domingo, 31 de agosto de 2014

A soja e o Cerrado em Buriti



Por desconhecerem algum outro caminho para o povoado Carrancas, eles rumaram direto para a cidade de Buriti.  Nesse percurso, entre a Palestina, município de Brejo, e Buriti, a realidade dissolvia-se em campos intermináveis de soja e fragmentos de Cerrado. Eles mal dispunham do dinheiro para a gasolina e para as refeições. Assim, transcorriam as viagens e os rumores pelo Baixo Parnaiba maranhense.  As viagens correm para um lado e os rumores correm em sentido contrário. O Vicente de Paula ouvia rumores de que o André Introvini, plantador de soja e proprietário da fazenda São Bernardo, preparava seus tratores para desmatar a área em frente a sua. Ele fizera negócio nessa área com o tio de Vicente, o Adão, depois que a comunidade de Carrancas bloqueara os seus tratores. O Adão trocou sua área de Chapada por uma área de Baixo que o André comprara baratinho. Adivinha quem saiu ganhando com o negócio. Desde então, o André peleja para esvaziar os 110 hectares de sua vegetação única de Cerrado Amazônico em Buriti. Os bacurizeiros se distribuem por esses 110 hectares e, na época, isso empatou o desmatamento, segundo o Vicente de Paula. Quem diz que esse revés refreou o André em seus projetos de alargar a fazenda São Bernardo em mais hectares? Ele liberou alguém para cortar os bacurizeiros. Dessa forma, a densidade de bacurizeiros por hectare diminui o que facilita a liberação do desmatamento. Vicente de Paula e família decidiram pela única solução capaz de barrar qualquer projeto que acarrete desmatamento nessa parte da Chapada. A Raimunda, filha do Vicente, resolveu construir a sua casa nos 110 hectares. Aos pouquinhos, eles juntaram o material de construção. O André enviou emissários que deram o seguinte recado: caso prosseguissem, ele mandaria a policia para derrubar a casa. Eles continuaram a construção e o próprio André apareceu na casa do Vicente. Ele disse que considerava Vicente o seu pior inimigo e que traria o delegado de Buriti. Por enquanto, ele não cumpriu a ameaça. 
Mayron Régis

Três mil famílias do MST ocupam a fazenda Santa Mônica, do senador Eunício Oliveira

31 de agosto de 2014

Da Página do MST

Mais de três mil famílias Sem Terras ocuparam na manhã deste domingo (31) a Agropecuária Santa Mônica, localizada entre os municípios de Alexânia, Abadiânia e Corumbá (GO). A fazenda, registrada no nome do senador Eunício Oliveira (PMDB-CE), é um complexo de mais de 20 mil hectares e autodeclaradas improdutivas.

“O MST denuncia a escandalosa relação do senador Eunício com expulsão de dezenas de famílias camponesas da região, com o único intuito de promover a especulação fundiária, em uma região onde o preço da terra tem se valorizado muito nos últimos anos. Atualmente, além de vastas extensões de terra improdutiva, algumas propriedades são arrendadas para a produção de soja e milho, demonstrando o interesse exclusivamente financeiro que o senador tem com a área”, diz os integrantes do MST por meio de nota.

O senador Eunício Oliveira, candidato ao governo do estado do Ceará, é considerado o candidato a governador mais rico do Brasil, levando em conta seus bens declarados - R$ 99.022.714,27.

Além de investimentos no fundo da previdência do Banco do Brasil (BrasilPrev Seguros e Previdência) - no valor de R$ 1,5 milhão - e em Letras de Crédito do Agronegócio do mesmo banco (R$ 2,1 milhões), o senador possui mais de 40% de seus bens declarados em propriedades rurais no estado do Goiás.

Leia a nota na íntegra

NOTA DO MST SOBRE OCUPAÇÃO DA FAZENDA SANTA MÔNICA – CORUMBÁ/GOIÁS

Neste domingo, dia 31 de agosto, cerca de três mil famílias do Movimento dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais Sem Terra (MST) ocuparam a Fazenda Santa Mônica, uma das propriedades do candidato a governador e senador pelo estado do Ceará, Eunício Oliveira.

