01/04/2013 - Brasil Econômico
- Natália Flach
Movimento HotSpot leva 79 idealizadores de propostas inovadoras a dez capitais para tentar transformá-las em realidade
A fibra do buriti, que, em tupi, significa "árvore que emite líquidos" ou "árvore da vida", é a matéria-prima de um tecido que pode ganhar o guarda-roupa dos brasileiros, em breve. O criador maranhense Francisco de Sousa Coimbra Neto é um dos 79 selecionados para rodar 10 capitais do país apresentando a inovação.
O tour faz parte da segunda fase do Movimento HotSpot, que visa dar visibilidade a novos nomes da economia criativa brasileira e ainda vai premiar o primeiro colocado da categoria Ideias com R$ 200 mil - a fim de que o projeto saia efetivamente do papel. Mesmo que Coimbra Neto não seja o primeiro colocado na disputa, poderá ver a sua criação nas tecelagens, uma vez que, durante o percurso, entrará em contato com investidores-anjo.
"Percebemos alguns padrões nos projetos que recebemos (ao todo, na categoria Ideia, foram 378). Candidatos do Norte do país enviaram projetos mais ligados à sustentabilidade, enquanto os do Nordeste mandaram de artesanato e do Sul e Sudeste tiveram foco em tecnologia", conta Graça Cabral, organizadora do Movimento HotSpot e diretora de parcerias estratégicas da Luminosidade. "Muitas vezes uma boa ideia morre na gaveta por falta de contatos certos.
No Brasil, temos poucos espaços para divulgação desses tipos de projeto. Com o HotSpot queremos aproximar os diferentes 'brasis'", relata.
Além da fibra de buriti, estão na segunda fase do movimento o projeto Rede de Bibliotecas Particulares, cujo acervo é composto pelos livros que os usuários guardam em suas estantes, e o projeto Andale, que, por meio de um aplicativo, bonifica as pessoas pelos quilômetros andados, convertendo-os em descontos em compras.
Tem ainda o Salve Verde, um projeto que visa à prevenção de incêndios em parques e florestas por meio da utilização de umsistema eletrônico de sensores, e o Buscafundos, um site que permite encontrar o melhor fundo de investimento com apenas um clique. "Deixamos a categoria bem aberta para ideias que não se encaixavam nas outras categorias (arquitetura, música, design...). Mas tinha de ser uma solução nova com abrangência por todo Brasil", afirma Graça.
A média de idade dos participantes é de 30 anos - mas tem candidato de 19 a 64 anos. "Isso mostra que boas ideias não têm idade e a inovação pode vir de qualquer região do país. Os festivais vão ser uma oportunidade de troca entre os participantes -principalmente entre os mais experientes e os menos experientes.
É oportunidade de expor e trocar conhecimentos",acrescenta. O tour começa porBrasília, nesta quinta-feira, quando as propostas de negócios serão avaliadas em bancas compostas de empresários e consultores a portas-fechadas.
A próxima etapa será o tanque de ideias na qual vão participar de 30 a 60 candidatos de todas as áreas do movimento. Neste momento, os curadores - que fazem mentoria - vão ajudá- los a arredondar as ideias e se preparar para apresentação formal.
Cid Torquato, especialista em economia digital e direito empresarial, fundador da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico e membro da primeira diretoria da Internet Society no Brasil, é um dos mentores e diz já tem dado dicas aos candidatos.
"Às vezes, uma grande ideia mal apresentada acaba não vingando. Por isso, uma das minhas metas é trazer o equilíbrio entre a ideia transformadora e o estilo e atitude da pessoa que apresenta", revela.
"A genialidade vai existir em qualquer lugar, sendo carente ou não. Estou muito feliz por estarmos dando voz para eles." Fora do eixo Rio-São Paulo O projeto do Instituto Nacional de Moda e Design (In-Mod) tem o incentivo do Ministério da Cultura, parceria do Sebrae e patrocínio da Vale e da Riachuelo. De março a setembro de 2012, o prêmio recebeu 1642 inscrições on-line. Dentre os 79 selecionados da categoria Ideia, há artistas das cinco regiões brasileiras: 17 do Sul; 34 do Sudeste; cinco do Centro- Oeste; 17 do Nordeste e seis do Norte.
Seus trabalhos forama nalisados por um grupo especial de curadores, formado por Ronaldo Lemos, Ronaldo Fraga, Rony Rodrigues, Alexandre Herchcovitch, Sergio Gwercman, Caio Túlio da Costa, Cid Torquato, Lala Deheinzelin e Ilse Guimarães. "Queremos que o movimento cresça ainda mais com envolvimentos locais. Com isso, vamos quebrar lógica de Rio-São Paulo", diz Graça.
