sexta-feira, 30 de setembro de 2022
Acumulação e escrita nos Cerrados maranhenses
O que se lê é que a escrita nasceu da necessidade de listar as propriedades. Retira se dessa afirmação que acumular materialmente e escrever (conhecimento) a andam juntos. Difícil não concordar quando se vê os interiores pelo Maranhão a fora onde a acumulação material por parte dos fazendeiros possibilitou aos seus filhos estudarem. Bem diferente dos filhos dos agricultores familiares que ou não estudaram ou estudaram em escolas públicas precárias. Está se falando de acumulação material e escrita do ponto de vista capitalista mas conversando com Vicente de Paulo agricultor familiar de Buriti pressente se outras formas de acumulação e de escrita vicejando pelos Cerrados do Maranhão. A Vara Agrária do Tribunal de Justiça do Maranhão manteve Vicente e sua família na posse de 150 hectares nas chapadas do povoado Carrancas município de Buriti numa disputa entre Vicente e a família Introvini de plantadores de soja. Com essa decisão a única acumulação com que Vicente se preocupa e a das espécies do Cerrado crescendo tranquilamente e a única escrita com que ele se preocupa e aquela que seus netos escreverão daqui por diante a partir da sua história.
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