domingo, 26 de dezembro de 2021
O jantar
Com pouca gene à rua, a cidade se volta para dentro de si. Passa a chave à porta e fecha as janelas. Ela se sente solitária. Acha melhor permanecer deitada a manhã toda. A chuva a chama para debaixo dos lençóis. A despensa se esvaziou e na geladeira o que praticamente resta congelou. A cidade cresce como erva daninha que toma conta do quintal. A cidade parou em cima da faixa. Troca-se de carro com ele em movimento. O carro bateu no poste e o socorro demorou a chegar. A cidade perdeu o rumo e caiu com a cara no asfalto do meio-dia. o motorista adormeceu ao volante e a carona acordou com o pedido de divorcio nas mãos. Acautelem-se, pois o padre abençoa o almoço. Peçam a Deus que venha logo para o janar não esfriar.
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