ROÇAS TRADICIONAIS DO POVO APINAJÉ
Homens Apinajé em atividades de broca de roças familiares na aldeia Brejinho. (foto: Antônio Veríssimo. jul.2013)
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Aqui nas
aldeias indígenas
no norte do Estado do Tocantins, nesse período de junho a setembro,
estão acontecendo atividades de broca, derrubada, queima, coivaras e a
preparação final da terra para o plantio das roças tradicionais do povo Apinajé,
que ocorrem sempre no inicio da estação
chuvosa; nos meses de outubro, novembro e dezembro.
Plantações de mandioca na aldeia Recanto TI. Apinajé. (foto: Antônio
Veríssimo. mar. 2012)
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Este ano estão sendo investidos recursos
provenientes do PBA-Programa Básico
Ambiental da UHE Estreito e todas as vinte
e sete (27) aldeias Apinajé serão beneficiadas com pequenos projetos de roças
familiares, casas de farinha, curral e realização de festas tradicionais.
No
total serão usados cento e vinte cinco mil reais (125.000,00) dos rendimentos
do Fundo CESTE, que serão aplicados na melhoria da qualidade e diversidade da
produção das roças familiares, garantindo a segurança alimentar e nutricional das
aldeias. Esses projetos atendem as solicitações das próprias comunidades, que
optaram em aplicar os recursos da compensação da UHE Estreito em cinco (05) eixos temáticos: 01-Segurança
Territorial; 02-Segurança Ambiental; 03- Segurança Alimentar; 04-Segurança
Cultural e Apoio Institucional.
A maioria dos projetos são roças familiares
de toco, onde nesse primeiro momento serão plantadas mandioca, arroz, feijão,
batata, milho, banana, inhame, melancia, abóbora e fava. Depois de dois anos,
no mesmo local poderão ser plantadas, árvores
frutíferas como; laranja, caju, manga, cupu açu, maracujá e espécies nativas como o bacuri que
nascem naturalmente nas áreas de capoeiras. Como forma de não agredir o meio
ambiente e prejudicar nossa saúde, nunca usamos adubos ou defensivos químicos em
nossas plantações.
Até o momento todas as vinte e sete (27) aldeias encaminharam projetos ao Conselho Gestor e a Associação
Wyty Cäte, que é a Agencia Implementadora, destes, quatro (04) apresentaram
falhas e foram devolvidos para as aldeias, onde deverão ser rediscutidos e (ou)
alterados, sendo posteriormente reencaminhados para nova avaliação do Conselho
Gestor e Agencia Implementadora. Os recursos para os outros 23 projetos já
estão à disposição das aldeias.
A Associação União das Aldeias Apinajé-PEMXÀ deverá acompanhar; orientando as
comunidades durante a execução e implantação dos projetos. A previsão é que até
o final de fevereiro de 2014, estaremos apresentando as prestações de contas e
relatórios ao Conselho Gestor e a Agencia Implementadora, sobre esses vinte e
sete (27) projetos que ora estão sendo implantados nessa terra indígena.
Terra Indígena Apinajé, 05 agosto de 2013.
Associação União das Aldeias Apinajé-PEMPXÀ
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