sábado, 31 de julho de 2010

Essa é pra São Raimundo e demais povoados de Urbano Santos

Por conta de uma questão que se arrasta longo anos para saber a quem territorialmente pertencem 22 povoados encravados no município de Urbanos Santos, os alunos da rede municipal de ensino daquela cidade estão sem aulas.




A juíza Débora Jámenes determinou ao prefeito Abnadab Leda que reintegre imediatamente os povoados e proceda o retorno dos estudantes aos colégios.



Mas existe algo de curioso em tudo isso: Urbanos Santos recebe integralmente verbas do Fundeb, da Saúde, e outras mais, com a inclusão da população dos 22 povoados.
 
Chapadinhasite

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Baixo Parnaíba: Reunião das comunidades do pólo Coceira com a Suzano

Está confirmado para o dia 12 de Agosta a reunião com o grupo Susano no povoado no Polo Coceira. Presença confirmadas GTA, COE, SMDH, Fórum Carajás,   FDVBPM, STTR - Sta Quitéria, LEGISLATIVO Sta, EXECUTIVO Sta. e as comunidades do pólo.

Por: José de Ribamar Oliveira ( FDVBPM)

domingo, 25 de julho de 2010

RECADO PARA MANGABEIRINHA, MUNICIPIO DE URBANO SANTOS

O recado para a comunidade de Mangabeirinha, município de Urbano Santos, truncou no caminho. Na primeira etapa do curso “O Cerrado que protege”, ficara acertado que a Ermelinda, conselheira de segurança alimentar, retornaria ao povoado. A sua fala, nessa etapa, para as mulheres da Associação de Parteiras de Urbano Santos e para as mulheres do povoado remontou ao pensador e político pernambucano Josué de Castro. Este empunhou a bandeira do combate a fome e abreviou os malefícios causados pela fome nas comunidades mais pobres de Pernambuco, estado assolado pela monocultura da cana de açúcar que escorraçava e escorraça as populações do interior para a periferia de Recife.

As comunidades tradicionais do Baixo Parnaíba maranhense, durante o processo de licenciamento ambiental das áreas que a Suzano arrendaria para a Margusa, entre os anos de 2005 e 2008, cobraram dos governos federal, estadual e municipais os seus direitos constitucionais e seculares de titulação das áreas onde residem e trabalham. A realidade maranhense se desmistificaria em sua completude caso esses direitos fossem assegurados pelo Estado. Na primeira etapa do curso “O Cerrado que protege”, inquiriram se a comunidade de Mangabeirinha era quilombola. Numa região como o Baixo Parnaíba, apreender-se-ia qualquer comunidade como quilombola ou tradicional.

O processo de arrecadação das terras, por parte do Iterma, para a comunidade de Mangabeirinha mofa em alguma prateleira do órgão fundiário. São quase dois mil hectares de área de Chapada. Os governos de ocasião amorfinam o Iterma em peças orçamentárias ridículas nas quais pouco sobra dinheiro para as vistorias pretendidas pelas comunidades. E quando um funcionário se digna a vistoriar alguma área atende pedidos de algum grileiro de terras.

Na sua segunda ida a Mangabeirinha, Ermelinda falaria um pouco sobre o Programa de Aquisição de Alimentos. Os moradores aguardavam outra pessoa e nem sabiam do assunto. O senhor Crispim, membro da associação e marido de uma parteira, roçava uma área no começo do terreno da comunidade. Quem sabia do seu itinerário guiou o carro até bem perto. Encontraram-no almoçando. Na volta para o povoado, ele mostrou um trecho que está em disputa com grileiros de terra.

Alguns moradores se reuniram na capelinha da comunidade com a Ermelinda que tratou do PAA, mas também explicou o que a associação precisa fazer para acessar este programa e outros, lembrando que todo município é obrigado a suprir a merenda escolar com 30% de alimentos provenientes da agricultura familiar, e com o Alberto Cantanhede, membro do CAPPAM e do Fórum Carajás, que exercitou com eles as questões do associativismo e da sua história.

As grandes questões que pegam para essa comunidade são a perda da tradição e a dissociação das gerações, questões correlatas. Os mais velhos não tem mais a quem repassar seus conhecimentos e porventura esquecem seus conhecimentos e os mais jovens preferem outros caminhos que não a luta pela terra.