As propriedades do senador ficam entre os municípios de Abadiânia, Alexânia e Corumbá, a 150 km de Brasília e 120 Km de Goiânia. Segundo dados levantados pelo próprio MST, ao todo as propriedades do senador alcançam mais de 20.000 hectares e são auto-declaradas improdutivas.

O MST denuncia a escandalosa relação do senador Eunício com expulsão de dezenas de famílias camponesas da região, com o único intuito de promover a especulação fundiária, em uma região onde o preço da terra tem se valorizado muito nos últimos anos.

Atualmente, além de vastas extensões de terra improdutiva, algumas propriedades são arrendadas para a produção de soja e milho, demonstrando o interesse exclusivamente financeiro que o senador tem com a área.

Esse é um claro exemplo de como o Estado brasileiro tem profundos vínculos com o latifúndio e o agronegócio. O parlamento nacional hoje é hegemonizado por ruralistas, que possuem mais de 1/3 do total de deputados e senadores, enquanto os representantes camponeses não chegam a uma dezena.

São justamente esses ruralistas que destruíram o Código Florestal e agora avançam para destruir as terras indígenas (com a PEC 215), além defenderem a flexibilização das leis trabalhistas e de impedirem uma regulamentação mais rigorosa dos agrotóxicos.

Apesar do poder do agronegócio, que influencia no atual processo eleitoral, financiando a campanha dos principais candidatos dos poderes executivo e legislativo, a força da nossa ocupação demonstra que esse modelo de morte está com os dias contados. Sendo a maior ocupação realizada no estado de Goiás nos últimos 10 anos, é composta por jovens, homens e mulheres que demonstram a atualidade da reforma agrária para um novo projeto de desenvolvimento para o país, baseado nas necessidades reais do povo trabalhador brasileiro.

Com essa ocupação, o MST reafirma seu compromisso com a sociedade brasileira de lutar pelo fim do latifúndio, contra o agronegócio e pela produção de alimentos saudáveis para o povo da cidade e do campo.

A não realização da Reforma Agrária só interessa a uma pequena elite que defende apenas seus interesses, não os do Brasil. Por isso, seguimos em luta! E avisamos ao senador e aos poderes estadual e federal: viemos para ficar, queremos Reforma Agrária já!

Lutar, construir reforma agrária popular!
Corumbá – Goiás, 31 de agosto de 2014
Direção Estadual do MST-Goiás

sexta-feira, 29 de agosto de 2014

PA - Cultura do Dendê avança no Estado

29/08/2014 - UFPA - Informativo Beira Rio - Por Vitor Barros / Agosto e Setembro de 2014
O Pará produz 770 mil toneladas de óleo de palma, 90% da produção do País.

A monocultura está provocado impactos ambientais e sociais nas comunidades próximas às empresas.
 

O Pará produz, por ano, 770 mil toneladas de óleo de palma, produto extraído do fruto do dendê, e responde por 90% da produção do País.  A monocultura tem se alastrado pelo interior do Estado de forma intensa, sob o pretexto da produção do biodiesel.  Estima-se que a produção em escala do biocombustível comece em 2015.  Um estudo feito pelo Grupo de Pesquisa Dinâmicas Territoriais do Espaço Agrário na Amazônia (GDEA), da Faculdade de Geografia e Cartografia da Universidade Federal do Pará (UFPA), indica que a expansão da dendeicultura tem modificado os espaços agrários na região.

O GDEA tem como objetivo examinar os impactos da cultura do dendê sobre o modo de vida nos territórios quilombolas em cinco municípios do interior do Estado: Acará, Concórdia do Pará, Moju, Tailândia e Tomé-Açu.  Desde 2012, o grupo desenvolve estudos sobre a evolução dos usos da terra pela monocultura, por meio do Projeto de pesquisa “Uso do Território, Dendeicultura e Modo de Vida Quilombola na Amazônia: estudo da microrregião de Tomé-Açu”.  A ideia é fazer uma avaliação dos elementos sociais, institucionais e políticos que se relacionam com a reconfiguração do território a partir da chegada de empresas que exploram a dendeicultura nos municípios.

