terça-feira, 13 de abril de 2021
O trágico apelo
Permita que escreva se tratar de uma crônica o texto a seguir. Uma crônica que se inspira em outras crônicas. Infelizmente, a crônica de cor local passou longe de seus hábitos literários. Leu muitas vezes as crônicas de Luis Fernando Verissimo ás páginas da revista Veja num tempo assaz longínquo. Um excelente cronista no seu costumeiro trato humorístico, Luis Fernando Verissimo acostumou mal o leitor. Dava a entender que a crônica não podia ser nada mais nada menos que um exercício de humor. O cronista diverte o leitor que vê o cronista como o seu contrario. O contrario onde se realiza seus anseios. Bem, os mal humorados e os viajantes discordariam da ideia de se verem de forma contraria na crônica. Para eles, o mau humor e a melancolia devem solapar a crença que o cronista escreve ou compõe tendo em vista a presunção de divertir o publico. Um amigo pediu a conhecidos a indicação de musica para escutar assim que almoçasse. Entre tantas indicações, uma se sobressaiu. A musica de Guinga, compositor carioca. O amigo reclamou: “Isso é muito triste”. Ele cometeu um erro comum o de ver o chorinho como uma musica triste. Guinga em suas crônicas musicais acrescenta mais que tristeza ao chorinho. O compositor acrescenta ao chorinho o trágico apelo da experiência musical.
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