Mayron Régis

sábado, 24 de julho de 2010

Agrotóxicos Rio Preto

Autor Antonio Eduardo Pinheiro Presoti

Categoria Teses e Dissertações

Instituição [cp] Programas de Pós-graduação da CAPES

Idioma Português

Área de Conhecimento INTERDISCIPLINAR

Nível Mestrado

Ano da Tese 2008

Resumo Os estudos foram realizados na microbacia do Rio Preto, afluente pelo lado direito da bacia do Rio Munim. O rio Preto nasce ao sul do município de Buriti, coordenadas: 3°56'41.96" Sul e 43° 2'31.40" Oeste. Após percorrer cerca de 230 km, deságua no Rio Munim, na localidade de Nina Rodrigues, banhando os seguintes municípios: Buriti, Brejo, Milagres do Maranhão, Anapurus, Mata Roma, Urbano Santos, Chapadinha, São Benedito do Rio Preto e Nina Rodrigues. É uma região predominantemente rural, onde as atividades agrícolas vêm se intensificando nos últimos anos. Os municípios de Buriti, Anapurus, Mata Roma e Brejo vêm desenvolvendo uma agricultura intensiva, com destaque para a sojicultura. Com intuito de conhecer os níveis de contaminação por agrotóxicos no alto curso do Rio Preto, provenientes da sojicultura e de implicações destas contaminações de agrotóxicos na comunidade fitoplanctônica, foram realizadas quatro campanhas de amostragem em três pontos amostrais: Rio Preto - RP2 - latitude 3°51'47,70"S e longitude 43° 02'46,14"O, Rio Preto ? RP3 - latitude 3°43'19,98"S e longitude 43°00'40,32"O e Rio Preto ? RP4 - latitude 3°31'34,98"S e longitude 43°02'53,46"O. Estas campanhas foram realizadas no inicio de dezembro de 2007, final de janeiro, final de março e inicio de junho de 2008, considerando as duas primeiras campanhas realizadas no período de estiagem e as duas subseqüentes no período chuvoso. As datas das campanhas também visaram acompanhar o ciclo de plantio da soja, que começa na metade de janeiro e finda na metade de junho, com uma tolerância de dias para o inicio e fim do ciclo de plantio. Foram registrados, in situ, dados sobre a temperatura do ar e da água e, concomitantemente, coletadas amostras de água a 20 cm da superfície para análise das variáveis hidrológicas (pH, oxigênio dissolvido ? OD, condutividade, sólidos dissolvidos totais, turbidez, nitrogênio sob a forma nitrato e fósforo sob a forma fosfato); biológicas (densidade fitoplanctônica e os índices de riqueza, de eqüitabilidade e de diversidade) e análise de agrotóxicos (alaclor, aldrin, 2,4-D, 2,4,5-T, clorpirifós, clorpirifós-oxon, carbendazim, cipermetrina, monocrotofós, metamidofós, paraquate, thiram e carbofuran). Nas quatro campanhas de amostragem, nos três pontos amostrais (portanto, das doze tomadas de amostras), foi detectada a presença de agrotóxicos em onze das tomadas. Em termos numéricos, dos treze compostos investigados, oito foram detectados. Foi, inclusive, verificada a presença do produto organoclorado aldrin, cujo uso é proibido no Brasil desde a década de 80. Os estudos mostraram uma correlação entre o nível de contaminação de agrotóxicos e o impacto causado pelo aumento do número de células fitoplanctônicas no ponto amostral RP2. Dentre as espécies de fitoplâncton, Oocystis lacustris foi a espécie que apresentou um maior número de indivíduos em relação às outras espécies. A presença dos agrotóxicos e as alterações em populações de espécies fitoplanctônicas vieram comprovar, assim, os impactos ambientais provenientes das atividades sojicultoras na região.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

MPF/TO propõe ação civil pública contra Suzano Papel e Celulose

O Ministério Público Federal no Tocantins propôs à Justiça Federal ação civil pública com pedido de liminar contra a empresa Suzano Papel e Celulose S/A e os órgãos ambientais do Estado e da União, Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins) e Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). O objetivo é definir a competência administrativa para condução do processo de licenciamento ambiental do projeto de silvicultura desenvolvido pela Suzano em diversos municípios do norte do Tocantins. Atualmente o procedimento é conduzido pelo Naturatins, embora os impactos do empreendimento extrapolem as fronteiras do Estado, com atividades no Maranhão e Piauí. Existem duas terras indígenas na área de influência do projeto, cujos territórios serão atingidos por impactos referentes ao assoreamento de rios e dispersão de agrotóxicos.