Os primeiros resultados da pesquisa foram obtidos a partir de investigações intensas feitas em campo desde 2012, sob a orientação do professor e coordenador do GDEA, João Nahum, da Faculdade de Geografia e Cartografia e do Programa de Pós-Graduação em Geografia (PPGEO).  Foram coletados dados, por meio de entrevistas e aplicação de questionário em comunidades, empresas produtoras de dendê, órgãos públicos, federações e movimentos sociais.

O grupo reúne alunos de mestrado e graduação, bolsistas de iniciação científica e pesquisadores de outras instituições, como a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e a Federação de Órgãos para Assistência Social e Educação (FASE).  Empresas têm apoio de políticas nacionais

Com a instituição do Plano Nacional de Produção do Biodiesel (PNPB), de 2004, e o Plano da Palma, inaugurado pelo ex-presidente da República Luiz Inácio da Silva, em Tomé-Açu, no ano de 2010, as empresas que cultivam o dendê passaram a ter o aval de duas políticas que promovem a produção desse produto no Brasil.  Diante disso, as comunidades que estão sob o raio de ação dessas empresas passaram a sofrer impactos ambientais e sociais, sobretudo relacionados ao uso da terra.

João Nahum afirma que pelo menos dois impactos podem ser observados desse processo.  Por um lado, a migração do agricultor para trabalhar nos campos do dendê, abandonando seu modo de vida tradicional.  E por outro, o recuo da agricultura regional em favor da dendeicultura.  “A maioria dos trabalhadores era agricultor antes de se tornarem mão de obra assalariada dessas empresas.  Esse homem está sendo expulso do campo pela ausência de políticas públicas que garantam seu modo de vida, a qualidade e o escoamento da sua produção”, explica.

Segundo pesquisa de campo realizada em julho de 2013, na MARBOGES S. A, o grupo constatou o raio de influência da empresa, na região, em mais de 70 comunidades, entre Moju e Acará, de onde essas pessoas são recrutadas para o trabalho.  De acordo com o professor, “isso mostra a grande influência da empresa sobre o lugar, proporcional a quase ausência do Poder Público.  É por intermédio da empresa que podem ser gerados serviços, como segurança, abertura de estradas e vias de acesso”.

A dendeicultura tem transformado o campo em pequenos vilarejos, em que as pessoas deixam a atividade campesina e ingressam em atividades de serviços próprios das zonas urbanas.  Um exemplo desse processo é o que se verifica na comunidade da Forquilha, localizada na PA 140, entre os municípios de Acará e Tomé-Açu.  O professor afirma que essas localidades deixaram de ser campo-rural para serem apenas rural.  O grande problema acontece quando o campo deixa de produzir alimentos.  “O indivíduo que antes produzia o próprio alimento tem que pagar para consumir”, afirma João Nahum.  Comunidades enfrentam impactos ambientais e conflitos de terra

Essa dinamização do território nem sempre se dá de forma pacífica.  Algumas comunidades ficam distantes das terras de cultivo do dendê, como Tomé-Açu e Tailândia, por isso, os impactos são sociais e ambientais.  Já os municípios de Acará, Concórdia do Pará e Moju fazem divisa com as plantações.  Essas regiões passam a sofrer tensões em menor ou maior grau por conta da reivindicação da terra.

No Acará, o conflito de terra é declarado entre a Empresa Biopalma, da Vale, e os quilombolas, que requerem a posse de terras compradas pela empresa.  Os quilombolas dizem que essas terras estão dentro do seu território.  Quando a Biopalma chegou ao município, em 2010, comprou 176 imóveis, de acordo com o levantamento da pesquisa, somando cerca de 60 mil hectares na microrregião de Tomé-Açu.  “Alguns desses imóveis estavam em áreas quilombolas.  Quando a empresa quis se apossar dos imóveis, o conflito se instalou, principalmente, na comunidade Massaranduba”, destaca o pesquisador.

