terça-feira, 1 de setembro de 2020
Pelos Velhos tempos de meses atrás
A fonte do Ribeirão reapareceu em sua vida social assim que reencontrou seus amigos no Chico Discos à rua São João com a rua dos Afogados (amigos que não se viam há meses). Qualquer cidade histórica que se preze, e São luis é uma cidade tombada pela UNESCO, deveria ter um canal que informe as origens históricas dos nomes de suas ruas. A rua São João se explica pela igreja São João, mas e o porquê de rua dos Afogados? Por que a prefeitura de São Luis não disponibilizava um serviço de consulta para essas horas de curiosidade? Deve ter havido muitos estudantes secundaristas de escolas publicas e privadas que andaram pela rua dos Afogados e pegaram-se olhando para as casas fechadas e ruas transversais e perguntando o porquê do nome Afogados. A padaria de esquina, a qual frequentara nos anos escolares, conservava as portas e a mesma frente de décadas. O ludovicense, em si, não dá muita bola para renovação nem do ponto de vista estético e nem do ponto de vista politico. Não que a renovação signifique objetivamente uma melhoria, mas o ludovicense leva consigo os germes do conformismo social e do medo da mudança. A rua dos Afogados em seu trajeto toca uma das muretas que cercam a fonte do Ribeirão, a mais famosa das três fontes históricas de São Luis (as outras duas, Fonte do Bispo e a Fonte das Pedras). Natural, então, beber um café no Chico Discos e descer a rua dos Afogados com direção a Fonte do Ribeirão que nos últimos anos viu abrir e fechar vários bares, lanchonetes e outros negócios. Em uma tarde de pouca gente à Fonte do Ribeirão, eles se sentaram a mesa para beber uma cerveja e comer um churrasquinho pelos velhos tempos de meses atrás. Amanda, historiadora e mestre em Cultura e Sociedade, cultivava uma lembrança de outrora: “O Chico Discos era bem aqui antes de se mudar para o local atual”. Esse pedaço da vida de São Luis, ele não experimentara.
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