Data: 31/03/2014
A Declaração de Aptidão ao Pronaf
passa a ser emitida também pelo Incra, conforme Portaria n° 90/2013, do
MDA. A DAP é pré-requisito para acesso a benefícios no âmbito do PBQ, a
exemplo do Programa de Aquisição de Alimentos, Assistência Técnica de
Extensão Rural, Selo Quilombos do Brasil e Selo de Identificação da
Participação da Agricultura Familiar
Integrantes de comunidades quilombolas rurais tem mais uma alternativa para emitir a Declaração de Aptidão ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar
– DAP/Pronaf. A partir deste ano, as unidades do Instituto Nacional de
Colonização e Reforma Agrária (Incra), se somam aos órgãos e entidades
que já disponibilizam o documento, facilitando o acesso das famílias
agricultoras.
Publicada na Portaria nº 90/2013,
do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), a novidade traz
disposições sobre o regulamento e as condições para concessão de crédito
rural. Conforme o documento, a DAP será emitida para todas as
comunidades certificadas pela Fundação Cultural Palmares do Miistério da
Cultura (FCP/MinC). Vale ressaltar que a emissão das declarações não é
automática e será feita mediante requerimento das famílias interessadas.
“A
medida representa um avanço nas políticas públicas”, afirma a
Secretária de Políticas para Comunidades Tradicionais da SEPPIR, Silvany
Euclênio. Ela destaca que as ações terão um alcance maior, já que,
“para acessar benefícios no âmbito do Programa Brasil Quilombola – PBQ, é necessário possuir a DAP”.
Na ocasião, a gestora citou políticas como o Programa de Aquisição de Alimentos – PAA, Assistência Técnica de Extensão Rural – Ater, Selo Quilombos do Brasil e Selo de Identificação da Participação da Agricultura Familiar – Sipaf.
Números
divulgados em fevereiro de 2014 apontam para o total de 2.408
comunidades quilombolas certificadas pela Palmares, e 217 tituladas pelo
Incra. Neste universo, estão incluídas cerca de 150 mil famílias, que
“têm no Incra mais uma possibilidade para emitir a DAP”, conforme
enfatiza a coordenadora-geral de Regularização de Territórios
Quilombolas do Incra, Givânia Silva.
Para
a representante do Instituto, “o que se espera, sobretudo, é facilitar a
obtenção da DAP pelas comunidades certificadas pela Fundação Palmares,
principalmente nos territórios onde já tem processo de regularização
pelo Incra”, afirma. Segundo ela, “é importante frisar que a declaração
também pode ser emitida por outros órgãos, como a Empresa de Assistência
Técnica e Extensão Rural (Emater) ou sindicato rural”, acrescenta.
As
DAPs entregues às famílias quilombolas serão classificadas conforme a
renda do solicitante, com observação de critérios do MDA. As emissões
seguirão, também, as normas gerais descritas no Manual de Crédito Rural.
Programa Brasil Quilombola
Lançado
em 2004, o PBQ tem o objetivo de consolidar os marcos da política de
Estado para as áreas quilombolas. Com o seu desdobramento foi instituída
a Agenda Social Quilombola (Decreto 6261/2007),
que agrupa as ações voltadas às comunidades nos eixos: Acesso à Terra;
Infraestrutura e Qualidade de Vida; Inclusão Produtiva e Desenvolvimento
Local; e Direitos e Cidadania.
A coordenação geral do Programa é de responsabilidade da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial – SEPPIR, que atua em conjunto com os onze ministérios que compõem o seu Comitê Gestor.
A questão quilombola é trabalhada no Governo Federal em algumas frentes. No Plano Plurianual (PPA), a pauta entrou pela primeira vez na peça de 2004-2007. Já no Plano Brasil Maior (2012-2015), o programa temático 2034 - Enfrentamento ao Racismo e Promoção da Igualdade Racial, de execução da SEPPIR, prevê iniciativas de coordenação, monitoramento e avaliação das ações governamentais voltadas para as comunidades quilombolas, assim como ações previstas em mais 14 programas temáticos, contemplando iniciativas de ministérios que compõem o Comitê Gestor do PBQ e outros.
A coordenação geral do Programa é de responsabilidade da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial – SEPPIR, que atua em conjunto com os onze ministérios que compõem o seu Comitê Gestor.
A questão quilombola é trabalhada no Governo Federal em algumas frentes. No Plano Plurianual (PPA), a pauta entrou pela primeira vez na peça de 2004-2007. Já no Plano Brasil Maior (2012-2015), o programa temático 2034 - Enfrentamento ao Racismo e Promoção da Igualdade Racial, de execução da SEPPIR, prevê iniciativas de coordenação, monitoramento e avaliação das ações governamentais voltadas para as comunidades quilombolas, assim como ações previstas em mais 14 programas temáticos, contemplando iniciativas de ministérios que compõem o Comitê Gestor do PBQ e outros.
As ações do PBQ podem ser acompanhadas através do Sistema de Monitoramento das Políticas de Promoção da Igualdade Racial, sem necessidade de cadastro ou senha. Criado pela SEPPIR em parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) e a Fundação Ford, a ferramenta traz informações de diagnóstico e monitoramento do PBQ e do Plano de Prevenção à Violência contra a Juventude Negra - Juventude Viva, duas políticas estratégicas para a promoção da igualdade racial no Brasil.
O
Programa Brasil Quilombola também contribui para o alcance dos
objetivos do Plano Brasil sem Miséria (PBM), já que uma significativa
parcela das comunidades quilombolas é público-alvo do Plano.
Coordenação de Comunicação da SEPPIR
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