Diferente de Moju, que já sofreu com grandes conflitos, na década de 1980, hoje, não há disputa pela terra.  Apesar de ter áreas ainda requeridas pela Empresa MARBORGES e pelos quilombolas, o conflito não ocorre de maneira explícita.  “Uma das influências do dendê, em Moju, é que a população local tende a plantar dendê nas suas terras.  Só não plantam porque a titulação do território dos remanescentes de quilombo é coletiva.  Isso é um impedimento”, declara João Nahum.  O impacto mais notório em Concórdia do Pará é de cunho ambiental: a contaminação da água pelo uso de produtos químicos nas plantações.  Processo de expansão do dendê desvaloriza o homem do campo

Os agricultores locais que celebram contratos para a plantação do dendê prestam serviços por 25 anos.  Esse é o período economicamente útil para o dendê, depois disso, a palmeira fica alta e o fruto pesado para o cultivo.  Em contrapartida, a empresa oferece suporte técnico para uma produção com a qualidade e a quantidade esperadas.  A cada fase do processo, a empresa envia um técnico para o treinamento do cultivador, desde a preparação da terra até a colheita.

João Nahum explica que esse produtor vai ter mercado durante esse período, com todas as vantagens de transporte.  “O que não acontece com a pupunha, o cupuaçu, o feijão, a farinha e outros produtos antes produzidos pelas pessoas das comunidades.  Em dez hectares, cabem 1.430 palmeiras de dendê ou 1.600, dependendo do espaçamento.  Um agricultor não tem condições de cuidar de uma grande quantidade de plantas e ainda ter energia física para plantar mandioca, criar galinha e porco, coletar frutos da floresta.  Onde tem vontade, falta vigor físico”, afirma.

O problema não está no dendê, e sim, na política estabelecida, que apenas enxerga o agronegócio e o agrocombustível para o desenvolvimento do campo.  “Fazemos uma crítica às políticas e aos processos, que estabelecem para o campo apenas a vontade do commodity, firmando o campo como produtor de negócio, e não como produtor de alimento.  O dendê não é a origem do mal do meio rural, mas também não é a origem do bem.  O problema é que nas políticas de Estado para o meio rural, o camponês é invisível”, avalia o pesquisador.

Ainda de acordo com João Nahum, a ausência de apoio por parte do Estado deprecia a agricultura tradicional do campo e as possibilidades que o meio rural poderia oferecer.  “Temos que possibilitar ao agricultar direitos a serviços básicos.  Não interessa investimento financeiro para o campo se o agricultor continua com as mesmas dificuldades para escoar seu produto e fazê-lo chegar aos supermercados.  O problema do campo não se resolve apenas com dinheiro, com créditos para agricultores.  É necessário transformar o campo num lugar de vida”, conclui.

Para conhecer mais sobre o GDEA, acesse gdea.ufpa.br.

Jornal da Universidade Federal do Pará.  Ano XXVIII Nº 120.  Agosto e Setembro de 2014.

Nota em Solidariedade aos Quilombolas de Oriximiná Ameaçados pela Mineração


As organizações abaixo-assinadas vêm à público expressar sua solidariedade  aos quilombolas de Oriximiná, no Estado do Pará, ameaçados pela exploração minerária em seus territórios tradicionais e desrespeitados em seu direito à consulta livre, prévia e informada.

O empreendimento é da maior produtora de bauxita do Brasil, a Mineração Rio do Norte (MRN) cujos os acionistas são poderosas empresas nacionais e internacionais: Vale, BHP Billiton, Rio Tinto Alcan, Companhia Brasileira de Alumínio, Alcoa Alumínio, Alcoa World Alumina, Hydro e Alcoa Awa Brasil Participações.

Em 2013, o IBAMA concedeu Licença de Operação (LO 1172/2103) à Mineração Rio do Norte para exploração do platô Monte Branco parcialmente incidente na Terra Quilombola Moura.  A Licença de Operação foi outorgada sem consulta prévia aos quilombolas, sem um estudo para avaliar os impactos para essa população e sem o estabelecimento de medidas mitigatórias e/ou compensatórias aos quilombolas.

O fato foi denunciado ao Ministério Público Federal, ao IBAMA e a Fundação Cultural Palmares sem que tenham sido tomadas, até o momento, medidas efetivas para reparar tal situação.

Outros quatro platôs incidentes nas Terras Quilombolas Alto Trombetas e Jamari/Último Quilombo encontram-se atualmente em processo de licenciamento ambiental (Cruz Alta, Cruz Alta Leste, Peixinho e Rebolado) com previsão de início da lavra em 2021.

