato do extrativista com o paladar do consumidor.
Por mais estranho que possa parecer, o senhor Onésio, um sujeito beirando seus oitenta anos, que nasceu e que se criou nas Carrancas, acudia os bacuris nas Chapadas alheias porque simplesmente ignorava os seus direitos de herdeiro sobre os mais de 160 hectares deixados pela sua avó falecida.
A ignorância vela pelos vivos em quaisquer recintos e em quaisquer circunstâncias no qual se encontrem. Por isso, os dez anos para trás, de onde o senhor Onésio partiu para chegar ao atual patamar em que sua área se mantém como uma das poucas áreas de todo município de Buriti de Inácia Vaz que não foram vendidas para os plantadores de soja e nem devastadas por eles, cravam uma dolorosa lição: o declínio da monocultura da soja e o declínio da agricultura familiar se aproximam em Buriti de Inácia Vaz e em outros municípios do Baixo Parnaiba maranhense quanto mais agricultores familiares venderem suas derradeiras posses.
Mayron Régis
sábado, 19 de fevereiro de 2011
Fórum Regional de Economia Solidária debate sobre a centralidade do desenvolvimento
Usinas hidrelétricas, projeto Carajás, Suzano Papel e Celulose. Estes e outros grandes empreendimentos mudaram e vêm mudando há muito tempo à realidade política, econômica, social e cultural do nosso povo. Os impactos decorrentes destas mutações são perceptíveis, dentre elas, o crescimento demográfico, agravando os problemas de regularização fundiária, numa região já marcada por sérios e sistemáticos conflitos pela posse da terra e trabalho escravo.
Dentro desse conjunto de problemáticas e interesses, os movimentos sociais são importantíssimos para se debater, avaliar e lutar por direitos tanto ambientais quanto étnicos.
Com o intuito de discutir e considerar perspectivas melhores para se equacionar a necessidade ao mesmo tempo de industrialização (geração de emprego e renda) com a preservação e a utilização sustentável dos recursos naturais, várias entidades e representantes do poder público e judiciário se reuniram nesta ultima sexta, dia 14 no Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Imperatriz.
Dentre as entidades e órgãos presentes estavam representantes do poder público de Imperatriz, Açailândia, defensoria pública, Centru, Miqcb, Casa familiar rural de Coquelândia, Carítas, Pastorais católicas e Cdvdh de Açailândia.
O Fórum foi organizado pelas entidades que participam do projeto “Brasil Solidário”, de iniciativa federal.
Na pauta da reunião momentos de autocrítica e de avaliação que levantaram a tona questões delicadas como a participação de entidades e militantes sociais na articulação de projetos duvidosos ligados ao grande capital e a degradação ambiental. Também se fez uma profunda explanação histórica das frentes de ocupação no Maranhão e nos projetos de desenvolvimento aos quais o estado esteve articulado durante sua existência e, dessa forma, situo-se economicamente nas linhas gerais construídas a partir da lógica das sociedades urbano-industriais e nos planos demográfico e estatístico.
Em resumo, cada vez mais a certeza de quê defender uma nova concepção de existência para o ser humano e de sua civilização é urgente. A reprodução desse modo de consumo de produção capitalista é insustentável neste planeta. A idéia de que padrão de vida dos Eua, Europa, Japão e Canadá, são o que devemos alcançar para chegar ao primeiro mundo beira a esquizofrenia. Chegar ao primeiro mundo nestes termos significa inventar ou descobrir mais quatro planetas Terras, pois esse dito primeiro mundo, possui 20% da população mundial consumindo cerca de 80% dos recursos naturais.
