domingo, 5 de novembro de 2023
numa rapida analise
Numa rápida análise das narrativas escritas por brasileiros, percebe se uma baixa presença de um elemento fundamental para a vida humana. Os escritores se dedicam pouco (pouco tempo e poucas páginas) ao tema dos recursos hídricos. O que se lê geralmente aparece como um problema, caso da chuva. Esse cenário muda quando a análise se desloca para o campo da música. Quando a chuva vem, perguntam de forma implícita Luiz Gonzaga e tantos outros. Dos grandes romancistas, Guimarães Rosa e o que mais se entrega a água e seus ambientes. A sua literatura absorve e se deixa absorver. Grande sertão veredas não e o maior romance por acaso. Ele compreende quase todos os biomas e delícia o leitor com os nomes de vários rios cursos de água alagados e etc. Mesmo em ambientes secos, a narrativa de Guimarães se agoa. E voltando a carência de narrativas voltadas para ambientes aquáticos. Essa carência explica em parte o desleixo e a apatia com o que os maranhenses tratam os recursos hídricos. Vem a mente nesse momento, o desmatamento licenciado pela secretaria de meio ambiente do Maranhão e executado pela família Totel próximo a comunidade quilombola de bom descanso município de São João do soter. Mais de 1000 hectares. O desmatamento ocorre numa área que embreja e predominantemente de babacuais. Não vai embrejar mais. Vem a mente que os Totel barraram o curso de água que corre para o rio Itapecuru e que passa pela comunidade. Não corre mais. E por fim vem a mente que o estado do Maranhão não tem secretaria de recursos hídricos.
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