O MPF/TO requer da Justiça que seja determinado à Suzano Papel e Celulose que se abstenha de modificar a situação atual do projeto até que novas licenças sejam expedidas pelo Ibama. Também requer o imediato encaminhamento ao órgão federal do processo de licenciamento conduzido pelo Naturatins, no estado em que se encontra. Também deve ser determinado ao Ibama que assuma o licenciamento ambiental do empreendimento e sejam declaradas nulas eventuais licenças já expedidas, devendo ser as mesmas reanalisadas.



A Procuradoria da República no Estado do Piauí e a Procuradoria da República no município de Imperatriz (MA) também já instauraram procedimentos para apurar o processo de licenciamento do projeto. No Estado do Piauí, também houve a propositura de ação civil pública com o objetivo de transferir o licenciamento ambiental do empreendimento naquele Estado para o Ibama.



A ação destaca a Resolução 237 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), que em seu artigo 4º atribui ao Ibama o licenciamento de atividades com significativo impacto ambiental de âmbito nacional ou regional, em terras indígenas ou em unidades de conservação do domínio da União. Também é atribuição do órgão ambiental da União o licenciamento de atividades das localizadas ou desenvolvidas em dois ou mais Estados. Em jurisprudência do Superior Tribunal Federal citada na ação, o MPF ressalta que a incolumidade do meio ambiente não pode ser comprometida por interesses empresariais nem ficar dependente de motivações de índole meramente econômica, ainda mais se a atividade está subordinada a princípios que privilegiam a defesa do meio ambiente.



O empreendimento



O Estudo de Impacto Ambiental elaborado até agora já mostra a amplitude dos impactos do empreendimento, considerado de grande porte. O projeto pretende implantar florestas de eucalipto destinadas ao suprimento futuro de uma planta industrial de celulose a ser instalada na região Nordeste. Nos últimos 25 anos, a empresa realizou experimentos para encontrar clones adaptados às condições regionais, e conta atualmente com cerca de 800 ha de eucalipto plantados em caráter experimental e em estágios diferenciados de desenvolvimento. O estudo para a viabilidade do projeto abrange os municípios tocantinenses de Aguiarnópolis, Ananás, Angico, Axixá do Tocantins, Babaçulândia, Palmeiras do Tocantins, Barra do Ouro, Cachoeirinha, Campos Lindos, Goiatins, Darcinópolis, Filadélfia, Itaguatins, Luzinópolis, Nazaré, Palmeirante, Riachinho, Santa Terezinha do Tocantins, São Bento do Tocantins e Wanderlândia. A projeção do plantio é de 60.000 ha, sendo aproximadamente 50.000 ha de plantios próprios e 10.000 ha em regime de fomento florestal (plantios de terceiros). (Informações da ascom/MPF)

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Os Joões sem braço do Baixo Parnaiba

O Leandro queria dar uma de sabido ou João sem braço e por isso acabou encofado numa confusão sem fim com as comunidades e com os movimentos sociais de Barreirinhas, Santa Quitéria e Urbano Santos. Ele engatilhara o desmatamento, antes mesmo de demarcar a “sua área”. A comunidade de Passagem do Gado entrou com pedido de uso e ocupação do solo junto a secretaria de meio ambiente de Barreirinhas para plantio de arroz e outras culturas. Existe uma lei que proíbe o desmatamento, a produção de carvão vegetal e o plantio de monoculturas no município de Barreirinhas. A comunidade obteve a licença da prefeitura, mas quem usufruiria dela seria o Leandro.

Outro esperto, não na mesma reza, mas com um terço similar, tentou e tenta tomar à força áreas da Passagem do Gado e da Jurubeba, outro povoado das imediações. Um tal de André entrou com um pedido de reintegração de posse contra os moradores da Passagem do Gado apresentando documentos forjados de compra de posse. Interessante é que a juíza da comarca de Urbano Santos, na época, 10 de fevereiro de 2010, doutora Débora Jansen Castro, concedeu a liminar favorável ao André porque ele favoreceria o meio ambiente ao entregar a área para a Margusa desmatar e transformar tudo em carvão. A comunidade de Passagem do Gado dera preferência ao Leandro porque prometera dinheiro e custear a roçagem com trator para eles. Quem avalizou esse acordo fora o Iterma, afinal a comunidade detinha um titulo de terras.