Em 2012, o ICMBio concedeu a MRN autorização para as pesquisas geológicas na área desses platôs dentro dos limites das terras quilombolas sem consulta ou informação prévia. Tais pesquisas envolveram mais de 60 funcionários, equipamentos pesados, abertura de ramais e desmatamento dentro dos limites das terras quilombolas.

Os quilombolas denunciaram a situação ao Ministério Público Federal que Recomendou o cancelamento da autorização até a consulta livre, prévia e informada. O ICMBio acatou a Recomendação e em janeiro desse ano a autorização foi cancelada.

A partir desse fato, a MRN e a Fundação Cultural Palmares deram início a uma forte pressão para que os quilombolas manifestassem sua concordância com os estudos confrontando o direito ao consentimento livre, prévio e informado.

Desde fevereiro, reuniões vem sendo promovidas pela Fundação Cultural com os quilombolas a suposto título de informação mas que, na verdade, são tentativas de constranger os quilombolas a rapidamente aceitarem a realização dos estudos da mineradora.

Tais reuniões tem sido agendadas no atropelo desrespeitando as diversas instâncias de decisão dos quilombolas e sua forma tradicional de deliberar, favorecendo a divisão entre as comunidades. As reuniões têm contado com a ostensiva participação da MRN e mesmo de políticos locais na defesa da empresa. Até hoje, os quilombolas não contam com as informações básicas sobre os estudos geológicos e os estudos de impacto ambiental planejados para ocorrerem ainda esse ano.

A Fundação Palmares não cumpriu compromisso assumido ainda em fevereiro de 2013 de elaborar proposta de plano de consulta para nortear o processo de informação, diálogo e construção de acordos com a MRN.  E pior, a Fundação Cultural Palmares vem repetidamente alegando que a consulta não é necessária na etapa dos estudos, contrariando o princípio básico da consulta que é ser prévia.

A pressão continua comprometendo os princípios da boa fé e da liberdade. E a principal reivindicação dos quilombolas que é a titulação de suas terras está esquecida. As Terras Quilombolas Alto Trombetas, Jamari/Último Quilombo e Moura ainda não tiveram o sequer o Relatório Técnico de Identificação e Delimitação publicado, apesar de pronto.

Nos solidarizamos com os quilombolas e exigimos que o governo federal atue com isenção, promova o entendimento ao invés de favorecer os planos da mineradora, e garanta uma consulta realmente livre, prévia e informada reconhecendo e respeitando o modo e o tempo dos quilombolas tomarem suas decisões, conforme garante a Convenção 169 da OIT.