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sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011
Baixo Parnaíba: Santa Quitéria e os primeiros passos do agronegócio do eucalipto
Eles se empenharam em uma jornada entre Santa Quitéria, Baixo Parnaíba maranhense, e o rio Parnaíba, num feriado de sete de setembro de 1987, pedalando por uma estrada de terra e em menos de uma hora avistaram-no. Os vizinhos da família de um deles emprestaram quatro bicicletas para que trilhassem a extensão da cidade ao rio – numa cidade pequena como Santa Quitéria sobravam bicicletas, nas quais seus donos carregavam de mercadorias maiores a mercadorias menores e pelas quais avisavam um ou outro de algo importante.
Na manhã de um silencioso e prestativo Cerrado das antigas, em um sete de setembro pouco patriótico, quatro rapazes e suas bicicletas emprestadas emendaram num trajeto que por vezes era o mesmo que outros, anteriormente, haviam encerrado em breves visitas para detalhar o patrimônio que herdariam ou para supliciar os pequenos agricultores, que retiravam seu sustento daquelas terras, negando-lhes permissão para plantarem arroz, feijão e mandioca e para cortarem uma árvore, portanto nesse dia, o trajeto de Santa Quitéria ao rio Parnaíba, na dureza do chão e na teimosia das fazendas amortecidas, cobraria deles a sua irreverência, o seu atrevimento e o seu vigor juvenis e, em troca, resguardá-los-ia na perenicidade do rio – ataviado por uma currutela de municípios, pequenos e médios, e povoados providos de gratidão.
Eles se atreveram a pisar no chão do Baixo Parnaíba, pela primeira vez, com quase nada que reverenciasse a população mais depauperada da região a não ser o simples fato que parentes e amigos de escola residiam em Chapadinha, Brejo e Santa Quitéria, todavia um deles retornaria à São Luís com mais do que uma simples menção aos nomes das cidades, pelas quais o ônibus transitava assiduamente todo santo dia – acossados pelo desmatamento das matas ciliares e pela concentração de terras, o rumorejar daquela parte do Baixo Parnaíba e o vagar daquele trecho do rio se dependuraram em sua memória da mesma forma que ele se dependurara no ônibus lotado de Santa Quitéria a São Luís sem dormir um minuto sequer toda a noite – a noite insone, na qual as lagoas assoviavam por sobre os telhados das casas e da igreja matriz da cidade de Brejo abrangendo justamente aquelas bandas de Santa Quitéria de onde o rumorejar do Baixo Parnaíba e o vagar do rio saíram dependurados na memória de alguém que recusava a concepção de metros e metros de arame farpado restringindo o passeio das pessoas à beira da estrada e a um barranco de rio – ademais idéias fervilhavam em sua cabeça com a leitura de “O que é o capitalismo”, coleção Primeiros Passos, editora Brasiliense.
Na sua cabeça, a estrada de piçarra, as bicicletas, os metros e metros de arame farpado, o barranco do rio Parnaíba e a noite insone desvirtuariam as verdadeiras tensões sócio-econômicas da cidade de Santa Quitéria e de outros municípios do Baixo Parnaíba maranhense – Urbano Santos, Chapadinha, Anapurus, Mata Roma, Buriti, Santa Quitéria, São Bernardo e Magalhães de Almeida : a das disputas de famílias tradicionais pelos cargos de prefeito e de vereadores, o desvio de recursos públicos por parte dessas famílias e o empobrecimento de parte da população que migrou da zona rural para a zona urbana, causada pela concentração de terras.
Nesse tipo de estrutura social, em que grupos políticos representando diferentes famílias poderosas apertam daqui e dali os recursos do Estado e deixam as sobras para a coletividade, o agronegócio do eucalipto e da soja se enraizou de um modo que o Cerrado se enrijeceu para qualquer experiência de agricultura familiar e de agroecologia nas próximas décadas.
