quinta-feira, 28 de julho de 2022

Gameleira

Ele perguntara por perguntar ou faria alguma diferença? Ele diferenceria um quilometro percorridos de dois quiloemtros ou tres quilometros ou mais? Queria responder que sim, que se manteria firme no caminho correto e que não se perderia entre tantas estradas recem abertas pelos plantadores de soja. Ele perguntara a distancia entre a comunidade da Gameleira e o municipio de Brejo por desencargo de consciencia ou por educação ou para mostrar interesse. As tres razões em uma só ou uma só razão. O advogado o alertou que mais provavel errar se fosse sozinho. Melhor entrar em contato com a liderança da comunidade do que sair bestando por aí. Lembrava-se de uma vez em que passara perto da Chapada da Gameleira e num cruzamento da estrada trocara algumas palavras com moradores da comunidade. Informaram-no que plantadores de soja queriam se apossar da Chapada que pertencia a Suzano Papel e Celulose e que a comunidade resistira as investidas dos sojeiros. A Suzano liberara a Chapada para a comunidade num ato de bom samaritano só que a liberação foi da boca de um funcionario seu pra fora. Papel assinado pela Suzano comprovando a liberação nada. A verdade é que a Suzano se dizia proprietaria de 80 mil hectares no Baixo Parnaiba sem apresentar nenhum documento de propriedade. Boa parte desses 80 mil hectares se mantiveram numa zona cinzenta já que o governo do Maranhão nunca investigou seriamente as origens das terras da Suzano. A complascencia do estado do Maranhão de decadas para com as grilagens de terras praticadas pela Suzano serviu de sinal aos sojicultores que a permissividade fundiaria rolava solta. Ocorreu assim com a Chapada da Gameleira pois o Gilmar da Masul, plantador de soja, acabou se apossando da maior parte do terreno deixando apenas 380 hectares para a comunidade. Pelo que se sabe, Gilmar vive de grilar terras por quase todo o Baixo Parnaiba. Bem que ele tentou grilar areas do polo Coceira no municipio de Santa Quiteria mas as comunidades o repeliram. Em Brejo, Gilmar da Masull não viu oposição aos seus projetos e continua sem vê porque os 380 hectres da Gamaeira quer para si e utiliza-se de todos os meios para conseguir seuus intentos.

quarta-feira, 27 de julho de 2022

Padre Antonio Vieria e a chuva de São Luis

Um dos trechos mais lidos dos sermões do padre Antonio Vieira é naquele em que diz que em São Luis todos mentem até o céu, referindo-se ao fato que numa hora se faz um céu azul com um sol de rachar para logo depois cair um pé dagua daqueles. Compreende-se a indignação de Antonio com relação aos fatos ligados a natureza, afinal ela tem suas proprias leis e não pede licença para po-las em prática. Talvez essa chuva da qual trata antonio vieria em seu sermão tenha ocorrido no final do inverno, entre o mes de julho e agosto, quando o calor começa aimperar, mas persistem chuvas rápidas e intensas. Antonio Vieria deve ter pensado: “Como assim, chuva e calor?”. O padre Antonio Vieira conhecia pouco da cultura indigena porque se conhecesse pelo menos um pouco acharia normal que a chuva prosseguisse verão adentro porque a umidade que o inverno despejara nos meses mais chuvosos de março até maio continua sendo liberada mes de julho em menor quantidade devido ao calor excessivo. Os moradores de Belem, ou belenenses como preferirem, capital do Pará, acostumaram-se com a chuva diaria que cai em Belem e tanto se acostumram que virou praxe marcar encontros depois das tres, horario sagrado de cair água em Belem. Fica-se pensando se a destruição da Amazonia e do Cerrado não é proposital da parte do capitalismo para que as chuvas deixem de cair sobre as cidades e as pessoas não tenham mais motivos que as impeçam de sairem de suas casas e baterem ponto em seus negocios ou em suas repartições.

