quarta-feira, 7 de agosto de 2013

ICMBio vai acelerar criação e ampliação de oito UC

Sandra Tavares
sandra.tavares@icmbio.gov.br
Brasília (06/08/2013) – Na manhã desta terça-feira (6), o presidente do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Roberto Vizentin, reuniu-se com lideranças de comunidades extrativistas, no Ministério do Meio Ambiente (MMA), em Brasília. O objetivo foi levantar as demandas de criação e ampliação de unidades de conservação (UCs) de uso sustentável que tramitam no Instituto.
Entre os representantes dos extrativistas, estavam o presidente do Conselho Nacional dos Seringueiros (CNS), Joaquim Belo, e o secretário-executivo da Comissão das Reservas Extrativistas (Resex) Marinhas, Carlos Alberto dos Santos.
A reunião deliberou pela aceleração de oito UCs consideradas estratégicas. No pacote, estão a criação da Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) das Nascentes Geraizeiras, em Minas Gerais, das resex Ilhas de Sirinhaém, em Pernambuco, do Cabo de Santa Marta Grande e Ibiraquera/Encantada, em Santa Catarina, Litoral Sul de Sergipe, em Sergipe, Tauá-Mirim, no Maranhão, e a ampliação das resex do Lago Cuniã, em Rondônia, e do Médio Juruá, no Amazonas.
O presidente considerou a primeira reunião com as lideranças extremamente positiva. "A expectativa é que possamos avançar juntos e delinear o que queremos para essas áreas, que, como os senhores mesmo destacaram, são extremamente estratégica para essas comunidades e famílias. Queremos numa segunda rodada de discussões traçar um agrupamento das demais propostas por bioma ou outros gêneros", frisou.
Ficou prevista uma oficina de trabalho coordenada pelo ICMBio, em parceria com CNS e outras instituições, para o próximo dia 17, em Belém, envolvendo cerca de 30 lideranças das UCs mais emergenciais de serem criadas ou ampliadas.
Para o presidente do Conselho Nacional dos Seringueiros (CNS), Joaquim Belo, a gestão do ICMBio demonstrou apoiar as reivindicações dos extrativistas no sentido de se traçar uma estratégia mais eficaz que atenda aos interesses das comunidades. " A expectativa é de que possamos dar visibilidade a toda essa demanda social na ponta. O pacote com as oito UCs já é um começo, mas há espaços em que a disputa pela terra está cada vez mais acirrada e complexa. E onde muitos querem é porque ainda há riqueza, recurso natural e floresta em pé", frisou Belo.
Para ele, o ICMBio foi criado há seis anos mas apenas agora ele percebe na insittuição uma preocupação mais real em se contruir um caminho de criação e ampliação de UCs mais qualificadas, com a participação das comunidades tradicionais. "É preciso que o conhecimento tradicoonal e o modo de vida das pessoas seja colocado na mesa, seja levado em conta, e pese nas decisões dos gestores", frisou ele.
Já o secretário-executivo da Comissão das Resex Marinhas, Carlos Alberto dos Santos, considerou a reunião positiva em especial porque as demandas de criação e ampliação passam a estar mais qualificadas, tendo como base o que é importante para as populações tradicionais. "Represento o bioma marinho-costeiro, cujo número de UCs criadas ainda é pequeno. E grande é a demanda por novas criações e ampliações em particular as reservas extrativitas", frisou Carlos Alberto.

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