29 de agosto de 2014

Firmam a presente nota as seguintes organizações

  • Dom Bernardo Johannes Bahlmann, Bispo da Diocese de Óbidos
  • Comissão Pró-Índio de São Paulo
  • Malungu – Coordenação Estadual das Associações das Comunidades Remanescentes de Quilombo do Pará
  • Associação Brasileira de Organizações Não Governamentais – Abong
  • Coordenação Nacional de Entidades Negras – Conen
  • Movimento Nacional Pela Soberania Popular Frente à Mineração- MAM
  • Comitê Nacional em Defesa dos Territórios Frente à Mineração
  • Fórum Brasileiro de ONGs e Movimentos Sociais para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento – FBOMS
  • Processo de Articulação e Diálogo – PAD
  • Rede GTA
  • Fórum Mudanças Climáticas e Justiça Social
  • Articulação dos Povos Indígenas do Brasil – APIB
  • Movimento Sem Terra – MST
  • Conselho Nacional de Igrejas Cristãs – CONIC
  • Fórum Ecumênico ACT Aliança Brasil – FEACT Brasil
  • Comissão Pastoral da Terra – CPT Nacional
  • Associação Juízes para a Democracia
  • Instituto de Estudos Socioeconômicos – Inesc
  • Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas – Ibase
  • Associação dos Remanescentes de Quilombo de Peafú
  • Associação das Comunidades Quilombolas do Município de Óbidos
  • Federação das Organizações Quilombolas de Santarém
  • Pastoral Social de Óbidos
  • Comissão Pastoral da Terra de Óbidos
  • Comissão Pastoral da Terra de Santarém
  • Comissão Pastoral da Terra de Itaituba
  • Congregação do Verbo Divino
  • Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira
  • Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Alenquer
  • Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Oriximiná
  • Comissão Atingidos pelas Barragens do Rio Trombetas
  • Centro de Estudos e Defesa do Negro do Pará – Cedenpa
  • Justiça nos Trilhos
  • Fórum da Amazônia Oriental
  • Oficina Escola de Lutheria da Amazônia
  • Iepé Instituto de Pesquisa e Formação Indígena
  • Centro de Trabalho Indigenista
  • Instituto Internacional de Educação do Brasil – IEB
  • Conselho Indigenista Missionário – Cimi
  • Coordenadoria Ecumênica de Serviço – CESE
  • Pastoral Afro-brasileira
  • Koinonia – Presença Ecumênica e Serviço
  • Federação de Órgãos para Assistência Social e Educacional – FASE
  • Abrace a Serra da Moeda
  • Movimento Ame a Verdade
  • Associação Alternativa Terrazul
  • Brigadas Populares
  • Centro de Cultura Negra do Maranhão
  • Criola
  • Centro de Educação, Pesquisa e Assessoria Sindical e Popular
  • Movimento Debate e Ação – MdA
  • Movimento de Saúde – MSP MA
  • Centro de Documentação Eloy Ferreira da Silva – Cedefes
  • As Irmãs de Notre Dame de Namur
  • Centro de Estudos Bíblicos – CEBI
  • Fórum Carajás
  • Justiça Global
  • SOS CORPO – Instituto Feminista para a Democracia
  • Movimento Xingu Vivo Para Sempre
  • Movimento Negro de Altamira
  • Movimento de Mulheres do Campo e Cidade Regional Transamazônica e Xingu
  • Coletivo de Mulheres de Altamira
  • Instituto Brasileiro de Educação, Integração e Desenvolvimento Social – Ibeids
  • Observatório dos Conflitos no Campo/UFES
  • Grupo de Estudos em Temáticas Ambientais – GESTA/UFMG
  • Comitê Quilombos da Associação Brasileira de Antropologia
  • Grupo de Estudos Desenvolvimento Modernidade e Meio Ambiente/UFMA
  • Grupo de Pesquisa Historicidade do Estado e Direito/UFBA
  • Grupo Mulher Maravilha
  • Instituto Socioambiental – ISA
  • Terra de Direitos
  • Instituto Universidade Popular – UNIPOP
  • SOF – Sempreviva Organização Feminista
  • Operação Amazônia Nativa – OPAN
  • Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Porteirinha
  • Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Juruti
  • Associação Rádio Comunitária de Oriximiná – RCO
  • Associação das Famílias da Casa Familiar Rural de Óbidos
  • Consultoría para los Derechos Humanos y el Desplazamiento – CODHES (Colômbia)
  • ADDAF – Associação de Defesa e Desenvolvimento Ambiental de Ferros
  • Ação Franciscana de Ecologia e Solidariedade
  • Articulação Antinuclear Brasileira