Barreirinhas é o município maranhense com maior número de assentamentos estaduais e, junto com São Bernardo, Mata Roma, São Benedito do Rio Preto, é um dos únicos municípios do estado cuja legislação proíbe o plantio de monocultivos. Outros municípios pretendem implementar legislação parecida. Entre eles, o município de Morros, região do Baixo Munim.

Os pólos Coceira, Pau Serrado e Buriti, município de Santa Quitéria, no começo de julho, estilhaçaram à Missão, do qual participaram o Centro de Direitos, vereadores, o STTR, a SEMA e o Iterma, os acontecimentos de desmatamento e grilagem de terra por aquelas paragens. Os vereadores presentes afirmaram o propósito de criarem uma lei coibindo daqui pra frente o desmatamento de e o plantio de monoculturas em novas áreas.

Mayron Régis

quarta-feira, 21 de julho de 2010

No Baixo Parnaiba confusão nunca vem só

Como dizem: uma confusão nunca vem sozinha. Por isso mesmo as comunidades de Barreirinhas, Santa Quitéria e Urbano Santos se entrosam cada vez mais a fim de se oporem ao avanço do agronegócio da soja e do eucalipto e das carvoarias da Margusa sobre as áreas de Chapada dos três municípios. Atribui-se uma real importância às reuniões em que as comunidades, entre tantos encontros e desencontros, malham os Judas que vendem as suas terras para os forasteiros.


Os moradores do Pau Serrado, povoado do município de Santa Quitéria, encarnam a agricultura familiar e o extrativismo em seus refúgios de roça, de capoeira e de bacurizais. Ali, na fronteira entre Santa Quitéria e Barreirinhas, a pobreza material e a pobreza espiritual, ao menor descuido, enlaçam um ou mais de um ou até mesmo uma associação. Basta um emissário escancarar, para quem quiser ouvir, um ministério de promessas para o mais cético bestar.



A comunidade de Passagem do Gado, município de Barreirinhas, vendeu uma parte de sua área para o senhor Leandro Costa Soares desmatar a mata nativa e plantar soja ou eucalipto. Só que parte de Passagem do Gado se trumbica com Pau Serrado e Sucuruju, povoados do município de Santa Quitéria. Então, o Leandro comprara parte de Passagem do Gado e contando com a subserviência dos seus moradores já estava entrando para fazer os picos nas áreas de Pau Serrado e Sucuruju.


Houve reação da parte dos moradores dos dois povoados que impediram a demarcação. Mais tarde, outras comunidades de Santa Quitéria, como a do Pólo Coceira, engrossaram o caldo da resistência, assim como a comunidade de São Raimundo, município de Urbano Santos.


Essas e outras informações foram passadas durante o I Seminário na Região de Povoados sobre o rio Jacú que aconteceu no povoado dos Anajás dos Garcês, povoado de Barreirinhas, no dia 26 de junho de 2010. Abaixo segue algumas imagens do seminário que contou com o apoio do Fórum Carajás, SMDH e do  Centro de Direitos de Barreirinhas.














Fotos: Edmilson Pinheiro ( Fórum Carajás)
Por: Mayron Régis ( Fórum Carajás)

domingo, 18 de julho de 2010

Suzano Papel e Celulose e o impacto na bacia do rio Parnaiba


Área desmatada no Baixo Parnaíba ( Arquivo Fórum Carajás)

O perjúrio é um crime perante a lei e àqueles que a personificam como a mola mestra que sustenta a estrutura social e econômica de uma comunidade, contudo os interesses da comunidade pelo perjúrio e pela simpatia à lei agonizam quando o judiciário prefere os argumentos que embotam a vida pública no interior da comunidade.

As liminares concedidas pela justiça, nos últimos anos, em favor do setor produtivo e dos governos, no tocante a legislação e a gestão ambientais, causam retrocessos sociais, políticos, econômicos e ambientais em todos os aspectos da vida pública e da vida privada.

