terça-feira, 16 de novembro de 2021
Os paus ameaçadores da comunidade de Gameleira, municipio de Brejo, Baixo Parnaiba maranhense
A comunidade Gameleira, município de Brejo, Baixo Parnaiba maranhsense, convidou o Padre Chagas para participar de uma conversa que juntaria a comunidade, a diocese de Brejo e o STTR de Brejo. Nos primeiros anos do avanço do agronegócio da soja sobre a região do Baixo Parnaiba maranhense, o município de Brejo foi um dos que mais sofreu impactos advindos desse avanço. Um outro município tão ou mais impactado pela monocultura s asoja na região do Baixo Parnaiba se trata de Buriti, que fica na transição da floresta Amazonica, Cerrado, Caatinga e Babaçual. O edivan, membro da coordenação estadual do MST no Maranhão e morador do povoado Belem, assentamento do Iterma, acredita que entre os municípios de Buriti, Anapurus, Mata Roma e Chapadinha a soja apagou a presença de Cerrado porque a maioria das Chapadas e Baixões foram ocupados, devastados e plantados. Os rios que ziguezagueiam pelo município de Buriti compõe as bacias do rio Munim e do rio Parnaiba. No caso da bacia do rio Munim, o rio Preto e o riacho Feio nascem r crescem por todo o município de Buriti. Cresciam, melhor escrevendo, porque se aterrou a maior parte das nascentes desses afluentes do rio Munim. O Edivan lembrou uma fala da educadora ambiental Delva em que ela insistia que dentro doo planto de soja havia uma nascente. “É o contrário Delva, contraísse edivan”. “Dentro da nascente apareceu um plantio de soja que a devorou ao ponto de faze-la desaparecer”. O que sobrou de Chapada e Baixões intactos no município de Buriti podem ser encontrados nos territórios de comunidades tradicionais e comunidades quilombolas. Esse é o caso da comunidade de Gameleira que assistiu parte da sua Chapada ser devastada pelo sojicultor Gilmar da Masul. Essa devastação é parte do resultado de uma cordo firmado entre a comunidade e o sojicultor que liberou duzentos hectares para os moradores. O acordo favoreceu mais o gaúcho sojicultor que se apropriou de uma Chapada quase toda enquanto a comunidade se contentou com dois décimos dela. Acordo feito de boca Gaucho sojicultor não respeita e foi isso que aconteceu. Gilmar da Masull quis devastar a Chapada restante imaginando que a comunidade não se atreveria a impedir. Os moradores impediram e expulsaram os funcionários do gaúcho sojicultor. A historia da destruição do Cerrado no Baixo Parnaiba é um eterno retorno. Plantadores de soja, grileiros, empresas de eucalipto e advogados atazanam a vida das comunidades ofertando o melhor dos mundos para que elas permitam que ocorra o desmatamento. Na reunião da comunidade de Gameleira com o padre Chagas, o gaúcho sojicultor apareceu e enfeitou a realidade com propostas de projeto e por ai vai. Os moradores de Gameleira se armaram de pau e afinal as mulheres perderam a paciência. “O senhor não é bem-vindo. Tem dez minutos para ir embora, senão...” O gaúcho sojicultor se fez de desentendido e mandou mais enfeites para a comunidade. As mulheres voltaram a carga “Qual parte doa viso o senhor não entendeu? Restam cinco minutos pro senhor ir embora”. Sentindo que a barra pesou, o gaúcho sojicultor disparou pro lado de fora da casa esquecendo documentos sobre a cadeira onde se sentara.
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