segunda-feira, 25 de julho de 2022

Os extrativistas e a fotografia

Tres lideranças de comunidades extrativistas do municipio de Chapadinha posaram para que o seu advogado os fotografassem. Um negro, comunidade quilombola de Buriti dos Boi, um caboclo, assentamento federal Bila Borges, e um mais branco, assentamento federal Vila Chapéu. As tres comunidades sofrem de maneira direta ou indireta o desmatamento de mais de 900 hectares de Chapada rica em bacuri, pequi e babaçu. A mais afetada era a comunidade de Vila Borges cuja área de extrativismo se concentra na area desmatada a mando do paulsita Gustavo Barros um dos proprietários da GMB Investimetnos uma empresa de fachada que ele utiliza para grilar terras no cerrado Maranhense. Os moradores da Vila Borges sempre foram bem obedientes ao Incra do Maranhão. Um desses momentos de obediencia foi o que a comunidade consultou o Incra a respeito da criação de uma reserva extrativista de mais de vinte mil hectares no ano de 2008. O incra respondeu que não era uma boa ideia a criação de uma reserva extrativista porque os assentados ficariam impedidos de criar gado na Chapada. A outra vez, mais recente, wm 2021, um funcionário do Incra ordenou que eles não mais montassem casas em cima da chapada nos meses de coleta de bacuri pois aquela área o orgão devovleria para a familia Lyra, tradicional familia de proprietarios e inimiga notoria dos Borges. Eles obedeceram e com essa obediencia excessiva facilitou a destruição dos bacurizeiros pela GMB Investimentos. Os quilombolas de Buriti dos Boi, desde que um gaucho quis fazer picos na parte da chapada onde coletam bacuris, montaram acampamento no ano ano todo e não desgrudam um segundo de suas casas. As suas casas seguem a risca a arquitetura indigena de usar materiais tipicos da flora nativa. A posse da Chapada pelos quilombolas se firmou. O gaucho que quer desmatar a Chapada vai debater na justiça se sua posse é anterior a dos quilombolas. Os assentados da Vila Chapeu sabem o que vem pela frente caso vejam o tempo passar e fiquem descansados. Eles precisam assegurar a posse da Chapada antes que a GMB Investimentos queira desmatar os quase 400 hectares de Chapada onde eles coletam bacuri.

sábado, 23 de julho de 2022

A ameaça

Eles não moram lá, declarou oempresario Hustavao Barros ao veiculo de comunicação Pedreirense. O eles a qual gustavo barros um dos donos da GMB Investimntos se refere é a comunidade Vila Borges, assentamento criado pelo Incra em 2002 no municipio de Chapadinha. Gustavo Barros começou a andar (rodar) pela Chapada do Sangue entre 2021 e 2022 objetivando demarcar uma parte da Chapada para seu futuro projeto de desmatamento e quem sabe plantio de soja. Em uma demarcações, ele se defronta com o seu Zé Orlando, liderança da Vila Borges, que o questiona os seus propositos pergunta a qual o seu Barros responde pedindo a um funcionario que traga a documentação. Em vez de documentação.o funcionario traz uma arma para assustar os moradores da Vila Borges. É claro que o seu Gustavo Barros sabe que os moradores da Vila Borges moram naquela área. Tanto moram que cobraram explicações ao seu Gustavo do porque de estar demarcando aquela determinada área. Uma pergunta simples ao qual o empresario preferiu responder com uma ameaça.