Em recente decisão da justiça federal, negou-se o pedido de liminar impetrado pelo ministério público federal do Maranhão que requeria a suspensão das licenças concedidas pela secretaria de meio ambiente do estado do Maranhão para o desmatamento de mais de quarenta mil hectares no Baixo Parnaíba maranhense e para o subseqüente plantio de eucalipto por parte da Suzano Papel e Celulose.

A razão que levou o Juiz Newton Pereira Santos Neto a negar a liminar foi que “a simples possibilidade de impacto do empreendimento sobre a Bacia do Rio Parnaíba não justifica, a princípio, a alegação de incompetência do órgão ambiental estadual para realização do licenciamento”. Ele complementa as suas razões afirmando que não há prova concreta de que a afetação da bacia do referido rio caracterize-se como impacto regional direto sobre o vizinho estado do Piauí.

As sociedades maranhense e piauiense talvez devam esperar décadas para que se evidencie uma “prova concreta de que a afetação da bacia do referido rio se caracterize como impacto regional direto”. Em relação ao meio ambiente, “uma prova concreta” se obtém a partir da constatação das conseqüências da instalação de um empreendimento para as áreas de abrangências direta e indireta. Não só as conseqüências ambientais como também a conseqüência econômico-social. Tome-se o exemplo da construção da hidrelétrica de Tucuruí para a bacia do rio Tocantins nos anos 80. Infelizmente, mesmo com o exemplo de Tucuruí e das campanhas contra a construção de mais hidrelétricas ao longo da bacia, o governo federal se matem firme no propósito de trancar o rio Tocantins e seus afluentes com novas hidrelétricas.

O juiz Newton Pereira quer “provas concretas” dos impactos do eucalipto para a bacia do rio Parnaíba. Tudo bem para o judiciário que não sabe o que é bacia hidrográfica e o que é impacto regional.

Mayron Régis, assessor Fórum Carajás

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Abaixo-Assinado da Comunidade de São Raimundo ( Urbano Santos/MA)


Nós, abaixo-assinados, da Associação Comunitária do Povoado de São Raimundo, municipio de Urbano Santos, viemos, por meio deste, nos posicionarmos diante das autoridades competentes que intercedam a nosso favor, pois somos um povo sofrido e batalhador. Vivemos com a esperança e o desejo de mudar a realidade social. No ano de 2000 criamos uma associação que partiu da idéia da reestruturação da reforma agrária e por ventura fez o pedido de desapropriação pelo Incra da área onde moramos e moraram nossos ancestrais. A associação vem combatendo o processo de impacto ambiental na região dando favorecimento às áreas de preservação ambiental. Já participamos de vários cursos a respeito da questão ambiental. O Fórum Carajás está realizando um projeto de plantação e manejo dos bacurizais e outras frutas do Cerrado, onde em cima dessa idéia ilustre e com a permissão da comunidade, poderá se sonhar com um Cerrado protegido.

A Francisca Maria, presidente da associação, está sendo vítima e caluniada, onde chegou um documento enviado pela delegacia até suas mãos dizendo que ela ameaçava de morte uma pessoa, portanto sabemos e temos certeza que isso nunca aconteceu, pois nossa presidente só luta pelo bem de todos sem distinção de ninguém. Nós da associação pedimos encarecidamente para que este caso seja resolvido. Estamos preocupados com a fragilidade da presidente, por ser uma lutadora pelo bem coletivo de todos e no momento passa por essa dificuldade e pressão psicologica.

São Raimundo/Urbano Santos-MA, 30 de junho de 2010

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terça-feira, 6 de julho de 2010

CONVITE

A Associação de Moradores do Povoado Mamorana São Bernardo convida para a festa de inauguração das casas do P.A Mamorana que acontecerá do dia 08 de julho de 2010.
08:30 Recepção e acolhida dos convidados;
09:00 Celebação Ecumênica;
10:00 Composição da mesa com entidades presentes;
12:00 Almoço de Confraternização .
                              
                                                      Bernardo Maria da Silva
                                                     Presidente da Associação

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Oficina de Reciclagem na comunidade de Bonsucesso (Mata Roma/MA)

Arte e Meio Ambiente: estratégia de fortalecimento para jovens rurais no Cerrado Maranhense


Realizador(a): Fórum Carajás e Aprema


Apoio: Fundo Brasil de Direitos Humanos

Público alvo: Jovens de Comunidades Rurais de Mata Roma/MA.
Facilitador: Kátia Dias, Arte-educadora, ambientalista e poeta.


