domingo, 19 de maio de 2024
urbano santos
No depender da classe política, Urbano Santos em pouco tempo pode vir a se tornar um grande produtor de soja na região do Baixo Parnaíba maranhense. O papel exato da administração publica no avanço dos plantios de soja e da destruição do Cerrado em Urbano Santos fica bem explícito nas autorizações de uso e ocupação do solo dadas pela prefeitura nos últimos anos. A prefeitura realmente tem aparato técnico para analisar os pedidos dos plantadores de soja ou as autorizações são assinadas sem o mínimo de precaução? O que passa pela cabeça do responsável pelas autorizações na hora de assinar ? Que está cumprindo o seu papel de funcionário público ou que está apenas cumprindo ordens dadas por alguém acima? Sabe se que políticos nomeiam funcionários públicos de acordo com compromissos políticos com seu grupo e não com a sociedade. Antes da avalanche de desmatamentos, entendia se que urbano Santos não teria o destino trágico que outros municípios maranhenses tiveram. Anos e anos de projetos que tornariam a cidade uma Meca do eucalipto por parte da Suzano e outras empresas se viram infrutíferos. As empresas desmataram o Cerrado e plantaram eucaliptos que envelheceram sem nenhuma utilidade. Esperava se um pouco de seriedade tanto da Suzano como do setor público de destinar as áreas da empresa que todos sabiam serem griladas para as comunidades tradicionais. Não foi o que se viu. A empresa vendeu terras públicas para plantadores de soja em cumplicidade com órgãos públicos. O público nesse caso é privado. O iterma foi sempre um bom gestor em referência ao agronegócio. Quantos pedidos de regularização fundiária em prol das comunidades foram atendidos pelo iterma no cerrado maranhense? O órgão promete regularizar áreas pequenas. Quanto as áreas maiores que 500 hectares nem espere sentado. A atitude do governo do estado do Maranhão de negar os direitos das comunidades aos seus territórios, e para negar não precisa dizer não basta fingir que o problema inexiste, desemboca em violências. Físicas e simbólicas. Os plantadores de soja soltam seus cães pit Bulls que atacam as criações dos agricultores familiares.
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