sexta-feira, 6 de maio de 2022
O sono da razão gera monstros
O titulo do quadro de Francisco de Goya, pintor espanhol do final do século XVIII e começo do século XIX, assusta quem o lê sozinho ou quem o lê apreciando a tela. E é para assustar mesmo. Quem governava a Espanha nessa época era a nobreza mais reacionária e mais tacanha de toda Europa. A nobreza de Portugal talvez chegasse perto da nobreza espanhola no quesito tacanhez. Essa tacanhez era fruto de séculos de influecnia do catolicismo e da inquisição católica, do saque as riquezas naturais dos países colonizados pelos espanhóis, uma nobreza gastadora e improdutiva e etc. Os ventos que sopravam da França, iluminismo, revolução social, geravam em setores intelectuais, artísticos espanhóis a esperança de que seu pais saísse do atraso em que se localizava.essa esperança tambem gerava duvidas do que viria pela frente após a derrubada da monarquia e a instauração de um sistema liberal de poder. A obra de Goya, em grande parte, representa essa duvida referente ao que as revoluções sócio econômicas liberariam na conjuntura espanhola. Até mesmo a razão dorme e sonha e os sonhos experimentados ela não pode controlar. Futuramente, a escola de Frankfurt reara uma critica parecida ao que se tornou a razão e a instrumentalização que a burguesia exercia sobre ela e que desencadeou a ascensão do nazismo e do fascismo nos anos 30. No segundo mandato da presidente Dilm, o estado brasileiro iniciou a discussão de um programa voltado para a expansão da fronteira agrícola nos Cerrados brasileiros. A sigla do programa se chamava MATOPIBA que pega as primerias letras dos estados que o governo brasileiro pretendia desencadear esse programa. A intenção principal do programa era expansir a produção de soja mas os representantes do governo e da inciativa privada cobriam essa intenção com,um discurso de formar uma classe média rural. O estado do Maranhão começa a ver em vários municípios o resultado do Matopiba em pequena e larga escala. Um desses exemplos é o da comunidade de Surrão, município de Urbano Santos que vendeu dois mil hectares de Chapada por dois mil reais o hectare. Passados alguns dias da venda, os moradores não tem mais dinheiro, não tem terra mais plantar, não tem mais chapada para coletar bacuri e por ultimo, os filhos acabam com os carros que os pais compraram com o dinheiro da venda. Vendo a expansão do agronegócio da soja sobre os territórios tradicionais e quilombola so Maranhão e as suas consequências a pessoa entende o que está implícito na obra de Goya e na critica da escola de Frankfurt.
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