A empresa Margusa, fundada em 1985 por empresários maranhenses para a produção e comercialização de carvão vegetal e de ferro gusa e que em 1986 foi acolhida pelo Programa Grande Carajás, no final dos anos 80 e começo dos anos 90 adquiriu e registrou ou não registrou em cartório terras de Anapurus, São Bernardo, Urbano Santos, Brejo e Santa Quitéria totalizando mais de 70.000 hectares. Em Santa Quitéria, foram 9.908 hectares adquiridos e registrados em cartórios, mais 9.780 hectares adquiridos e não registrados em cartórios e 4.894 hectares adquiridos e registrados, mas que tudo leva a crer seriam posse de terra, quer dizer nelas agricultores familiares moravam havia décadas, mas como alfineta Joaquim Shiraishi Neto, mestre em Planejamento pelo Núcleo de Altos estudos Amazônicos da UFPA, “a situação descrita,…, é fato corriqueiro e extremamente irrelevante para as autoridades do Estado do Maranhão. Imensas quantidades de terra foram e são vendidas pelo Instituto de Terra em favor de algum grupo econômico, a pretexto do desenvolvimento do estado, e à revelia dos seus próprios ocupantes que há gerações moram, cultivam e trabalham a área” – Carajás: Desenvolvimento ou destruição? – publicado pelo Fórum Carajás em 1995.
Contudo, os conflitos dos agricultores familiares e agroextrativistas do Baixo Parnaíba maranhense se dariam com a Marflora, instituída pela Margusa em 1993 para executar seus programas de manejo florestal sustentado e conquistar forçadamente mais hectares de terra para estes programas, valendo-se de figuras como Tonico Garreto que avançou sobre áreas do povoado de Cajazeiras e repassou-as para o grupo empresarial.
Os ativos e os passivos da Marflora, posteriormente, seriam absorvidos pela Comercial Agrícola Paineiras, subsidiária do grupo Suzano e a Margusa, a empresa principal do grupo, depois de fechar as portas, ressuscitou no ano de 2003 quando o grupo Gerdau assumiu 2,5 milhões de dólares em dívidas e injetou 15,5 milhões de dólares que expandiriam a produção do parque industrial para 200 mil t/ano de ferro gusa – arregalem os olhos, pois a Paineiras arrendou mais de setenta mil hectares, onde pesquisava o desenvolvimento do eucalipto na transição Cerrado-Semi-árido, para o ambicioso projeto de carvão vegetal da Gerdau em oito municípios do Baixo Parnaíba, pelo qual se reflorestaria 42 mil hectares com eucalipto.
As atividades ilícitas da Margusa no Baixo Parnaíba na década de 90 minaram quaisquer possibilidades de que a Gerdau encaixe um processo produtivo de ferro gusa sem que as comunidades agro-extrativistas, as ONG’s, as entidades representativas dos trabalhadores rurais e movimentos sociais o contestem e isso ocorrerá mesmo que a Gerdau patrocine grupos políticos e indivíduos isolados para encampar a idéia de que o eucalipto trará vantagens a todos do Baixo Parnaíba.
Mayron Régis
junho de 2007
quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011
Regularização Fundiária no Baixo Parnaiba
Representantes da Sociedade Maranhense de Direitos Humanos, do Fórum Carajás e lideranças comunitárias dos municípios de Santa Quitéria, Belágua e Milagres do Maranhão estiveram reunidas na última terça- feira com a diretoria do Iterma. Durante o encontro foram tratados de assuntos relacionados à regularização fundiária de várias áreas nos três municípios da região do Baixo Parnaíba e a entrega de títulos definitivos. O presidente do Iterma, Carlos Alberto Galvão de Melo garantiu na ocasião que levantamentos já estão sendo feitos em algumas áreas e será acentuado e a entrega dos títulos será ainda neste semestre.
Quanto aos títulos já assinados pela governadora Roseana Sarney deverão ser entregues pela secretaria Conceição Andrade, do Desenvolvimento Agrário nas próximas semanas.
Quanto aos títulos já assinados pela governadora Roseana Sarney deverão ser entregues pela secretaria Conceição Andrade, do Desenvolvimento Agrário nas próximas semanas.