sexta-feira, 22 de julho de 2022

o idiota

O escritor tanzaniano Abdul Razak Gurnah foi agraciado com o Nobel de 2021 e a companhia das letras editoa brasileira o apresentou ao publico brasileiro com o livro “Sobrevidas”, que é um livro sobre, em parte, o colonialismo ingles e principalemte alemão que engolfou a Tano momento nazia e grande parte da Africa no seculo XIX e seculo XX. Que se escreva da suma importancia do premio nobel dado ao autor e que se escreva do alto nivel literario constatado no livro. A narrativa cai um pouco na segunda parte e essa queda se eexplicita mais no moento em que o autor se refere a uma helice. Toda narrativa incorpora uma historicidade e a narrativa de Abdul até aquela virada de pagina não permitia crer que a palavra helice seria evocada. Por mais rico que fosse, um negociante tanzaniano seria capaz de comprar uma helice no começo do seculo XX e por que ele compraria? Trazendo a problematica da narrativa para os quintais maranhenses. O empresario ? paulista Gustavo Barros obteve uma licença de desmatamento de 900 hectares de uma alegada propriedade no municipio de Chapadinha o que vem sendo criticado porque o licenciamento foi conferido pela Secretria de meio ambiente numa area rica em bacuri. Em sua defesa ele alega que a área desmatada é sua, não tem bacuri e etc. Ou o Gustavo Barros é um idiota que comprou algo sem conhecer ou ele pensa que os outros são idiotas para acreditarem piamente em sua conversa. Todo mundo sabe que as áreas que ele e seu grupo vem desmatando são áreas de uso coletivo e terras devolutas ou seja não tem proprietario. Essa historia de proprietario e uma conversa recente para justificar uma grilagem de terras promovida por ele, pela familia Lyra, pelo judiciario, pelo Incra e pelo municipio de Chapadinha. A respeito de haver ou não bacuri. A Chapada em questão é uma das maiores areas de produção de bacuri e de extrativismo. Não só isso. É ou era uma area rica em pequi protegida por lei federal e rica em babaçu protegida por lei estadual.

segunda-feira, 18 de julho de 2022

Maranhão de estado das micaretas para estado do agronegocio picareta

De que mundo se está falando? Os desmatamentos na Chapada que liga o municipio de Chapadinha ao municipio de Afonso Cunha se resumia a um desmatamento na região da Santa Fé povoado de Chapadinha que beira Afonso Cunha. Os desmatamentos corroem as Chapadas pelo meio porque justamente ninguem detem a posse do meio. É mais comum que os agricultores famiiares detenham a posse da parte da Chapada mais proxima dos baixões. A predileção por essas partes da chapada decorrem da proximidade de suas propriedades que se firmaram nas partes baixas coladas aos rios. Para uma regra, há sempre uma exceção ou mais de uma exceção. A comunidade de Vila Borges, assentamento do Incra, detem a posse de uma área imensa de Chapada recheada de bacuris no municipio de Chapadinha. Essa posse nunca foi contestada a não ser pelos antigos proprietários da Vila Borges os Lyra que gostariam de vender a Chapada para os plantadores de soja. Os lyra humilharam muito a Vila Borges antes de sua desapropriação via decreto em 2001. Os mais pobres serem humilhados pelos faendeiros era uma norma que com o passar do tempo as comunidades comelaram a mudar graças a politicas publicas. A Vila Borges e as demais comunidades mantinham preservada a Chapada frente ao avanço da soja sobre o Baixo Parnaiba. Tinha um problema, as comunidades detinham a posse só que nem o Incra e nem o Iterma regularizaram a Chapada em nome das comunidades. Os orgãos fundiários não atuaram em favor das comunidades e mais recentemente se descobriu porquê. O Incra desafetou uma parte da Chapada do assentamento da Vila Borges. Essa área desafetada é a área que um grileiro de São Paulo desmata com licença ambiental dada pela Sema. O Incra ao desafetar ou retirar a área da área do asentamento possibilitou que o senhor Gustavo Barros conseugisse registra-la no nome da sua empresa GMB Investimentos. Essa parte da culpa é do Incra. A parte da culpa do Iterma é que o orgão fundiario do governo do Maranhão não regulariza as terras devolutas para as comunidades tradicionais e quilombolas. O iterma regulariza para individuos porque é mais facil o agroengocio negociar essas áreas. E por fim a culpa da sema. Acaba sendo redundante. A secretaria de meio ambiente do maranhão se escuda para qualquer critica e para qualquer tipo de denuncia. Pior do que isso a secretaria de meio ambiente que deveria preservar o meio ambiente se esforça para destui-lo como se ve na licença dada a GMB Investimentos empresa que mescla picaretagem e pilantragem. O Maranhão já foi estado das micaretas e virou o estado dos picaretas.

