terça-feira, 2 de abril de 2013

FETAEMA DENUNCIA O AUMENTO DA VIOLÊNCIA NO CAMPO


fate
O líder sindical rural Chico Miguel, presidente da Fetaema está preocupado com o aumento da violência no meio rural maranhense. Ele vem reunindo com todo o colegiado da entidade e os pólos sindicais para importantes avaliações sobre questões inerentes a problemática  e buscando informações bem precisas da assessoria jurídica. Os conflitos pela posse da terra tomaram uma ampla dimensão no município de Codó com sérios riscos de confrontos, uma vez que as autoridades policiais fecham os olhos para jagunços a serviço  políticos e ainda perseguem trabalhadores e trabalhadoras rurais de áreas quilombolas. Para que se tenha uma avaliação da audácia e até mesmo a certeza da impunidade e benevolência de aliados é que o grupo Costa Pinto, produtor de etanol, instalado no município de Aldeias Altas está tentando grilar uma área pertencente a fazenda Buriti Corrente, local em que nunca exerceu qualquer atividade econômica e que está desapropriada desde 2010 . Ela está na fase de imissão de posse e  o Incra precisa se manifestar o quanto antes para evitar problemas futuros e evite o que está ocorrendo com os quilombolas em Codó, afirma o presidente da Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais do Maranhão.
SUDOESTE DO MARANHÃO: REGIÃO DOMINADA PELA VIOLÊNCIA
Os municípios de Buriticupu e Bom Jesus das Selvas,destacam-se pelo número de assassinatos praticados . Finalmente a polícia conseguiu prender os elementos Francisco da Silva, conhecido por “França” e Francisco de Assis Gonçalves Barros. O primeiro tinha em seu poder três armas de grosso calibre e um rifle 44 e farta munição. O segundo tinha mandado de prisão, uma vez que é acusado de haver assassinado cinco trabalhadores rurais, sendo o último no povoado Capoema, tendo como vítima o trabalhador rural Gilmar dos Santos de Jesus. Conhecido como o terror da região, já grilou muita terra, expulsou inúmeras famílias de áreas de assentamentos , praticou vários assassinatos e lesões corporais e chegou a expulsar um pastor e fiéis de uma  Igreja Evangélica, apropriando-se da área. Tem certo momento que se tem a impressão de que vivemos em uma terra sem lei, com a omissão  do Sistema Estadual de Segurança Pública.
A Fetaema, a Comissão Pastoral da Terra e várias outras entidades da sociedade civil organizada já denunciaram por inúmeras vezes aos poderes constituídos, as práticas criminosas n meio rural, mas infelizmente, de nada tem adiantado. Há casos em que o aparelho policial aparece para servir latifundiários, grileiros e políticos. Diante da atual realidade, as entidades estão produzindo um documento com minuciosas informações para denunciar os fatos do Maranhão, a instituições nacionais e internacionais, antes que mais trabalhadores e trabalhadoras rurais venham a ser assassinatos.Um outro problema sério e que precisa ser cobrado a nível do  Ministério de Desenvolvimento Agrário e do Incra, reside na morosidade da Superintendência do Incra, que trabalha mais com discursos e não toma posições bem determinantes para regularizações fundiárias. Apesar das denúncias dos conflitos registrados em Codó, o Incra simplesmente e até vergonhosamente não intervém para desapropriação e regularização de várias áreas, o que é da sua responsabilidade. A não ser que por ingerências políticas venha fazendo vistas grossas.
aldir dantas

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