Por: Aldir Dantas- Quarto Poder
http://www.oquartopoder.com.br/
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quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011
Vistoria das áreas dos Povoados de Belágua
O Fórum em Defesa da Vida no Baixo Parnaiba Maranehnse atavés do seu articlador municipal de Belágua vem solicitar ao Iterma que aça vistoria nas áreas da lagoa, Olho D'Água, Guarimansal, Boa Esperança, Marajá, Junsaral, Pilões, Estiva da Josefa, Mosquito, Morro do Cazuza, Brndura, Mendes, Amador, para que os trabalhadores tenham acesso as referidas terras.
Belágua, 14 de fevereiro de 2011.
Edinaldo dos Santos Araújo
Artiuclador do Fórum do Baixo Parnaiba.
Belágua, 14 de fevereiro de 2011.
Edinaldo dos Santos Araújo
Artiuclador do Fórum do Baixo Parnaiba.
terça-feira, 15 de fevereiro de 2011
ASSENTAMENTO ROÇA VELHA, BAIXO PARNAIBA MARANHENSE
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Para certas pessoas parece que nem o começo e nem o fim importam muito. O Baixo Parnaiba maranhense apazigua uma feição de “roça velha”. O assentamento estadual da Roça Velha, municipio de Santa Quitéria, desagrava o sucedido nas demais comunidades da região porque jamais permitiu a presença de carvoarias em seu território. O Paulo, filho do senhor Verissimo, pequeno proprietário da comunidade Coceira, que trabalhou para a Marflora, ex-subsidiária da Margusa, para cortar a mata nativa do Cerrado, exprime com satisfação que na Roça Velha as madeiras se domiciliaram por décadas ou por séculos. As comunidades agroextrativstas do Baixo Panaiba revelariam suas histórias através das inúmeras madeiras e de seus frutos que envelheceram ou que foram derrubadas sobre as Chapadas por empresas como a Suzano ou como a Margusa ou pelos póprios trabalhadores no ato de roçarem a terra.
As ações desenvolvidas pelo Fórum Carajás nas comunidades do Baixo Parnaiba maranhense amortecem as nítidas presenças dos agroextrativistas quando estes aterrissam em suas roças para capinar os matos que assomam os seus terreiros. O seu Crispin, da comunidade de Mangabeirinha, município de Urbano Santos, desenredou uma caminhada, bem cedo, pros rumos de uma roça da sua filha - retirante do rio Preguiça.
Ao mesmo tempo em que se retiram para os seus plantios de mandioca, arroz, feijão e milho, próximos e nem tão-próximos assim do rio Preguiça, os agroextrativistas de Urbano Santos escapolem para a Chapada a fim de testar a sorte e, quem sabe, arrematar para si e para suas famílias uma coleção de bacuris recém-despejados pelos bacurizeiros.
Enquanto o seu Crispin se entranhava mata adentro, a sua filha cuidava do almoço e assim que vira aquela turma do Fórum Carajás avisou que seu pai se retivera em sua roça e só voltaria por volta do meio-dia. Antes do aviso, a turma apetrechara a sua visita numa área de bacurizal à beira do rio Preguiça para asseverar que um projeto de manejo de bacurizeiros, como o de São Raimundo, adornaria aquele trecho entre a Chapada e o rio Preguiça.
A iniciativa de postular uma área em Mangabeirinha para o projeto de manejo de bacurizeiros surgira nas reuniões com as parteiras durante o projeto “Cerrado que protege”, financiado pelo Centro de Apoio Sócio-Ambiental (CASA). Os materiais distribuídos pelo Fórum Carajás e pela Associação de Parteiras foram quatro bolas de arame e oito sacos de grampos. Com esse material a comunidade cerca a área definida para o experimento com as brotações de bacurizeiros.
