Foi emitido oito títulos de domínio comunitário e quatro individuais, beneficiando 805 famílias.
19/12/2012 16h23
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Foto: Divulgação
SÃO LUÍS - Como parte da política de regularização fundiária e Programa
de Reforma Agrária, o Governo do Estado arrecadou 16 mil hectares de
terras públicas nos municípios de Paulino Neves e Tutóia, e emitiu oito
títulos de domínio comunitário e quatro individuais, beneficiando 805
famílias.
Os títulos foram
entregues às famílias beneficiadas pelos secretários de Estado Luis
Fernando Silva (Casa Civil), representando a governadora Roseana Sarney,
e Fernando Fialho (Desenvolvimento Social e Agricultura Familiar); e
pelo presidente do Instituto de Colonização e Terras do Maranhão
(Iterma), Luiz Alfredo Fonseca.
A
solenidade foi realizada na quarta-feira (19), em Tutóia, com a
presença de cerca de 400 beneficiados. Também estiveram presentes à
entrega dos títulos os prefeitos de Tutóia, Raimundo Nonato Baquil, e o
de Paulino Neves, Raimundo de Oliveira Filho.
Luis
Fernando Silva informou aos agricultores familiares que a titulação em
Tutóia e Paulino Neves é a maior reforma agrária já feita pelo Governo
do Estado na região desde a década de 80. Só em Paulino Neves, os
títulos de terra emitidos pelo Iterma beneficiaram 25% da população.
Ele disse que, desde que assumiu o governo em 2009, a governadora
determinou à sua equipe de governo que trabalhasse com dedicação para
fazer a titulação de terras no Maranhão.
De
acordo com Luís Fernando, de 1995 a 2002, o Governo do Estado titulou 2
milhões de hectares de terra e assentou quase 300 mil famílias
maranhenses, o que corresponde a 1,5 milhão de pessoas. Em 2009, ao
assumir o Governo do Estado, Roseana Sarney retomou a aceleração do
programa de reforma agrária no Maranhão, mostrando a mesma garra das
mulheres trabalhadoras rurais.
"A
governadora aprovou, agora, um programa de combate à extrema pobreza,
com recursos na ordem de R$ 500 milhões para investir na inclusão social
produtiva", ressaltou Luís Fernando referindo-se ao Programa Viva
Oportunidades, desenvolvido pela Sedes.
"O
título de propriedade da terra dá acesso ao crédito do Programa
Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar, Pronaf, a apetrechos
de pesca e máquinas agrícolas, mas, principalmente, dignidade e
cidadania, e a certeza de que a terra agora é uma propriedade de vocês",
disse o Fernando Fialho.
Os
títulos comunitários transferiram o domínio de propriedade de 15,5 mil
hectares para oito associações de pescadores, criadores e produtores
rurais, sendo duas no município de Tutóia (povoados de Peroba e
Arpoador) e seis no município de Paulino Neves (povoados de Água
Riquinha, Buriti Amarelo, São Félix, Mirim I, Vista Alegre e Rio Novo).
Os
títulos individuais de propriedade da terra foram emitidos para quatro
famílias dos povoados de Tingidor e Buriti Redondo, no município de
Paulino Neves, com titulação de cerca de 500 hectares.
"Nossa
região é linda, os visitantes gostam, tínhamos medo de perder a nossa
terra. Agora a gente se olha no espelho e nos sentimos donos legítimos, e
reconhecidos porque o título é uma identificação. Nossos avos e pais
nasceram nessa terra e estão aqui desde 1950", falou Adiel da Silva
Lima, presidente da Associação Comunitária dos Moradores e Pescadores de
Arpoador, no município de Tutóia.
O
presidente da Associação Comunitária dos Pequenos Criadores e
Defensores da Natureza do município de Paulino Neves, Luiz Carlos
Ferreira Reis, destacou a proteção ambiental da terra e o potencial no
aumento da produção e renda como principais reflexos da titulação
definitiva de 7,8 mil hectares para as 117 famílias da associação, no
povoado de Rio Novo "Nascemos e vivemos na terra. A legalização nos dá
segurança e autonomia e vai proteger a terra contra a especulação
imobiliária”.
As informações são da Secom do Estado.
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