O Leandro queria dar uma de sabido ou João sem braço e por isso acabou encofado numa confusão sem fim com as comunidades e com os movimentos sociais de Barreirinhas, Santa Quitéria e Urbano Santos. Ele engatilhara o desmatamento, antes mesmo de demarcar a “sua área”. A comunidade de Passagem do Gado entrou com pedido de uso e ocupação do solo junto a secretaria de meio ambiente de Barreirinhas para plantio de arroz e outras culturas. Existe uma lei que proíbe o desmatamento, a produção de carvão vegetal e o plantio de monoculturas no município de Barreirinhas. A comunidade obteve a licença da prefeitura, mas quem usufruiria dela seria o Leandro.
Outro esperto, não na mesma reza, mas com um terço similar, tentou e tenta tomar à força áreas da Passagem do Gado e da Jurubeba, outro povoado das imediações. Um tal de André entrou com um pedido de reintegração de posse contra os moradores da Passagem do Gado apresentando documentos forjados de compra de posse. Interessante é que a juíza da comarca de Urbano Santos, na época, 10 de fevereiro de 2010, doutora Débora Jansen Castro, concedeu a liminar favorável ao André porque ele favoreceria o meio ambiente ao entregar a área para a Margusa desmatar e transformar tudo em carvão. A comunidade de Passagem do Gado dera preferência ao Leandro porque prometera dinheiro e custear a roçagem com trator para eles. Quem avalizou esse acordo fora o Iterma, afinal a comunidade detinha um titulo de terras.
Barreirinhas é o município maranhense com maior número de assentamentos estaduais e, junto com São Bernardo, Mata Roma, São Benedito do Rio Preto, é um dos únicos municípios do estado cuja legislação proíbe o plantio de monocultivos. Outros municípios pretendem implementar legislação parecida. Entre eles, o município de Morros, região do Baixo Munim.
Os pólos Coceira, Pau Serrado e Buriti, município de Santa Quitéria, no começo de julho, estilhaçaram à Missão, do qual participaram o Centro de Direitos, vereadores, o STTR, a SEMA e o Iterma, os acontecimentos de desmatamento e grilagem de terra por aquelas paragens. Os vereadores presentes afirmaram o propósito de criarem uma lei coibindo daqui pra frente o desmatamento de e o plantio de monoculturas em novas áreas.
Mayron Régis
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