12/03/2013
Vendida no final do governo Wellington Dias como a
inauguração de uma nova etapa na economia do Estado, o projeto de
instalação de uma fábrica da Suzano no Piauí vai se tornando uma grande
frustração. Segundo informações de diversas fontes, inclusive algumas
assentadas em São Paulo, a empresa se encontra num beco sem saída e a
tendência é que se veja obrigada a cortar investimentos. Caso se
confirme essa triste previsão, é muito provável que a promessa de uma
fábrica de celulose em Palmeirais se torne um sonho desfeito. E, para
muitos – especialmente quem saiu a plantar eucalipto a folote -, pode
virar pesadelo. Não faltou quem avisasse do possível e indesejado
desfecho. Primeiro, houve falta de planejamento. Quando a Suzano
anunciou seus projetos para o Piauí, já estava estabelecida a crise nos
Estados Unidos e Europa, com projeções sombrias. Segundo, que houve
farol demais para o que era apenas uma promessa. Vendeu-se o projeto
Suzano como o começo de uma era de farturas, com dinheiro a rodo, a
começar pelo investimento que se contava em bilhões. Depois de uns
quatro anos de tanta conversa a Suzano do Piauí não passa de um viveiro
cada vez menos ativo, em Monsenhor Gil. E os produtores que saíram a
plantar uns 100 mil hectares de eucaliptos agora podem ficar com a mão
na frente. É verdade que o anúncio do investimento gerou ganhos na bolsa
e valorização da empresa. Para o Piauí, ficou o sonho transformado em
pesadelo. E, ao final, restará lamentar esse projeto “miraculoso” que
mais parece uma história para inglês ver. Podem aguardar, vai dar certo o
projeto da fábrica dessa empresa Imperatriz. Podem esperar.
Arimatea Azevedo
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