No último dia do 6º Fórum Mundial da Água, no sábado, manifestantes fizeram uma passeata por Marselha, no sul da França, pedindo, entre outras coisas, o acesso à água para todas as mulheres
As mudanças climáticas requerem um sistema de governança global para que seja possível tomar atitudes com potencial transformador e assim conseguir combater o problema. A ideia, apesar de não exatamente nova entre ambientalistas, ganhou espaço de destaque na edição passada da revista Science por conta da proximidade da Conferência das Nações Unidas pelo Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, que será realizada em junho.
No artigo, um grupo internacional de pesquisadores, liderados por Frank Biermann, da Universidade de Amsterdã, argumenta que ações nesse sentido ainda não estão sendo feitas com a velocidade ou a abrangência necessárias para enfrentar os desafios impostos pelo aquecimento global.
Para que o mundo comece a lidar com eles, os cientistas propõem a construção de um novo cenário institucional com base em sete pontos. Entre eles está a criação de uma nova agência das Nações Unidas para o meio ambiente, nos moldes na Organização Mundial da Saúde. E a vinculação das metas ambientais aos investimentos e comércio global. Para o grupo, a Rio+20 poderá servir como um teste crucial para saber se existe vontade política de fazer essas mudanças.
A primeira proposta é bastante polêmica. Ela vem recebendo amplo apoio dos países europeus, mas é criticada, por exemplo, por Brasil e Estados Unidos. O Itamaraty afirma que seria melhor ter um novo órgão, mais amplo, voltado para o desenvolvimento sustentável.
O Estado de S.Paulo
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