domingo, 4 de julho de 2021
O capitalismo (des)humano enfim chegou ao Maranhão
Em toda sua vida, ele escutara o nome Baixa da égua somente em relação a uma comunidade de Urbano Santos. É comum utilizar Baixa da Egua para designar lugares longe de tudo e de todos "Vai para Baixa da Égua". Bem no final do município de Urbano Santos, as pessoas rapidamente se esquecem das conversas longas e das caminhadas em direção a Barreirinhas, Santa Quiteria e Anapurus, municipios vizinhos a Urbano Santos. As pessoas se esqueceram das promessas feitas por proprietários tradicionais em troca de seus votos. Os proprietários agem em favor de políticos que, muitas vezes, são seus parentes. Promessa de tudo que é lado e de tudo que é jeito. Caso o politico se eleja, empregam o filho, empiçarram a estrada. constroem prédio da escola, regularizam a posse da terra, incentivam a agricultura familiar e etc. Os proprietários e os políticos prometeram tanto que descumpriram quase tudo. Algumas pessoas vão reclamar da estrada esburacada, da nomeação do filho pelo prefeito, da escola inacabada, da produção agrícola mínima e etc. De todas essas promessas, a maior de todas elas e que englobaria todas outras seria a regularização fundiária dos territórios onde essas pessoas vivem. A não regularização acarreta num futuro próximo o despejo da comunidade em consequência de uma liminar dada pelo juiz da comarca em favor do antigo proprietário que quer vender ou do novo proprietário que acaba de comprar. Os proprietários tradicionais se queriam resolver um impasse com um morador dava o veredito “Voce tem um dia para arrumar suas coisas e tirar pra fora”. A geração mais nova de proprietários propõe acordo com a comunidade ‘Damos a cada família cinco hectares”. Pelo visto, o capitalismo mais humano chegou enfim ao Maranhão para tira-lo do atraso.
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