segunda-feira, 31 de julho de 2023
a farmácia
O que se aprende em sala de aula e que para escrever literatura seria se necessita de um bocado de imaginação e outro bocado de mentira. Reparação, romance do escritor inglês Ian McEwan, tem como eixos centrais a mentira como prática social e a ilusão como representação estética. Fica se perguntando o quanto há de verdade nas reformas executadas pelo governo estadual no que se convencionou chamar de Centro histórico de São Luís. Centro histórico seria o espaço para onde as histórias convergem e onde elas se centralizam. Nada mais mentiroso afinal o centro de São Luís (deixemos de lado esse papo de centro histórico) vem se esvaziando economicamente e socialmente há bastante tempo. O que deve resistir ao esvaziamento são as histórias antes da sua monumentalizacao iniciada no governo Cafeteira. Numa data imprecisa, existia dentro da feira um pequeno comércio respeitável conhecido pelo nome de Farmácia. Neste pequeno comércio respeitável gerido por pequenas pessoas adoráveis vendia se bebida da boa e cada pessoa que por lá passava assinava uma folha de frequência. César Teixeira, um dos maiores compositores da música maranhense e que acredita ser Sousandrade o maior escritor da literatura local, foi um dos seus assíduos frequentadores. A Farmácia existiu e o César Teixeira e uma testemunha dessa época assim como Deco experiente gerente de um bar /restaurante que acompanhava a conversa. Pode ser que a cada reforma uma parte dessa história seja apagada e outra colocada no lugar como muitos querem, mas até o final das reformas nada e definitivo, ainda bem
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