Nessa viagem se acertou a participação das parteiras e da associação de Mangabeirinha no encerramento do projeto de São Raimundo que aconteceria no dia 12 de fevereiro de 2011. O que perpassaria o encerramento seria a idéia de que o projeto das parteiras assim como o projeto de São Raimundo abrange uma região com várias comunidades que o poder público obliterara para qualquer tipo de política, programa ou projeto.
MAYRON RÉGIS
MA: Setres realiza intermediação rural em Duque Bacelar
O município de Duque Bacelar/MA
A ação é a segunda no Maranhão que segue o modelo do programa Marco Zero de Intermediação Rural, que visa coibir o aliciamento de mão-de-obra escrava. O programa foi lançado no ano passado, pelo Ministério do Trabalho, em parceria com os governos do Maranhão, Pará, Piauí, Mato Grosso e Minas Gerais, estados que mais sofrem com denúncias de trabalho análogo à escravidão.
Os trabalhadores cadastrados e selecionados sairão do Maranhão com a carteira de trabalho assinada, com exame admissional realizado e autorização legal dada pela Superintendência Regional de Trabalho e Emprego (SRTE-MA) para trânsito de mão-de-obra. Durante a partida, serão monitorados por funcionários da Setres-MA, e após a chegada, serão acompanhados por funcionários da Secretaria de Trabalho do Mato Grosso. Todas as despesas serão pagas pelo empregador parceiro.
Marco Zero
O programa tem o objetivo de evitar o trabalho dos “gatos”, os aliciadores de mão de obra rural, em parte os grandes responsáveis pela precarização do trabalho no campo. Seduzidos com boas ofertas de emprego, aqueles que aceitam acabam sendo submetidos a trabalho por dívida, condições degradantes que caracterizam o trabalho análogo ao de escravo.
Mariana Nascimento, coordenadora do Núcleo de Combate ao Trabalho Escravo da Setres, explica que a ideia do programa é que os agricultores e fazendeiros procurem o Sine de sua região e ofereça as vagas, com o sistema sendo o responsável pela intermediação, o que remove a figura do gato deste processo.
De acordo com o secretário de Trabalho, José Antônio Heluy, o Marco Zero é a “ferramenta mais eficaz das políticas públicas de trabalho e renda voltada para erradicação do trabalho análogo à escravidão”. Para ele, “o controle do acervo de mão de obra é fundamental para a garantia de direitos dos trabalhadores rurais do Maranhão e do Brasil”.
Por: O Quarto Poder
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sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011
PLANTIO DE EUCALIPTO DENTRO DE ÁREA QUILOMBOLA EM MATA ROMA
No dia 06/02 a APREMA e Igreja Católica se reuniram no Povoado Quilombola Sta Rosa e conversamos com os moradores do Povoado Quilombola Areal sobre o Plantio de Eucalipto q. está sendo feito dentro do Quilombo Bom Sucesso inclusive afetando diretamente os povoados citados. então acertamos uma reunião em Sta Rosa e Areal dia 14/02 e queremos a presença do FORUM CARAJÁS.
Sta Rosa: 9:00h da manhã
Areal: 11:00h da manhã
Outras entidades devem ser convidadas. Em Mata Roma estão mobilizando várias entidades do municipio e também do Território do Baixo Parnaiba.A idéia é fazer um mutirãoem defesa do Baixo Parnaiba.
Sta Rosa: 9:00h da manhã
Areal: 11:00h da manhã
Outras entidades devem ser convidadas. Em Mata Roma estão mobilizando várias entidades do municipio e também do Território do Baixo Parnaiba.A idéia é fazer um mutirãoem defesa do Baixo Parnaiba.
MA: Suzano Grila Terras no Baixo Parnaíba Maranhense
A matéria intitulada “Quem é a Suzano e por que o Maranhão?”, publicada recentemente nesse blog (releia AQUI), ganhou repercussão em várias páginas, dentre as quais, grandes veículos da capital São Luís e outros estados.
