APOIO DE ENTIDADES
Representantes de entidades de direitos humanos visitaram na última segunda-feira o acampamento. Os agentes de Direitos Humanos reforçaram a solidariedade para com os acampados e firmaram compromisso na luta pela terra na região.Entre as entidades presentes estava o Centro de Defesa da Vida e dos Direitos Humanos Carmen Bascarán de Açailândia, o Centro de Defesa Padre Josímo de Imperatriz e da organização espanhola ADEPAL (Asociación Derechos Paz y Libertad). Ainda está previsto para os próximos dias as visitas de representantes da Comissão Pastoral da Terra (CPT), Sociedade Maranhense dos Direitos Humanos e do Deputado estadual Bira do Pindaré (PT), presidente da Comissão de direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Maranhão.
ACAMPADOS
Em 2006 o MST ocupou a fazenda Cipó Cortados, exigindo a desapropriação da gleba, e logo depois mais dois acampamentos se formaram, sendo agora dois do MST e um do Sindicato de Trabalhadores Rurais de João Lisboa. Já há um acordo entre os movimentos na perspectiva de onde cada acampamento ficará após a regularização das terras.
Sobre o ataque sofrido pelos acampados no ultimo sábado, a coordenação do MST manifesta que não houve conflito e sim um ataque de pistoleiros contra os sem terra. Informa ainda que o trabalhador que ficou em situação mais grave já foi liberado pelo Hospital Municipal de Imperatriz, porém a bala alojada na sua costa trabalhador ainda não foi retirada.
Inquérito
No domingo, 28/10 os trabalhadores registraram ocorrência na Delegacia da Policia Militar de Senador La Roque. O Sargento Dantas, responsável pelas buscas na sede da fazenda, informou que foram apreendidas muitas munições de rifles e pistola, além de uma espingarda calibre 12 com o cano estourado, possivelmente de uma das armas utilizadas no ataque.
Ele ressalta que quando uma espingarda estoura nas condições em que esta foi encontrada é porque a carga de munição foi além do suportado pela arma. “A intenção dos pistoleiros era mesmo acabar com os trabalhadores”. Reflete o Sargento.Após o ataque sofrido, os trabalhadores do acampamento Roseli Nunes receberam apoio de outros acampados da região e ocuparam a sede da fazenda, de onde não devem mais sair.
Por: Reynaldo Costa
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