Insurgir-se
contra algo requer muita coragem. O Paulo, responsável pelo cartório de Urbano
Santos, perguntou aos funcionários do empresário Evandro Loeff se eles sabiam
no que se meteram ao pretenderem desmatar mais de 900 hectares da comunidade de
São Raimundo. Assim que pressentiram a aparição dos moradores da comunidade no
cartório, os funcionários responderam que dispensavam briga e escafederam-se. O
Paulo entabulou uma conversa com a Francisca: “Admiro muito sua luta pela
desapropriação de São Raimundo e condeno que algumas pessoas aqui de Urbano
Santos esquematizem junto com o pessoal do Loeff para que o desmatamento aconteça”.
O Nêgo Garreto, membro de uma família tradicional do Baixo Parnaiba maranhense,
se enraiveceu do Paulo. Ele se desfaria de Santa Rosa, área de Chapada com mais
de dois mil hectares na bacia do rio Preto. A Suzano Papel e Celulose compraria
a área. Antes do negócio ser concluído, o Paulo informou o sindicato que na
mesma hora protocolou no Incra um pedido de vistoria da área. Segundo o Isaias,
que integra a direção do STTR de Urbano Santos, a Chapada da Santa Rosa não se
compara em número de bacurizeiros à Chapada de São Raimundo, mas se engradece
como uma das mais bonitas da região.
Por
toda a região do Baixo Parnaiba maranhense, os eucaliptos ressecam. O Domingos,
membro da Associação de São Raimundo, acredita que os funcionários da Suzano
erraram na quantidade de veneno aplicado. Os eucaliptos na propriedade de Evandro
Loeff mirraram. O Sebastião, presidente da Associação do povoado Coceira.
confirma que os eucaliptos da Suzano na Barra da Onça, município de Santa
Quitéria, morreram em grande número. Uma das hipóteses para esse fato é que extensões de terra
no Baixo Parnaiba maranhense e no interior do Piaui apresentem alto teor de alumínio.
Mayron
Régis
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