Abaixo algumas imagens da ultima oficina do projeto em Bonsucesso:
 
Imagem 01: Inicio dos trabalhos com dinâmica e descontração para aprendizagem




Imagem 02: Dinâmicas de apredizagem sobre  material plástico



Imagem 03: Separação dos materiais para confecção de produtos e instrumentos




Imagem 04: Instruções para o trabalho com material plástico e sua reutilização



Imagem 05: Grupo trabalhando com produtos "pet"

Politereftalato de etileno, ou PET, é um polímero termoplástico.Possui propriedades termoplásticas, isto é, pode ser reprocessado diversas vezes pelo mesmo ou por outro processo de transformação. Quando aquecidos a temperaturas adequadas, esses plásticos amolecem, fundem e podem ser novamente moldados.


Imagem 06: Montagem de produtos a base de embalagens "pet"




Imagem 07: Confecção de materiais a partir de produtos oriundos de reciclagem


As idéias para reciclar garrafas Pet são sempre bem-vindas, reciclando materiais que demorariam muito tempo para se decompor como o plástico, estaremos ajudando o nosso planeta. E além de tudo, podemos fazer coisas legais para nossa casa, sem gastar muito e de muita utilidade.




Imagem 08: Grupo discutindo a importância da reciclagem para as comunidades rurais

Minimizar os impactos ambientais na disposição final de resíduos sólidos, uma vez que a coleta organizada de recicláveis diminui a quantidade de materiais inadequadamente descartados em encostas, margens de rios e terrenos baldios.




Imagem 09: Confecção de brinquedo a partir de vários materiais



Imagem 10: Participantes na montagem de produtos na oficina em Bonsucesso




Imagem 11: Participantes integrados  a oficina de forma descontraida



Imagem 12: Grupo trabalhando com diversos materiais



Exemplo de materiais recicláveis:

- Papel: jornais, revistas, formulários contínuos, folhas de escritório, caixas, papelão, etc.

- Vidros: garrafas, copos, recipientes.
- Metal: latas de aço e de alumínio’, clipes, grampos de papel e de cabelo, papel alumínio.
- Plástico: garrafas de refrigerantes e água, copos, canos, embalagens de material de limpeza e de alimentos, sacos.
 
 
Por: Edmilson Pinheiro
Fotos: Cristiane Macau
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domingo, 4 de julho de 2010

AS CARRANCAS DO SENHOR ONÉSIO


Bacurizeiros no Baixo Parnaíba ( Foto: Fórum Carajás)

O mais entusiasta de um projeto para aquele pedaço de Buriti de Inácia Vaz é o senhor Onésio. Ele e seus irmãos herdaram 160 hectares de sua avó.

As mesmas relações socioeconômicas e políticas moldaram o povo de Carrancas assim como as comunidades próximas. Para o bem ou para o mal, algumas famílias se atracaram com porções de terra na Chapada como reserva moral e financeira para as gerações futuras. Os vizinhos toleravam essa prática porque se amontoavam extensões de terra pra tudo que é lado sem que ninguém passasse um papel passado de posse definitiva.

No quintal da casa do senhor Onésio, lá pelo dia dezessete de junho de 2010, uma mulher do povoado Matinha quebrava dezenas de coco de babaçu para tirar o azeite. A Nair Barbosa, assessora da SMDH (Sociedade Maranhense dos Direitos Humanos), encontrou a melhor definição para o senhor Onésio. “Ele é precioso”. Os moradores de Buriti que freqüentam as reuniões do Fórum em Defesa do Baixo Parnaíba mencionaram seu nome uma vez. Sabia-se de sua existência também pela visita da agrônoma Georgeana Carvalho no começo de 2009 a sua propriedade para uma coleta de bacuris. Na propriedade do senhor Onésio bacurizeiros dão com o pau, mas ele pretende reflorestar mais e mais com a espécie. Não só isso. Os posseiros da comunidade vêem nele e em sua “preciosidade” modelos de referência.

A Chapada se ressente da falta de Onésios que a reflorestem com espécies nativas e que detenham figuras como André e outros plantadores de soja do município de Buriti de Inacia Vaz.

