O morador
As ladeiras assumiram um papel importante afinal a sua vida quase toda passara subindo e descendo ladeiras em São Luis. A ladeira fazia parte do ambiente da rua. Ele saia de casa e a porta da rua dava para uma ladeira. Os olhos moviam do ponto mais alto ao ponto mais baixo da rua. Um dos moradores mais velhos caminhava lentamente em busca de um bar onde pudesse se ocupar com uma dose de pinga e dois dedos de prosa. A pinga dificilmente faltava. Os dois dedos de prosa as vezes acontecia de não ter. O morador puxava uma graça com a ´proprietária do comercio. Ela respondia com um sorriso despretensioso e vendia mais um quarto de pinga para o morador. O horário dele beber a pinga marcava onze no relógio de ponteiro. Demorava-se menos de uma hora. Bebia no máximo três doses. O expediente acabava um pouco antes do almoço. No dia seguinte a cena se repetiria com uma diferença sutil nos seus desdobramentos. Poderia alguém sorrir de seus breves comentários sem graça além da proprietária do comercio.
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