Além do fruto, a árvore fornece matéria-prima para o artesanato.
Em Balsas, uma comunidade luta pela preservação dos buritizais.
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Para chegar até o povoado Santa Luzia, há 19 km de Balsas, no sul do Maranhão, é preciso seguir por uma estrada de terra estreita, de vegetação densa. Uma região onde o cerrado predomina.
No povoado vivem cerca de 20 familias, que entre outras atividades rurais, aproveitam muito de algumas árvores nativas do cerrado, como os buritizais, presentes em outras regiões do país. O buriti é muito importante para as famílias das comunidades rurais, pois tudo se aproveita. Desde as palhas até a raiz. É por isso que muita gente chama o buriti de árvore da vida.
Antônio aprendeu cedo as utilidades e valorização do buriti. É conhecido como "mestre" na fabricação de um dos transportes mais antigos da região sul do estado: a balsa, que era utilizada há quase um século por comerciantes pioneiros que ajuidaram a formar a cidade de Balsas.
Essa riqueza que garante o sustento e sobrevivência de famílias rurais está em extinção no cerrado sul maranhense. No município, os buritizais já não são mais encontrados tão facilmente. São cerca de 1.500 talos de buriti para uma balsa com capacidade para transportar 20 pessoas. O meio de transporte fluvial é usado nos dias atuais na festa de Santo Antônio,o padroeiro de Balsas.
Outra utilidade da palmeira na região é para o artesanato. Artesãos fazem telas com os talos e sementes do buriti. Nos quadros rústicos, cenas do folclore da região e da natureza. Um trabalho que exige muito capricho.
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