domingo, 18 de novembro de 2012

Suzano indica que projeto de celulose no Piauí está mais distante de sair do papel




São Paulo, 13/11/2012 - A Suzano Papel e Celulose vê uma perspectiva mais favorável para o ambiente de negócios em 2013, mas mantém posição cautelosa em relação a seu plano de expansão. Após adotar uma série de medidas ao longo de 2012 para alongar o perfil do endividamento, a companhia mostra que a prioridade neste momento é "arrumar a casa" para o início das operações da nova fábrica de celulose no Maranhão, no quarto trimestre de 2013. Por isso, neste momento, as indicações da Suzano são de que a fábrica projetada para o Piauí não deve sair do papel tão cedo.

De acordo com o diretor executivo de Finanças da Suzano, Alberto Monteiro, a decisão sobre a fábrica do Piauí não deve sair antes de 2014 - portanto, após o início da unidade no Maranhão. "Em 2014 decidiremos se o projeto acontecerá ou não, mas hoje eu diria que não", destacou o executivo.

O mesmo ocorre em relação ao projeto de instalação de fábricas da Suzano Energia Renovável, empresa idealizada pela Suzano Papel e Celulose para atuar no mercado de energia renovável. Segundo Monteiro, o andamento do projeto depende da definição de um sócio estratégico, ainda sem prazo par conclusão.

Por outro lado, o cenário mais favorável reduz a preocupação da companhia com a necessidade de venda de ativos. Monteiro se mostra tranquilo em relação às condições da Suzano de honrar os compromissos de curto e médio prazos e diz que a companhia já revê a postura em relação à venda de ativos. Hoje, afirmou o executivo à Agência Estado, a companhia já não prevê mais a venda de uma grande área de terras no Estado de São Paulo. Eventuais negócios nessa direção devem ser pontuais, com áreas florestais específicas.

Além disso, Monteiro indicou que a venda da participação da Suzano na Usina Amador Aguiar, outro projeto anunciado pela companhia ainda no ano passado, não tem um cronograma. O executivo destacou que, diante dos anúncios do governo federal em relação ao plano de redução de custos de energia, esse é um tema que passa por um período de análise por parte dos interessados no ativo.

A Suzano encerrou o terceiro trimestre com R$ 3,8 bilhões em caixa, montante suficiente para honrar os compromissos a vencer até 2015 e parte dos recursos necessários para 2016. Esses números não consideram a previsão de investimentos da Suzano, assim como da geração de recursos prevista com o início da fábrica no Maranhão. (André Magnabosco - andre.magnabosco@estadao.com)

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