Nesse primeiro momento dessa minuciosa abordagem do “papel da Suzano” no baixo Parnaíba, fiz uma análise sobre a indústria, tornando lucido os reais motivos de sua chegada ao Maranhão, e levantando situações e fatos que colocam em dúvida suas operações no mercado.
Agora vêm à tona situações um tanto inusitadas e que demonstram com provas, a verdadeira grilagem de terras da Suzano no Maranhão, especificamente na região do Baixo Parnaíba, através de um dos seus principais canais de operação, a empresa Comércio Agrícola Paineiras Ltda.
Vamos começar falando sobre as artimanhas utilizadas pela Suzano para conseguir os “seus” milhares de hectares de terra que deixam como principal vítima o pequeno agricultor, coloca em dúvida o futuro de nossa agricultura e lesa pessoas.
Temos em mãos um memorial descritivo de imóvel rural localizado no município de Anapurus-MA, executado e recolhido pela própria Paineiras, ação que cabe ao estado. O Documento foi dado como legal em cartório daquele município, sob matrícula de N° 869 e nele podemos destacar a seguinte situação:
“Área com 3.741, 3294 há, é constituída de 1.877, 730 há de área particular, sendo que o restante com 1.863, 6264 há tratam-se de terras devolutas”
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A informação que também pode ser conferida no recorte de imagem acima deixa claro que a Suzano, por meio da Comercial e Agrícola Paineiras, pertencente ao grupo, formula um memorial descritivo e ainda apropriasse de maneira indébita de áreas devolutas, áreas que pertencem ao estado.
Estima-se que cerca de 70% das terras adquiridas pela Paineiras no Maranhão tenham origem irregular, algo que merece séria atenção do Ministério Público.
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A prova dessa ação está na própria certidão entregue ao cartório em 19/11/2001 pela empresa. Veja acima e observe em destaque o número de controle, que por si só elimina qualquer dúvida pertinente.
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A suposta compra da propriedade de áreas de 154.2648 hectares, localizada no município de Anapurus-MA, foi registrada em cartório daquele município no dia 18 de junho de 2010. Leudson teria recebido o valor de R$ 2.005,44, o problema é que ele mesmo declarou em cartório não possuir tal propriedade, muito menos ter residido no município de Anapurus. Veja:
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O pior é que a empresa tem em mãos um título de domínio do ITERMA de origem suspeita e que atenta para uma falsificação, em que Leudson aparece como proprietário da referida propriedade. O documento aparece como registrado no cartório de registro de imóveis do município de Anapurus-MA , sob matrícula de N° 869. Veja:
Antes de tudo reparem que a matrícula N° 869, que surge a partir da formulação e recolhimento de um memorial criado pela própria empresa, pode ser descrita como a mãe dessas transações duvidosas que aqui estão sendo abordadas.
Voltando a situação de Leudson, observem um importante detalhe. No topo da imagem está expresso o número de ordem desse título de domínio, 006205. Ao consultar esse número no ITERMA, veja o que descobrimos:
Clique para ampliar |
O número de ordem está em nome de outra pessoa, Maria de Jesus Araújo, proprietária de uma área correspondente a 506,00m², no povoado Buriticupu, localizado em Santa Luzia-MA.
Pergunto: - é possível a governadora do estado, Roseana Sarney, assinar um documento como esse?
- por que Leudson declararia não deter posse da referida terra, se tudo estivesse devidamente correto?
A situação se repete com o senhor Domingos Nascimento Silva, suposto proprietário da fazenda São Carlos, com sede em Anapurus-MA.
A escritura pública de compra e venda foi também registrada em cartório no município citado em 30/11/2001, sob matrícula de N° 870. A área corresponde a 194.78,86 hectares de terra.
Clique para ampliar |
Amplie clicando na imagem |
As contradições já são notórias a começar pelo número da matrícula no cartório de Anapurus, antes 870, agora 869. Alguém pode explicar?
