quarta-feira, 5 de maio de 2021
A quarta feira e as quintas
Marcara com um amiga de se verem na praça Deodoro numa quarta feira. Ele lhe daria dois livros da sua autoria e ela lhe presentearia com a camisa do Pink Floyd, banda inglesa de rock progressivo. O inicio de mês de maio dava conta que o restante do mês choveria bastante, bem diferente do que aconteceu nos meses de março e abril, os meses mais chuvosos do inverno de São Luis. Ele escreveu “Muita chuva”. Ela respondeu “Acontece”. A amiga não entendeu a frase de imediato. ‘Tomara que a chuva termine antes das seis”, o horário fechado entre os dois. A chuva se espalhou por toda São luis que dava pra ver a cidade coberta de chuva da cidade de Bequimão. Ficou pensando nas pessoas viajando de ferry boat debaixo de chuva torrencial. A chuva tem seu tempo de cair e não pode esperar que o homem resolva seus assuntos. Caso fosse esperar, jamais cairia. Os homens esperam que a chuva dê seu recado. Os pingos de água impedem que o homem escreva a história humana por segundos, minutos e horas. As pessoas, em cima das seis horas, batiam em retirada pela praça Deodoro, temendo que outra leva de chuva surgisse com muito mais força. Ela o viu primeiro e entregou a camisa. Ele, por sua vez, deu boa noite e colocou em suas mãos os livros. Ele e ela conversaram poucos minutos e decidiram tomar o caminho de suas respectivas casas. Ela morava no Diamante, bairro colado ao centro de São Luis. O que hoje é um bairro, já foi as quintas dos casarões que foram construídos às margens do caminho grande, atual rua Grande. Ele a deixou próximo de sua casa, numa rua que ficava entre a parte alta da cidade e a parte baixa chegando na Camboa. Viu um burro que comia capim num terreno baldio do Diamante e ocorreu-lhe a visão dos grandes espaços de outrora, onde os proprietários soltavam seus animais ou os animais de amigos para pastarem. Um amigo lhe contou uma historia engraçada sobre o caminho da Boiada onde existiam várias quintas. Esse caminho recebeu esse nome porque por ele transitavam vários carros de boi e esses bois ficavam pastando nas quintas dos casarões do caminho. Um dia, a noite, esse amigo andava pelo caminho da boiada e algo imenso veio rápido ao seu encontro. Era um boi pronto para chifra-lo. O que podia fazer? Correu e jogou-se num brejo para escapar das chifradas.
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