quinta-feira, 14 de março de 2013

O que acontecerá com a Suzano


12/03/2013
Vendida no final do governo Wellington Dias como a inauguração de uma nova etapa na economia do Estado, o projeto de instalação de uma fábrica da Suzano no Piauí vai se tornando uma grande frustração. Segundo informações de diversas fontes, inclusive algumas assentadas em São Paulo, a empresa se encontra num beco sem saída e a tendência é que se veja obrigada a cortar investimentos. Caso se confirme essa triste previsão, é muito provável que a promessa de uma fábrica de celulose em Palmeirais se torne um sonho desfeito. E, para muitos – especialmente quem saiu a plantar eucalipto a folote -, pode virar pesadelo. Não faltou quem avisasse do possível e indesejado desfecho. Primeiro, houve falta de planejamento. Quando a Suzano anunciou seus projetos para o Piauí, já estava estabelecida a crise nos Estados Unidos e Europa, com projeções sombrias. Segundo, que houve farol demais para o que era apenas uma promessa. Vendeu-se o projeto Suzano como o começo de uma era de farturas, com dinheiro a rodo, a começar pelo investimento que se contava em bilhões. Depois de uns quatro anos de tanta conversa a Suzano do Piauí não passa de um viveiro cada vez menos ativo, em Monsenhor Gil. E os produtores que saíram a plantar uns 100 mil hectares de eucaliptos agora podem ficar com a mão na frente. É verdade que o anúncio do investimento gerou ganhos na bolsa e valorização da empresa. Para o Piauí, ficou o sonho transformado em pesadelo. E, ao final, restará lamentar esse projeto “miraculoso” que mais parece uma história para inglês ver. Podem aguardar, vai dar certo o projeto da fábrica dessa empresa Imperatriz. Podem esperar.
Arimatea Azevedo

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