segunda-feira, 30 de agosto de 2021
os campos encantados
Os campos naturais seriam um elo de ligação dos recursos hídricos com a terra firme. Adriano Almeid, advogado e fotografo, acredita que os campos se comportam como seres encantados e que para trafegar por eles só com permissão antecipada. A empresa sino portuguesa EDP de energia nos últimos meses tem enfrentado dificuldades para concluir os serviços da linha de transmissão que interliga Miranda a São luis e que passa pelos campos naturais de Anajatuba e Santa Rita. A empresa não pediu permissão as comunidades que moram perto dos campos e que vivem economicamente desse espaço ambiental. Os estudos de impacto ambiental solenemente ignoram os campos como berçários de inúmeras espécies de peixes de água doce e água salgada. Por conta dessa ignorância, a empresa terceirizada da EDP entrou nos campos naturais para erguer as torres de transmissão em plena piracema e em pleno regime de chuvas quando o rio Mearim sobe e encosta na terra firme propriamente dita. Essa ação irrefletida fez com que os peixes não executassem os seus planos de procriação nos campos naturais de Santa Rita e Anajatuba e o resultado mais devastador foi que os moradores que pescam ou tem açudes na região não viram peixes de 2020 para 2021. A empresa EDP argumenta que todo impacto se resume a um maquinário que atolou próximo a comunidade de Sitio do meio, município de Santa Rital, impacto que ela reconhece e pelo qual pagou indenizações de três mil reais aos donos de açudes. A maior parte do serviço de erguer as torres foi finalizado em Santa Rita e talvez por isso ela se esquive de negociar com as comunidades de papagaio e redondezas, mas falta terminar os serviços em Anajtuba. E o problema do maquinário atolado se repetiu no campos de Anajatuba e as comunidades impactadas pela linha de transmissão avisaram que o maquinário fica atolado até o dia de São nunca de tarde. Os campos naturais são ou não são encantados?
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