Vamos ver então o número de ordem que consta no suposto título de domínio fornecido pelo ITERMA, N° 006202. Analisando novamente veja:
Clique para ampliar |
As duas situações tornam-se ainda mais graves com o fato da comprovada falsificação de assinaturas da governadora do estado Roseana Sarney. Crime de estelionato.
Encerrando essa matéria cito a certidão registrada no cartório de Anapurus em 09 de julho de 2010, que pede o cancelamento do título em questão, até então sobre posse de Empresa Comercial e Agrícola Paineiras Ltda, vulgo Suzano grileira de terras.
Para ampliar clique na imagem |
Antenor Ferreira
Blog Interligado
quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011
O caboclo e a Suzano
Suzano - Foto Divulgação e Blog Interligado
Não quero aqui me posicionar contrário à implantação do Grupo SUZANO em nosso estado. Todos sabem que a chegada de um empreendimento desse porte, em qualquer município, significa aberturas várias no campo econômico e social, contribuindo para com a melhora da auto-estima da população por conta dos muitos empregos que serão ofertados. E empregos significam renda no seio familiar. Emprego esse que não chega até ao nosso caboclo ali na roça, visto que ele só sabe cultivar pequenos roçados e criar seus pequenos animais, que serão vendidos para poder comprar o arroz, o feijão, a farinha, etc...
A minha linha de reflexão flui devido ao inevitável esmagamento da atividade de subsistência – A ROÇA - provocado pela industrialização; o que nós - o “cidadão simples” - não podemos nem pensar em provocar um debate buscando contribuir para o entendimento, visto que o poder capital é selvagem e não ta nem ai para os efeitos colaterais negativos que surgem a cada novo grande empreendimento.
Estou discorrendo o meu ponto de vista para com o tema SUZANO no Maranhão é devido aos resultados negativos que já estão aí pra todos nós observarmos. Falo dos desmatamentos já praticados na região do baixo Parnaíba, compreendendo os municípios de Brejo, Santa Quitéria, Urbanos Santos, Chapadinha e Buriti, e outros. Sem falar nos campos gerais de Coelho Neto e Caxias, que já sofrem com a derrubada das suas matas.
No fim de semana passado - em visita ao povoado Mata Grande – Caxias/MA - fomos surpreendidos ao saber que o Grupo Suzano comprara 900 hectares de terras daquele município para desmatar e, em seguida, fazer plantio de mudas de Eucalipto, matéria prima para celulose. Tudo isso seria normal se esses desmatamentos não provocassem o desaparecimento das nascentes de muitos “pequenos rios” desta região do maranhão (Alto, médio e baixo Parnaíba). E aqui já fico muito preocupado com as nascentes da “Limpeza”, que está dando sinais de que pode voltar aos velhos tempos, quando tinha uma grande vazão de água e grande oferta de peixes a seus ribeirinhos.
Pé de Bacuri - Foto Raymundo José
Não posso deixar de mencionar o Bacuri e o Pequi, indispensáveis na mesa do nosso trabalhador maranhense, que começa a desaparecer. Uma grande reserva nativa desses frutos - ali do município de Caxias, mais precisamente no chapadão entre aquele município e Coelho Neto já foi toda destruída para o plantio de soja. Reserva essa que desaparecerá com o desmatamento desses 900 hectares da Suzano.(Colaboração do Antenor Ferreira = Blog Interligado - clique e confira)
(......ESTRAGOS DA SUZANO – as áreas adquiridas pela indústria são sempre planícies, sobrando aos pequenos agricultores morros e encostas. O plantio de leguminosas, arroz, milho e outros cultivos, são inviabilizados. Aos poucos o sertanejo vai perdendo suas terras e seu direito de viver. Sem falar na degradação de mananciais, sugados ao extremo para irrigação dos plantios. O abastecimento de muitas comunidades está prejudicado.)
