segunda-feira, 3 de novembro de 2025
amazonia maranhense
Diariamente, dezenas de caminhões sobem e descem as estradas federais e estaduais do Maranhão em direção a Açailândia e Imperatriz. Uma parte dessa frota leva matéria prima para a fábrica da AVB ( Aço verde do Brasil) em Açailândia e a outra parte da frota leva matéria prima para a fábrica de celulose da Suzano papel e celulose em Imperatriz. Dois impérios econômicos em plena potência que não podem parar em momento algum. A AVB se sustenta pela destruição do Cerrado de Urbano Santos Anapurus e Santa Quitéria. A Suzano se sustenta pela destruição da floresta amazônica e os babaçuais da região Tocantina. Essas são as grandes narrativas do oeste maranhense em mais de quatro décadas: grilagem de terras, eucalipto, carvão vegetal guserias celulose e aço. Palavras que fizeram e fazem ascender economicamente diversos grupos econômicos vindos de outros estados com financiamento estatal. De onde e a Suzano papel e celulose? De onde é a AVB? Quando se homenageia um empresário sempre se ressalta as suas origens sociais e geográficas. Começou pobre e veio de outro estado. A grande maioria população maranhense será esquecida e sequer homenageada enquanto viva. A dona Maria Moraes que vive na comunidade Canaã fazenda eldorado município de imperatriz em disputa com a Suzano papel e celulose veio de São Benedito do rio Preto, baixo Parnaíba maranhense. Quebrava coco babaçu com a mãe nessa cidade. Descobriu coco babaçu em Canaã havia cinco anos e voltou a quebrar. Em recente reunião das mulheres e homens que vivem do extrativismo do babaçu com o Fórum Carajás ela ofereceu um arroz com fava e tambaquis fritos. Desculpou se por não oferecer algo mais. Estava indisposta pela diabetes. Ela, como dona Ivanisia que veio do vale do Pindaré para a região Tocantina, que quebra coco, tira o azeite e prepara garrafada ou remédio caseiro, provam que a história e também a daqueles que teimam em lutar por seus direitos ao meio ambiente a terra a água e a uma alimentação saudável.
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