quinta-feira, 20 de janeiro de 2022
Não confie em plantador de soja
Não confie em plntador de soja
Quantas famílias perderam os seus direitos as suas terras e aos seus territórios por confiarem em políticos e/ou empresários que pediram aos líder ou lideres dessas famílias para assinarem algum documento que se descobriu mais tarde não passava de um documento autorizando o desmatamento da terra ou território onde essas famílias moravam e trabalhavam? É indiscutível que as comunidades tradicionais tem dificuldades com a leitura e a interpretação de textos que muitas das vezes são escritos com uma linguagem hermética que só quem escreveu é capaz de decifrar. Na manhã do dia primeiro de dezembro de 2021, um grupo de trabalhadores a mando do plantador de soja André Introvini começou a cercar uma área nos fundos da propriedade do agricultor familiar Vicente de Paulo no povoado Carrancas, municipio de Buriti, baixo parnaiba maranhense. O serviço executado pelos trabalhadores do Andre Introvini era vigiado por seguranças armados e pelo próprio Andre Inrovini que acompanhava o trabalho da estrada. A presença de seguranças tinha como propósito intimidar a família de Vicente de Paulo e os vizinhos que tentassem se interpor as ações dos trabalhadores. Andre Introvini e Vicente de Paulo disputam parte da Chapada do povoado Carrancas e para justificar essa ação o Andre alegava ter ganho na justiça. Só quando chegou um comando da policia militar, o Andre Introvini mostrou um documento que na verdade era uma decisão judicial condenando o Vicente de Paulo por supostamente atear fogo na Chapada. A decisão não tinha nenhuma relação com a disputa pela terra e o Andre Introvini queria ganhar no grito o que não ocorreu porque a família de Vicente e os seus vizinhos fizeram barulho e a policia militar os levou a delegacia de Chapadinha onde o delegado ouviu o André e o Vicente. No dia 13 de janeiro de 2022, um funcionário do Andre Introvini pediu ao Vicente de Paulo que assinasse um documento em que ele aceitava ser retirado de sua casa porque a fazenda São bernardo pulverizaria a área para o plantio de soja e havia uma decisão judicial impedindo que eles jogassem veneno a quinhentos metros da casa do Vicente. O Vicente não assinou o documento porque estava com muita febre e porque se suspeitava que havia angu nesse caroço , que o Andre podia aproveitar a não presença do Vicente e de sua família para se apossar de todo o terreno. O que ficou comprovado já que no dia 20 de janeiro mais uma vez o plantador de soja e seus seguranças impediam as pessoas de irem para as suas roças. Por conta da mobilização da vizinhança e da assessoria jurídica, a policia militar foi chamada e os seguranças se retiraram. As investidas do Andre Introvini são no sentido de obrigar o Vicente de Paulo a desistir do seu território. Uma prática comum nas disputas travadas entre o agronegócio e as comunidades tradicionais.
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