Os grandes empreendimentos são indispensáveis para o progresso de qualquer município, mais podem deixar legados negativos. Cito Coelho Neto como exemplo, que no passado já teve o maior parque fabril do Maranhão e que hoje sofre buscando caminhar sem os grandes impulsos do grupo João Santos, já que atualmente perdemos a operacionalidade da Itapagé – Celulose e Artefatos, que empregava vários milhares de pessoas de Coelho Neto e de além fronteiras. Tínhamos também a Itaguatins S/A – agropecuária, com mais de Seis mil cabeças de gado. Restando agora apenas a operacionalidade da Itajubara S/A – açúcar e álcool, que já chegou a fabricar Um milhão de sacos de açúcar, e que atualmente só opera na usinagem de álcool. Essa citação ao grupo João Santos é necessária pois o legado negativo de uma situação dessa é a falta de opção de trabalho para os sobreviventes dessa “escorregada”. E o que sobrou desse escorregão? Bom, uma cidade que vem aprendendo a conviver sem o poder total capital da industrialização.
Grupo João Santos - Foto Raymara
E se não tivesse os programas sociais do governo federal e do estadual, como esse povo estaria vivendo se não há oferta de frentes de trabalho?
Roça de Subsistência - Foto Francymary
Mesmo com todo esses descompassos, Coelho Neto vem procurando alinhar-se novamente na sua caminhada. O governo do Prefeito Soliney Silva vem, gigantemente, fazendo a sua parte. O que não é tudo, pois o povo precisa é de trabalho e renda, esses ofertados nos grandes empreendimentos operacionalizado no município. E que agora falta em Coelho Neto.
Se não garantirmos espaços para o trabalhador da roça cultivar seus roçados, se não garantirmos as áreas de reservas das nascentes dos rios, se o Pequi e o Bacuri não tiverem atenção especial e se o desmatamento selvagem continuar, como não acreditar que no amanhã será impossível viver em comunhão. Ou seja, o caboclo, o grupo João Santos e a Suzano, ambos em seus espaços, contribuírem para com o progresso de cada município.
A industrialização é bem vinda, mais pode trazer sérios prejuízos se pequenos detalhes não forem providenciados.
A situação é complicada, mas....... fica aqui o registro
Por: Raimundo José
http://raymundjose.blogspot.com/
terça-feira, 8 de fevereiro de 2011
GRUPO BERTIN E O BAIXO PARNAIBA
Alguém do grupo Bertin liga pra Sociedade Maranhense dos Direitos Humanos dizendo que tem interesse em adquirir 80 mil hectares nos municipios de São Benedito do Rio preto, Urbano Santos,Belágua e Morros e queria saber se a Sociedade dava seu aval para as comunidades venderem suas posses e suas propriedades.Eita agronegócio.
Mayron Régis
Mayron Régis
quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011
Convite São Raimundo- Urbano Santos(MA)
Programa Territórios Livres Baixo Parnaíba
CONVITE
Comunidade Tradicional e a Sustentabilidade do Extrativismo do Bacuri em Urbano Santos (MA)
A Associação Comunitária do Povoado São Raimundo, CAPPAM e Fórum Carajás convidam a todo(a)s para o encerramento da primeira etapa do Projeto “Comunidade Tradicional e a Sustentabilidade do Extrativismo do Bacuri em Urbano Santos(MA)” a ser realizada no dia 12 (sábado) de fevereiro de 2011, na Comunidade de São Raimundo com a seguinte programação:
12/02/2011:
Boas vindas e acolhida de todo/as pela Associação
O projeto e seus resultados (Fórum Carajás, CAPPAM e Associação Local)
Fala das organizações presentes
A experiência da Comunidade de São Raimundo e da Associação de Parteiras
Mostra de fotografias e exposição de produtos do Cerrado
Almoço
Realização: Associação de São Raimundo, Fórum Carajás e CAPPAM
Parceria: Associação de Parteiras, Fórum em Defesa do Baixo Parnaíba e DTAT
Apoio: CESE, ASW, ICCO, Misereor
Por: Fórum Carajás
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