Esta
semana o ministro das Minas e Energia Edson Lobão, apareceu várias
vezes nos veículos da imprensa para explicar a “crise” no setor
elétrico, especialmente a geração de energia, que estaria sendo
afetada pela falta de chuvas e o baixo nível dos reservatórios das
usinas hidrelétricas, localizadas nas regiões sudeste e
centro–oeste. Em entrevista no telejornal Bom Dia Brasil da rede
Globo, o ministro explicou que não vai haver racionamento de
energia, pois algumas termoelétricas estão sendo ligadas. E
descartou os riscos de “apagão”
O ministro Lobão, explicou também que está havendo
atrasos na conclusão de algumas hidrelétricas que estão sendo
construídas , e citou: Santo Antônio e Girau em Rondônia e Belo
Monte no Pará. E culpou as decisões judiciais e “questões
indígenas” pela demora na conclusão das referidas obras.
Ao falar das “questões indígenas”, o ministro das
Minas e Energia Edson Lobão, tocou num dos pontos chave para
explicar as alterações que estão ocorrendo no regime de chuvas no
Brasil. Esses fenômenos da natureza que “foge do controle” do
homem e que estão afetando não só o setor elétrico, mas também a
agricultura, infraestrutura urbana, meio ambiente e a saúde é uma
realidade. Será mesmo as mudanças climáticas? Ou uma brincadeira
da natureza? Por que isso está acontecendo? Quem são os principais
responsáveis pelo desmatamento e destruição bioma cerrado e
Amazônia? Com certeza não somos nós os povos indígenas.
Nesse sentido sempre estamos questionando, a não
demarcações de terras indígenas, a construção de hidrelétricas
os desmatamentos no entorno das áreas indígenas e quilombolas, o
avanço desenfreado e sem “controle” das monoculturas de
eucaliptos, cana e soja, a degradação das nascentes e cabeceiras
dos rios, o envenenamento do solo e a destruição da biodiversidade
Entendemos, que antes de pensar e construir novas
hidrelétricas o governo federal deve implementar na prática uma
política séria e responsável de proteção do bioma cerrado, nos
estados de Minas Gerais, Goiás. Tocantins, Mato Grosso Pará e
Maranhão onde estão as nascentes, cabeceiras e formadores dos rios
São Francisco, Parnaíba, Tocantins, Araguaia Rio das Mortes
Itacaiunas e Xingú, por que sem responsabilidade ambiental e social
as coisas vão continuar dando “errado” e o governo sempre vai
jogar a culpa nas “questões indígenas”, no MPF e no Judiciário.
Terra indígena Apinajé, 11 de Janeiro de 2013.
uniaodasaldeiasapinaje.blogspot.com.br
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