domingo, 5 de março de 2023
O porto do rio anil
Um amigo lhe pediu que o ajudasse a conseguir o livro memorias póstumas de Bras Cubas, livro de machado de assis que deveria ler para poder responder eventuais perguntas numa prova. Esse amigo morava longe, em santa quiteria. Para atender o pedido, a pessoa que pensou e correu atras foi o amigo dono de um sebo literário. Pensou nesse sebo porque vivia nele, conversando sobre politica e literatura. Ao ser consultado, o dono do sebo respondeu que naquele momento o livro estava em falta. E o amigo de Santa Quiteria, espremido pelo tempo, queria saber se conseguira o feito. Por sorte, o dono do sebo adquiriu o livro por aqueles designios divinos que não ousava perguntar porque os segredos dos deuses dos sebos devem ser bem guardados. Pegou o livro e o carregou ate em casa. Observou que os livros de romace de Machado de Assis lera todos, mas não comprara nen hum. Lera todos emprestados. Era um tempo que não comprava livros. A edição que comprara para o amigo era bonitinha. Deu vontade de comprar um para si. Uma hora, compra-se. Veio a mente a seguinte questão: como a sociedade brasileira se relaciona com seu passado, visto que memorias póstumas é um livro escrito por um morto que narra a sua morte para depois passar a narrar fatos de sua vida? E bom fazer perguntas desse tipo, pois um dia antes de pegar o livro no sebo dialogava com os vizinhos em torno da historia de um porto que ficava perto do lugar onde morava. Nunca ouvira falar de um porto ali perto. O porto segundo o comunicaram pertencia a uma fabrica de beneficiamento de babaçu e nela trabalhavam todos do bairro. Se havia um porto e nele aportavam barcos, a maré subia pra peste e nela se banhavam as crianças e os jovens que desciam as ruas em busca do famoso rio anil.
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