domingo, 17 de julho de 2022

A noite em que meu boi brinca

O individuo as vezes se prende a uns motes com os quais possa se orgulhar. Um desses motes a cultura (arte) é a unica coisa que não se pode comprar porque não tem preço. Esse mote seduziu muita gente e ainda seduz. Sabe la Deus porque um individuo ou um grupo de individuos é levado a crer num mote desse tipo. Essa é uma análise realsta. As relações se definem pela economia enão contrario de que as relações se definem pelo social. Entretanto ninguem vive só de economia. Tambem se vive de cachaça, bumba boi de matraca, forro de caixa e divino espirito santo. O radialista Andre Martins, da radio Educadora, veiculou uma musica do boi de Cajapio. Minutos antes de veicular, Andre comenta que um conhecido brincava no boi de Cajapio como miolo de boi. O miolo de boi é o brincnate que fica embaixo da estrutura do boi se movimentando. É uma figura imprescindivel dentro da brincadeira do bumba meu boi. O bumba meu boi sem ele ficaria sem graça. O boi é apersonagem central da brincadeira e o miolo de boi faz com que essa personalidade não se perca. Com relação a musica do boi de Cajapio. A primeira audição, o sotaque soou estranho. Aquele sotaque era o da baixada? O que é o sotaque da baixada? A baixada ocidental maranhense capitaliza muito bem essa conversa de sotaque. Os baixadeiros, sim os moradores se apresentam como baixadeiros, tem um jeito diferente de falar, tem um cardápio bem peculiar, um deles é comer jabicara e por ai vai. “A noite em que meu boi brinca clareia toda a cidade”. Com um verso desses dá para reconsiderar a hipotese que a cultura(arte) tem seu preço. Esse verso não passou pelo crivo da alta cultura e de um grupo seleto de intelectuais. Tanto e verdade que um verso pouco ouvido e quando ouvido pouco apreciado. Por que a cidade se clareia quando o boi brinca a noite? As mantas dos bois estão repletas de estrelas e a estrela dalva é a estrela para quem os bois prestam homenagem. E as brincadeiras de bumba meu boi e outras brincadeiras aconteciam a noite numa epoca em que as cidades quase não tinham iluminação publica. as noites eram ilulminadas por fogueiras ou pela luz das estrelas.

quinta-feira, 14 de julho de 2022

O clã de mafiosos da GMB Investimentos

Não é de hoje, nem de ontem que a justiça maranhense essa manifestação se restringe ao Maranhão porque o estado é problematico o suficiente, da liminares como dá milho aos pombos. O juiz ou desembargador assina a liminar aquele que primeiro chega pleiteando e quase sempre quem chega pleiteando é aquele que tem mais recurso e quem tem mais assistencia advocaticia. Essa é uma imagem não tao bem desenhada mas que serve para entrar no assunto a que se destina. O juiz responsavel pela comarca de Chapadinha deu uma liminar favoravel a empresa GMB Investimentos e a Gustavo Barreto de interdito proibitorio contra a comunidade Vila Borges porque a comunidade impedia a empresa e seus testa de ferros de desmatar a Chapada em que a comunidade coletava os bacuris. O juiz concedeu a liminar como geralmente os juizes concedem as liminares em casos relacionados com questões agrarias e ambientais “vou assinar porque é uma empresa que quer diseminar o desenvolvimento pelo Maranhão e não será uns pés rapados que impedirão o estado de se desenvolver”. A empresa em Chapadinha tem uma cara e tem um modus operandi. A cara do seu test de ferro mor tem cara de mafioso e de seu testa de ferro abaixo que tem cara de mafioso um pouco mais abaixo. É um cla de mafiosos como se depreende dessa conversa do mafioso mor “Agora vou atrás de cada um dessa comunidade que não me deixa trabalhar. Tinham que estender o tapete para o investidor”. Se isso não é ameaça não se sabe o que é.

