terça-feira, 6 de junho de 2023
o eterno retorno
Fala se muito do ataque do agronegócio as comunidades tradicionais mas pouco se fala do ataque do agronegócio ao direito de exercer a posse da terra por parte dessas comunidades. O direito de exercer a posse pode estar no coletar de bacuris nas Chapadas das comunidades Vila Borges e Vila Chapéu. Essas comunidades coletavam bacuris nessas chapadas havia décadas e resistiram a várias investidas do agronegócio. Infelizmente não tiveram a menor chance de resistir no momento em que um empresário de São Paulo escudado por documentos fraudulentos desmatou centenas de hectares. Os documentos obtidos por esse empresário negaram o direito dessas comunidades ao exercício da posse. O exercício da posse e um direito que um indivíduo ou uma comunidade consegue por morar naquela ou viver daquela área por seus próprios meios. As comunidades tradicionais e quilombolas são antes de tudo posseiros. O assassinato do seu Edvaldo, liderança do território quilombola Jacarezinho, município de São João do soter, não foi desvendado mas se sabe que os grileiros ordenaram porque a atuação do seu Edvaldo ia no sentido de organizar as posses dos moradores numa grande posse. Caso o trabalho dele continuasse, as posses seriam regularizadas e tituladas em nome das comunidades e para o agronegócio isso e impensável. O agronegócio só aceita regularização da posse se for para entrar no mercado de terras.
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