quinta-feira, 29 de abril de 2021
a linguagem de prontidão
Encomendas de livros e discos a parte, ele comprou de uma vez só não sei quantos livros de Aldir Blanc. E um exagero essa frase e exagero não e de seu feitio. Bebia comia e lia separadamente. Tinha tudo na ponta do lápis. O orçamento familiar impunha limites a aventuras extra curriculares. Uma menina novinha renderia uma aventura inimaginável mas não vem ao caso. Exageros sem cupom fiscal, pediu recentemente a um amigo dono de sebo que procurasse livros de Aldir Blanc e cds de Guinga. A cultura e a arte brasileiras vivem na e da contradição. Elas proclamam a independência e exigem remuneração de quem não se dispõe a ajuda Las. O estado e a sociedade se fingem de surdas para os pedidos de socorro. Pronto socorro. Pronto para socorrer. A linguagem artística vive de prontidão como um socorrista ? A obra de Aldir Blanc não e bem assim. E como se ele fosse pego desprevenido. Quais são as palavras certas para aquela ocasião? Aldir Blanc escreveu no tempo certo e no tom exato ? Guinga, parceiro de composições de Aldir, e o seu antipoda. Músico dedicado ao extremo, as composições de Guinga suavizam as grandes composições/narrativas que querem impor suas pretensões estético fugazes.
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