A fibra do buriti, que, em tupi, significa "árvore que emite líquidos" ou "árvore da vida", é a matéria-prima de um tecido que pode ganhar o guarda-roupa dos brasileiros, em breve. O criador maranhense Francisco de Sousa Coimbra Neto é um dos 79 selecionados para rodar 10 capitais do país apresentando a inovação.
O tour faz parte da segunda fase do Movimento HotSpot, que visa dar visibilidade a novos nomes da economia criativa brasileira e ainda vai premiar o primeiro colocado da categoria Ideias com R$ 200 mil - a fim de que o projeto saia efetivamente do papel. Mesmo que Coimbra Neto não seja o primeiro colocado na disputa, poderá ver a sua criação nas tecelagens, uma vez que, durante o percurso, entrará em contato com investidores-anjo.
"Percebemos alguns padrões nos projetos que recebemos (ao todo, na categoria Ideia, foram 378). Candidatos do Norte do país enviaram projetos mais ligados à sustentabilidade, enquanto os do Nordeste mandaram de artesanato e do Sul e Sudeste tiveram foco em tecnologia", conta Graça Cabral, organizadora do Movimento HotSpot e diretora de parcerias estratégicas da Luminosidade. "Muitas vezes uma boa ideia morre na gaveta por falta de contatos certos.
No Brasil, temos poucos espaços para divulgação desses tipos de projeto. Com o HotSpot queremos aproximar os diferentes 'brasis'", relata.
Além da fibra de buriti, estão na segunda fase do movimento o projeto Rede de Bibliotecas Particulares, cujo acervo é composto pelos livros que os usuários guardam em suas estantes, e o projeto Andale, que, por meio de um aplicativo, bonifica as pessoas pelos quilômetros andados, convertendo-os em descontos em compras.
Tem ainda o Salve Verde, um projeto que visa à prevenção de incêndios em parques e florestas por meio da utilização de umsistema eletrônico de sensores, e o Buscafundos, um site que permite encontrar o melhor fundo de investimento com apenas um clique. "Deixamos a categoria bem aberta para ideias que não se encaixavam nas outras categorias (arquitetura, música, design...). Mas tinha de ser uma solução nova com abrangência por todo Brasil", afirma Graça.
A média de idade dos participantes é de 30 anos - mas tem candidato de 19 a 64 anos. "Isso mostra que boas ideias não têm idade e a inovação pode vir de qualquer região do país. Os festivais vão ser uma oportunidade de troca entre os participantes -principalmente entre os mais experientes e os menos experientes.
É oportunidade de expor e trocar conhecimentos",acrescenta. O tour começa porBrasília, nesta quinta-feira, quando as propostas de negócios serão avaliadas em bancas compostas de empresários e consultores a portas-fechadas.
A próxima etapa será o tanque de ideias na qual vão participar de 30 a 60 candidatos de todas as áreas do movimento. Neste momento, os curadores - que fazem mentoria - vão ajudá- los a arredondar as ideias e se preparar para apresentação formal.
Cid Torquato, especialista em economia digital e direito empresarial, fundador da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico e membro da primeira diretoria da Internet Society no Brasil, é um dos mentores e diz já tem dado dicas aos candidatos.
"Às vezes, uma grande ideia mal apresentada acaba não vingando. Por isso, uma das minhas metas é trazer o equilíbrio entre a ideia transformadora e o estilo e atitude da pessoa que apresenta", revela.
"A genialidade vai existir em qualquer lugar, sendo carente ou não. Estou muito feliz por estarmos dando voz para eles." Fora do eixo Rio-São Paulo O projeto do Instituto Nacional de Moda e Design (In-Mod) tem o incentivo do Ministério da Cultura, parceria do Sebrae e patrocínio da Vale e da Riachuelo. De março a setembro de 2012, o prêmio recebeu 1642 inscrições on-line. Dentre os 79 selecionados da categoria Ideia, há artistas das cinco regiões brasileiras: 17 do Sul; 34 do Sudeste; cinco do Centro- Oeste; 17 do Nordeste e seis do Norte.
Seus trabalhos forama nalisados por um grupo especial de curadores, formado por Ronaldo Lemos, Ronaldo Fraga, Rony Rodrigues, Alexandre Herchcovitch, Sergio Gwercman, Caio Túlio da Costa, Cid Torquato, Lala Deheinzelin e Ilse Guimarães. "Queremos que o movimento cresça ainda mais com envolvimentos locais. Com isso, vamos quebrar lógica de Rio-São Paulo", diz Graça.
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