Segundo a autora, o livro registra as histórias do período escravocrata, bem como as estórias dos contos populares, que foram recolhidas nas sucessivas visitas às comunidades em estudo, através de conversas informais.
“Nossos objetivos foram verificar os preceitos éticos e estéticos de narrativas tão antigas, que revelam a memória escravagista dessas comunidades. Além disso, analisamos o papel da tradição popular, representada pelos contos, na formação da literatura infanto-juvenil”, asseverou Joseane Maia.
A pesquisadora fez ainda uma comparação das narrativas orais recolhidas nesses povoados com as narrativas escritas publicadas no mercado editorial brasileiro, possibilitando, assim, avaliar diferentes modalidades de criação literária. Tais modalidades, traduzidas na linguagem simbólica, veiculam diversas visões de mundo, distinguindo aspectos éticos, sociais e ideológicos.
De acordo com a autora, sua pesquisa “reveste-se de importância na medida em que resgata a memória e valoriza uma tradição que tece a identidade cultural de nossas comunidades quilombolas”, finalizou.
O livro da professora Joseane Maia já está disponível nas livrarias.
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