As três unidades que serão instaladas no Maranhão começarão a produzir somente ao longo de 2014
O presidente da Suzano Papel e Celulose, Antonio Maciel Neto, informou, nesta segunda-feira (26/03), que a companhia irá postergar o cronograma das fábricas da Suzano Energia Renovável. O projeto inicial, que previa a construção de três fábricas a partir de 2013, entrará em vigor agora apenas a partir de 2014.
As duas primeiras fábricas, cada uma com capacidade anual de 1 milhão
de toneladas, começarão a produção ao longo de 2014. A terceira fábrica
da primeira fase da nova empresa, por sua vez, só deverá iniciar
produção em 2015. Os três projetos deverão ser instalados no Maranhão.
Um dos motivos para o adiamento está no fato de que a Suzano mantém
interesse de atrair um investidor para participar do projeto. Segundo o
executivo, o modelo de parceria na nova empresa permitirá à Suzano
revisar o cronograma de investimentos. Ao longo de 2012, eventuais
aportes na nova empresa deverão ser feitos pelo futuro parceiro e não
pela Suzano. A participação da Suzano na Suzano Energia Renovável deverá
se dar via ativos florestais já existentes.Aumento de capital
Maciel Neto reafirmou hoje que a Suzano não tem planos, neste momento, de fazer uma operação de aumento de capital no mercado. Essa seria, segundo o executivo, a última opção a ser analisada pela companhia no caso de a empresa precisar captar recursos. A empresa tem, hoje, uma situação financeira confortável - a Suzano possui R$ 3,3 bilhões em caixa e montante equivalente a vencer nos próximos dois anos.
Segundo o diretor financeiro e de Relações com Investidores, Alberto Monteiro, a companhia tem R$ 1,1 bilhão junto ao BNDES, referente ao financiamento para o projeto da fábrica de celulose no Maranhão, e deverá fechar outros R$ 500 milhões em captações junto a agências de crédito à exportação (ECA, na sigla em inglês).
A companhia também conta com a geração de caixa - o Ebitda de 2011 foi de R$ 1,3 bilhão - e a possibilidade de venda de outros ativos para captar os recursos necessários para viabilizar o investimento de R$ 3,5 bilhões previsto para este ano.
Por: Agência Estado
Vejo dois outros fatores: Primeiro, com a crise nos países desenvolvidos é natural uma recessão nas importações desses países, como a Suzano produz essencialmente para exportação justificaria o adiamento; Segundo, a empresa vem sendo constantemente surgindo "denúncias" danos à populações tradicionais e ambientais causa pelos empreendimentos, que podem por em risco sua certificação, com isso precisam resolver essas demandas, isso, requer tempo e elaboração de estratégias além de acordos com gestores municipais e estadual para amenizarem os impactos.
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