segunda-feira, 11 de julho de 2022

A identidade de uma terra

O jornalista Ed Wilson pediu a Maria Eva permissão para olhar os documentos relativos a disputa judicial por 148 hectares entre sua familia e a Suzano Papel e Celulose no povoado Formiga, municipio de Anapurus. Os 148 hectares correspondem a uma parte da Chapada que envolve a comunidade e na qual a familia de Eva coleta bacuris, pequis e outras frutas nativas do Cerrado, corta madeira, solta seus animais para pastar e na qual ela realiza outras atividades economicas sociais e ambientais. Um dos documentos que Eva arquivou e arquiva é um documento de 1975 em que o seu avô decide doar 325 hectares para seus filhos, um dos quais era o pai de Eva. Se não fosse por esse documento, quase certo que a Suzano obteria com facilidade a posse dos 148 hectares em detrimento da familia de Eva. O que aconrece, o documento que a Suzano dipunha e apresentou como prova de propriedade data dos anos 90, bem mais recente que o documento registrado pelo avô de Eva em favor dos filhos. Há um pouco de tudo nessa atitude do avô de Eva: precaução, previdencia, amor pelos filhos e etc. Pelo lado familiar, é isso. Pelo lado social, é muito mais. No quadro de pressão ecercida pelo agronegocio para se apossar dos territorios tradicionais, o documento da familia de Eva é um documento historico. Mostra que um agricultor familiar registrou a sua terra em um cartorio. Essa terra tem uma identidade perante o Estado e essa identidade social e historica se liga a uma familia que resiste a se desfazer de sua historia . Diferente da versão defendida pela Suzano em vários momentos de que a familia de Eva invadira sua propriedade. Parecido ao caso da familia de Eva, existem muitos casos no Maranhão em que o agronegocio ataca os direitos das comunidades tradicionais, posseiros e pequenos proprietários se utilizando de documentos obtidos de maneira irregular.

quinta-feira, 7 de julho de 2022

a narrativa de Deco

Não deveria surpreender. O ser humano precisa de narrativas. Ele se deslumbra ao ler numa folha o fato presenciado ou o fato do que fez parte. A narrativa compõe aquilo que se encontra solto e disperso. Solto e disperso quer dizer que o individuo se cala perante o que não entende ou o que pensa entender. A dispersão favorece a que o individuo busque a estruturar o modo como encara a realidade. O Deco, proprietário do Decos Restaurante, restaurante que faz parte da feira da Praia Grande, respondia naturalmente ou de maneira dispersa as perguntas feitas por clientes ou possiveis clientes. Uma familia se aproximava e sondava a respeito do cardápio e os preços. Um professor da rede estadual pedia um peixe cozido que demorasse pouco a preparar. Deco escutava os pedidos e repassava-os as cozinheiras, sendo que uma delas é sua esposa, famosa pelo figado acebolado. As cozinheiras quase nunca saem de dentro do restaurante a não ser que Deco vá entregar algum pedido. Em geral, as pessoas olham com desconfiança para a rotina ou para aqueles que desejam ver algo realmente importante nela. Acaso Deco ficasse sabendo com antecedencia que a rotina de seu restaurante viraria uma narrativa, como ele a veria nesse instante?