  • Associação de Conservação Ambiental Orgânica – Santa Maria de Itabira
  • Associação das Vítimas do Césio 137
  • Articulação dos Atingidos pela Mineração do Norte de Minas
  • Associação Alternativa Terrazul
  • Associação Brasileira de Reforma Agrária
  • Associação Para a Recuperação e Conservação Ambiental
  • Associação de Defesa do Meio Ambiente de Araucária – AMAR
  • Associação de Proteção ao Meio Ambiente – APROMAC
  • Associação de Saúde Ambiental – TOXISPHERA
  • Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida – APREMAVI /SC
  • Associação do Patrimônio Histórico, Artístico e Ambiental de Belo Vale
  • Associação PRIMO – Primatas da Montanha
  • Brasil Pelas Florestas
  • Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de MG
  • Coletivo Margarida Alves
  • CEPASP – PA
  • Campanha Pelas Águas e contra o Mineroduto da Ferrous
  • Cáritas Diocesana de Sobral – CE
  • Cantos do Mundo
  • Consulta Popular
  • Coordenação Nacional das Comunidades Quilombolas – CONAQ
  • Central Única dos Trabalhadores – CUT
  • Centro Franciscano de Defesa dos Direitos
  • Centro de Ecologia Integral de Betim – CEIB
  • Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria – CNTI
  • CSP- Conlutas
  • Conselho Pastoral dos Pescadores
  • Comissão Paroquial de Meio Ambiente (CPMA) de Caetité
  • Centro de Agricultura Alternativa do Norte de Minas – Montes Claros MG
  • Evangélicos Pela Justiça
  • Educafro Minas
  • Frente de Luta pelos Direitos Humanos
  • Grupo de Extensão Universitária – Organon (UFES)
  • Grupo Pesquisador em Educação Ambiental, Comunicação e Arte – GPEA/UFMT
  • Gestão Socioambiental do Triângulo Mineiro (Angá)
  • Greenpeace
  • Grupo Franciscano de Educação Ambiental
  • Guará – Associação dos Guardiões da Rainha das Águas
  • Hutukara Associação Yanomami (HAY)
  • Instituto Caracol – iC
  • Instituto de Políticas Alternativas para o Cone Sul – PACS
  • Juventude Atingida pela Mineração – PA e MA
  • Juventude Franciscana do Brasil – JUFRA
  • Justiça Global
  • Levante Popular da Juventude
  • Marcha Franciscana
  • Movimento dos Atingidos por Barragens – MAB
  • Movimento dos Pequenos Agricultores – MPA
  • Movimento pela Moralidade Pública e Cidadania – Ong Moral MT
  • Movimento pelas Serras e Águas de Minas
  • Movimento pela Preservação da Serra do Gandarela
  • Movimento Guará e Xô Mineradoras
  • Movimento Paulo Jackson – Ética, Justiça e Cidadania
  • Movimento Artístico, Cultural e Ambiental de Caeté – MACACA (Caeté/MG)
  • Movimento dos Atingidos pelo mineroduto Minas-Rio de São Domingos do Prata – MG
  • Marcha Mundial de Mulheres
  • Núcleo de Investigações em Justiça Ambiental (NINJA)-  Universidade Federal de São João del Rei
  • Observatório dos Conflitos do Extremo Sul do Brasil – RS
  • Ordem Franciscana Secular – OFS
  • Pastoral da Juventude Rural – GO
  • Pedra no Sapato
  • Pastorais Sociais / CNBB
  • Rede Brasileira de Justiça Ambiental
  • Rede Cearense de Juventude pelo Meio Ambiente – RECEJUMA
  • Rede Axé Dudu
  • Rede Brasileira de Ecossocialistas
  • Rede Mato-Grossense de Educação Ambiental – REMTEA
  • Rede Causa Comum
  • Rede Franciscana de Justiça, Paz e Ecologia – Sinfrajupe
  • REAJA
  • Rede Brasileira de Pesquisas em Nanotecnologia
  • Serviço Interfranciscano de Justiça, Paz e Ecologia – SINFRAJUPE
  • Serviço Verbita (SVD) de JUPIC
  • Secretariado de Missão e Evangelização da Província Franciscana Santa Cruz
  • Serviço Franciscano de Justiça, Paz e Integridade da Criação – OFM/PSC
  • Sindiquimica – PR
  • Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Açucena – MG
  • Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Simonésia – MG
  • Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Porteirinha – MG
  • Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Canaã dos Carajás – PA
  • Sindicato Unificado da Orla Portuária – SUPORT ES
  • Serviço Interfranciscano de Ecologia e Solidariedade – SINFRAJUPE
  • Sindicato Metabase Inconfidentes
  • SOS Serra da Piedade (MG)
  • UNICON – Unidos Por Conceição
  • VIVAT Internationa