Por: Mayron Régis, assessor Fórum Carajás

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BAIXO PARNAIBA : PROJETOS PARA AS COMUNIDADES

A cada mês do ano surgem três viagens para o Baixo Parnaíba e a cada viagem se afirma o projeto de assessoria que o Fórum Carajás encetou no inicio do programa “Territórios Livres do Baixo Parnaíba”.

Difícil de prever se haverá uma temporada de calmaria nessa região ou em outras do estado do Maranhão.



Reunião entre representantes do Fórum Carajás, Aprema e SMDH em Mata Roma para discussão de projeto ambiental para jovens quilombolas ( Foto: Fórum Carajás)

Pode ser que um dito cujo ambicione áreas das comunidades e aproximar-se-á de um ou de outro da comunidade para convencê-lo que seus propósitos são os mais abençoados possíveis. Quando não, caso a comunidade se recuse, aproximar-se-á dos políticos locais com dádivas bancárias.

As baterias de queima de madeira nativa para obtenção de carvão vegetal da Margusa e de outras empresas de ferro-gusa diminuíram nos últimos anos, mas as que ficaram se permitem destruir o que resta do Cerrado em Buriti de Inácia Vaz, perto do povoado Carrancas. O município de Buriti, que faz parte das bacias do rio Munim e do rio Parnaíba, no leste maranhense, atesta os malefícios da monocultura da soja por todo o seu território. As nascentes do rio Preto, afluente do rio Munim, se minimizaram de tal forma pelos desmatamentos nas áreas de Chapada que na propriedade de seu Onésio, nas Carrancas, ele se traduz em um rio de pouca envergadura.

Nessa comunidade, as famílias de pequenos proprietários avaliaram bem como boa a proposta de um projeto de gestão ambiental e territorial das frações de Chapada ainda não vendidas para os produtores de soja.

sábado, 3 de julho de 2010

Missão em Santa Quitéria(MA)

Cronograma de atividades



Reunião em Comunidade Rural no Baixo Parnaíba (Arquivo Fórum Carajás)



Atividades      Local         Data       Responsáveis

Reunião no povoado Alto Formoso Pólo Buriti Santa Quitéria, Dia 05/07/2010 SMDH, CEDEPRODC FÓRUM CARAJAS PÓLO SINDICAL EDFDVBM

Reunião no povoado Lagoa Seca pólo Roça Velha Santa Quitéria e Milagres Dia 05/07/2010 SMDH, CEDEPRODC FÓRUM CARAJAS PÓLO SINDICAL E FDVBM

Reunião no povoado São José Pólo Coceira Santa Quitéria, Dia 05/07/2010 SMDH, CEDEPRODC FÓRUM CARAJAS PÓLO SINDICAL E FDVBM

Reunião no povoado Tabatinga Pólo Pau Serrado. Santa Quitéria, Dia 06/07/2010 SMDH, CEDEPRODC FÓRUM CARAJAS PÓLO SINDICAL E FDVBM

Reunião no povoado Pau Serrado Pólo Pau Serrado. Santa Quitéria Dia 06/07/2010 SMDH, CEDEPRODC FÓRUM CARAJAS PÓLO SINDICAL E FDVBM

Audiência Pública com Órgãos de Governo Federal e Estadual Coceira

Santa Quitéria Dia 07/07/2010 Fórum em Defesa da Vida do Baixo Parnaíba Maranhense





*O . B . S : A dinâmica dessas reuniões será mais para ouvir a comunidade a profundidade do problema em que podemos está colaborado como também nos apresentarmos das pessoas, ter um contato com aqueles que vivem assim como a fauna e flora dessa região, ameaçados. A missão terá o objetivo de aproximar comunidades e municípios vizinhos a se aproximarem mais e juntos forçar o governo os enxergar, como também combater o avanço do agronegócio nesta região. Como diz um certo canto povo unido não será vencido.



*Esperamos com essa missão iniciar um processo de capacitação e formação cidadã para cada município e comunidades envolvida fazendo como os agricultores, entre mulheres e homens, sendo o total 280. O beneficio se dará na forma de apreender novas apetrechos de conhecimento de como lidar com essa dura e triste realidade. E forma mais organizada de lutar pelo direito a Terra água e Território. A expectativa é que sejam criados projetos de assentamento e reservas extrativistas; diminua as queimadas, proíba o desmatamento de espécies como bacuri e piqui.

Por: José de Ribamar Oliveira ( FDBP)