terça-feira, 5 de julho de 2022

as vielas do mercado

O dono do restaurante oferecera sarapatel. O cliente declinara da oferta e mantinha-se firme no seu prato habitual: peixe. Ele se atinha ao peixe como outros se atinham ao mocotó. Um outro cliente perguntou se poderiam lhe servir o mocotó. Não era dia de mocotó, so preparavam e serviam mocoto nas sextas, nos sabados e nas segundas. Por outro lado, se quisesse poderia servir sarapatel. Não era o caso. O cliente se moveu pelas vielas que cruxavam o mercado da praia grande pesquisando onde poderia provar e aprovar um bom mocotó. A menção a vielas é um exagero pois pode levar a crer que o mercado da praia grande ocupa uma área imensa da praia grande. Ele ocupa uma área considerável e central dentro do contexto urbanistico do centro de São Luis. E com tal presença marcante, o mercado da praia grande atrai os olhares de passantes e atrai consumidores que adentram o seu espaço para almoçarem e comprarem artesanato e itens gastronomicos. O cliente que buscava mocoto não era turista. O pedido o denunciava e a intenção de vasculhar o mercado para descobrir um possivel ponto de venda tambem servia de prova de que ele tinha raizes na cidade de São Luis e no mercado.

segunda-feira, 4 de julho de 2022

grande sertão veredas

Grande sertão veredas. O sertão é grande. Como o que? O sertão é veredas. Então o sertão não é puro. Se fosse puro haveria somente um caminho, um cenário, um expressão, uma lingua. Saberia dimensionar o quao grande é o sertão? Onde começa e onde termina? O termino do sertão se inicia nos anos 50. Guimarães Rosa comclui que o sertão da contemplação, do amor platonico, dos carros de boi, dos passaros cantantes invisiveis e dos duelos infatigaveis uma hora deixara de existir e para que ele não deixe de existir por completo cabe uma escrita em seu prenuncio que adivinhe o futuro.

domingo, 3 de julho de 2022

brincadeira de gente bebada

Bem lá no fundo, a sociedade quer espetacularizar as brincadeiras de boi. Boi é brinaceira de rua e como tal requer espaço. Todos conhecem a historia que as brinaceiras eram proibidas de ultrapassar os limites do bairro João Paulo e proseguir pela avenida Getulio Vargas até o Centro. A proibição se mantem em seu simbolismo e em sua historia afinal os bois de matraca desfilam pela avenida João Pessoa, bairro João Paulo. A festa de São Marçal ocorre dia 30 de junho e encerra o calendário de festas juninas. As brincaderias vinham dos seus respectivos povoados que viraram bairros de São Luis, Paço do Lumiar e Ribamar pelo caminho que ligava o centr da capital a zona rural. A proibição por parte de setores da socuedade maranhense compreendia vários sentidos e o priincipal era a sensação de pobreza transmitida pelas brincadeiras. “Brincadeira de gente bebada”, assim a sociedade via os brincantes e seus modos de vestir-se, de mover-se e de comporta-se.

sábado, 2 de julho de 2022

o escritor e os seus problemas

O escritor não escreve só porque e preciso, porque sente falta ou qualquer razão que emane individualidade. Ele escreve para se deparar com as circunstancias e com as forças que movem e que escavam a realidade da sociedade onde se insere. O critico literario Luis Augusto Fischer em seu livro “A ideologia modernista: a semana de 22 e sua consagração” em que analisa autores e momentos que sendimentaram o pensamento modernista no começo do seculo XX. Pela sua analise e de outros autores, o pensamento e a escrita modernista escondem um forte idealismo. Como se fosse possivel mudar a realidade contando apenas com o conhecimento e a instrução. Luis Augusto Fischer cita um trecho escrito por Sergio Buarque de Holanda em que este critica o romantismo do seculo XIX :”Tornando possivel construir um mundo fora do mundo, o amor as leras não tardou a instituir um derivativo comodo para o horror a nssa realidade cotidiana.” Fischer pergunta se seria possivel a um escritor romantico do seculo XIX fazer algo difirente. A critica de Sergio Buarque e de outros modernistas feitas aos movimentos literarios anteriores ao modernismo procede mas e insuficiente por problematizar o escritor e não problematizar a realidade e a sociedade. Os romanticos escreviam para uma sociedade cuja economia e vida social se baseavam na escravidão no latifundio e na monocultura. Imagine que no estado do Maranhão crianças e adultos sabem ler e não sabem escrever. Como elas se expressam e para quem elas se expressam já que não escrevem e nem tem onde escrever? Num estado do Maranhão escrever virou um problema bem maior que ler.