Exposição Cerrado


Prezados parceiros do PPCerrado, FIP, DEFRA, GEF Cerrado, Conacer e todos aqueles que têm trabalhado em prol do Cerrado!

No intuito de dar conhecimento e solicitando apoio para divulgação, a partir do dia 5 de Setembro a 19 de Outubro, de quarta a segunda-feira, das 9 às 21h, teremos no Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB) em Brasília, a exposição CERRADO – UMA JANELA PARA O PLANETA.

O evento é uma realização do Museu de Ciência e Tecnologia de Brasília, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação e da UNESCO, com apoio de várias instituições científicas e ambientais tais como a WWF, Jardim Botânico de Brasília, ISPN, Embrapa Cerrados, Ministério do Meio Ambiente/GIZ, Rede Sementes e Ibermuseus.

A exposição será dividida em três grandes módulos: Grande Sertão, Veredas: paisagens do Cerrado; A Trama do Cerrado: Diversidade; e Os Quatro Elementos: água, fogo, terra e ar. E contará com projeção de filmes, feira do Cerrado, programa educativo e oficinas. O público poderá passear por diferentes paisagens e compreender a importância da preservação deste bioma que vem sofrendo intenso processo de desmatamento.

Segue em anexo a versão final do convite para a abertura, bem como o release e o folder da Exposição. A abertura acontecerá na sexta-feira, dia 05 de setembro, e espera-se contar com a presença da Ministra do MMA junto ao Ministro do MCTI.

Pedimos aos parceiros, entrarem em contato com suas Assessorias de Comunicação no intuito de apoiar a divulgação do evento.

Segue a última versão da programação:

Dia 05/09 – SEXTA FEIRA
10h00 – 11h00 Abertura com falas institucionais:  MCTI, MMA, GDF, UnB, UNESCO
14h00 – Mesa-redonda:
Uma janela para o Planeta – Conversa com os Curadores – Prof. Dr. Jorge Wagensberg (Prof. da Universidade de Barcelona)
Palestra sobre difusão científica, papel dos museus de ciência e tecnologia – Dr. Douglas Falcão, Diretor do DEPDI/MCTI
Palestra – Profa. Dra. Mercedes Bustamante – Professora Dept. Ecologia da UnB

Dia 06/09 - SÁBADO
9h30 – 11h00 Mesa redonda Biodiversidade
Prof. Manoel Claudio (UnB) /Profa. Cássia Munhoz (UnB)– Diversidade vegetal
Prof. Mauro Ribeiro (IBGE) / Profa. Barbara Fonseca (UCB) - Ambientes Aquáticos
Profa. Ivone Diniz (UnB) / Prof. Miguel Marini (UnB)– Diversidade de Fauna
11h00 – 11h15 Debate 
11h30 – 12h15 Fogo – Conhecimento científico e tradicional
Profa. Heloisa Miranda (UnB)
Profa. Isabel Belloni (UnB)
Prof. Christian Berlinck (ICMBio)
14h30 – 15h15 Paisagens / Mudanças de uso da terra (água/carbono/impactos regionais e globais – desmatamento no Cerrado)
Prof. Laerte Ferreira – UFG
Mario Barroso – WWF
Prof. Britaldo Soares – UFMG
15h15 – 15h30 Debate
16h00 – 16:45h Diversidade Social
Prof. Ricardo Ribeiro – PUC Minas Gerais
Isabel Benedetti – ISPN
Representante – Rede Cerrado
17h00 – 17h15 Debate

Dia 07/09 – DOMINGO
Cine Cerrado - Filmes, Documentários e Curtas sobre o Cerrado
Lançamento do vídeo da WWF

FEIRA DO CERRADO
De 11 a 21 de setembro de 2014
Horário de funcionamento:
Sábado e domingo - das 9h às 21h
Dias da semana - das 12h às 21h
Local: Centro Cultural Banco do Brasil Brasília

Mais informações:
Letícia Campos
(61) 9949-6926 ou 8201-3536

Plantador de soja ameaça familia de agricultores familiares em Buriti


Os plantadores de soja no Baixo Parnaiba maranhense voltam a apresentar seu lado criminoso com relação aos direitos humanos. O André Introvini, plantador de soja no município de Buriti, Baixo Parnaiba, ameaçou o Vicente de Paula e sua esposa, agricultores familiares do povoado Carrancas com quase sessenta anos. Ele disse que iria derrubar a casa que a filha de Vicente começou a construir em uma área do estado. Essa área o André quer desmatar com a intenção de plantar soja. A ameaça do André se estendeu a propriedade do Vicente afirmando que irá toma-la. Essa prepotência do André se relaciona com os apoios politicos e economicos que angariou nos últimos anos.Pelo lado politico, Andre se escora no deputado Pedro Fernandes. Pelo lado economico, ele se escora na Monsanto.
Mayron Régis