domingo, 1 de dezembro de 2024
conversa alheia
Ouvir as conversas alheias virou uma praxe do ser humano. Há dois tipos de conversa: aquelas que a pessoa quer interagir e interage e aquelas que e melhor não interagir para não chamar atenção. Um senhor negro ficou esperto na conversa em que um jornalista cumprimentava um casal na fonte do ribeirão centro de são Luís. A menção ao nome Liberdade bairro periférico deixou o esperto. Os amigos se separaram e o senhor negro perguntou ao jornalista "o senhor morou na liberdade?". "Vivi a infância", respondeu o jornalista. O senhor negro enveredou por uma história em que ele saia de casa na madre Deus para assistir aula no Senai, bairro monte 🏰, e almoçava na casa dos parentes no bairro liberdade. Esse feito todo a pé no início dos anos 70. O jornalista ainda não tinha nascido. O que pode haver em comum entre a indústria siderúrgica a indústria de celulose e a indústria de soja no Maranhão? Uma conversa de dois jovens ocorrida numa padaria na estrada federal entre imperatriz e Açailândia. Nessa conversa, um deles afirmava que pegaria a estrada com destino a urbano santos, baixo Parnaíba maranhense. Cerca de 730 km de distância. Ele citava a região de Juçaral e Laranjeiras, povoados do município chegando em Chapadinha e Mata Roma. O outro rapaz conhecia a região. "Tudo virou soja, assim como partes de Anapurus e Santa Quitéria". Nessa conversa toda deu para entender que o rapaz que viajaria para Urbano Santos era da siderurgia e o que mais escutava era da Suzano. Durante muito tempo, a Suzano papel e celulose se declarou proprietária legal de quase 100 mil hectares em todo o baixo Parnaíba. Pretendia plantar milhares de hectares de eucalipto com finalidade de produzir celulose ou pellets para virar energia renovável. Não deu certo e como vingança contra as comunidades tradicionais que impediram seus projetos repassou boa parte dos 100 mil hectares para a indústria siderúrgica e para os plantadores de soja. O rapaz da siderurgia estava mais entusiasmado também haverá emprego para ele e para outros graças a destruição do cerrado. O rapaz da Suzano estava mais contido. A destruição do baixo Parnaíba não era mais da alçada da sua empresa.
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