terça-feira, 6 de outubro de 2020
A máxima beleza da praça João Lisboa
O amigo filosofo-fotografo, sempre apressado, sumira do mapa. Ele saiu sem se despedir. O que havia dito foi que levaria um aparelho de som para o conserto na rua das Cajazeiras. Ficaram de se rever no solar do MST à rua Rio Branco. Esse dia se mostrou extraordinário por reencontrar um outro amigo fotografo, morador de Alcântara, que dificilmente dava as caras em São Luis. A violência o levou a morar nessa cidade histórica cujo único meio de transporte para chegar a capital é o barco. O fotografo morava perto da praça da Matriz no sitio de uma amiga. No momento em que conversavam, o sol castigava o centro de São Luis sem piedade. Eles se despediram porque o fotografo iria se reunir perto de onde estavam conversando. Ele, por seu lado, subiu uma ruazinha que o levaria a praça João Lisboa e a rua Grande. A reforma da praça João Lisboa, executada pela prefeitura, pouco acrescentou a sua beleza porque ela se concentrou em mudar o piso. A reforma se propôs a fazer só isso? Se a reforma pouco acrescentou, ela tampouco atrapalhou a verdadeira beleza que a praça proporciona e que independe de onde se venha. A perspectiva dos prédios á rua do Egito, do casario histórico e da igreja do Carmo é a máxima beleza que o transeunte acessará pelo espaço compreendido pelo conjunto da praça. O painel estruturado à parede do antigo prédio do Banco do Estado do Maranhão à rua do Egito vale um tempo parado para apreender os seus desenhos e suas cores.
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