O
final de semana de 15 e 16 deste mês (fevereiro), não foi muito fácil pra mim,
mas também tiveram suas grandes vantagens. A compromisso, no dia 15 (sábado),
sai de moto da sede de Urbano Santos por volta das cinco e meia da manhã em
direção ao Povoado Boa União com o intuito de lecionar as aulas na turma do
colégio Múltiplo sobre “História da Educação” naquele lugar do qual tenho
grande apreço e respeito pelos meus queridos alunos (as) e amigos (as). A manhã
estava nublada e serenando um pouco forte, antes de sai da cidade pensei duas
vezes se iria pela estrada dos Povoados Cajueiro, Baixa do Cocal, Santana e
Ingar ou se seguiria pelos Povoados Custódio, Assentamentos Canzilo, Estiva e
Mangabeira. Sendo que foi por esse ultimo que encarei o caminho repleto de
lagoas provocadas pela chuva. Quando entrei nos campos de eucaliptos entre
Canzilo e Custódio recordei da viagem que fiz com a Antropóloga Drª Maristela e
seu grupo de alunos e outros professores, uma saga que realizamos no ano
passado em direção ao Baixão da Coceira –, município de Santa Quitéria-MA. As
horas foram passando lentamente, pois a moto estava muito ruim, problema no
disco de embreagem e plator, mas por fim cheguei às oito horas em ponto no Povoado
Boa União. Fui direto à escola, pois estava com saudades dos meus alunos (as)
que a mais de um ano não os via. Passei a manhã toda em aula, por vota das onze
e meia conclui os assuntos e fomos para o almoço: galinha caipira na casa de
dona Maria, estava ótima a refeição. Voltei a tarde para o colégio e foi ai que
encontrei a Selma esposa de Domingos do Povoado São Raimundo, Selma por mera
consciência me convidou para almoçar em sua casa no dia seguinte 16 (domingo),
que por mais que já tinha ido no São Raimundo nunca lhe visitava. Cobrança.
Selma convidou para degustar um ótimo “leitão
a pururuca regado a suco natural de murici” o convite foi inaceitável, pois
eu já estava mesmo querendo visitar o São Raimundo, fazer algumas fotos do
Projeto de Manejo do Bacuri levado pelo Fórum Carajás – na pessoa do jornalista
e cidadão sãoraimundense Mayron Regis. Pois bem ficou tudo certo. As aulas
terminaram no sábado às dezesseis horas, foi então que peguei a moto e fui
visitar o Povoado Jabuti, antes de chegar por lá, trilhei pelos caminhos
passando pelos Povoados Areia Branca e Palmira. Atravessei a ponte sobre o Rio
Preguiças, encostei em um bar na margem do rio, degustei uma cerveja somente
para relaxar. Segui estrada adiante, até que em fim cheguei no Jabuti –
município de barreirinhas. Dormi por lá. Acordei cedinho pensando no almoço na
casa de Selma e Domingos. Despedi-me dos amigos e voltei para Boa União.
Lecionei no colégio até onze horas e a fome bateu. Finalizei as aulas sobre
“História da Educação” e segui para o São Raimundo, ao chegar na primeira ponte percebi uma roça de arroz –
agricultura familiar, o legume muito bom, acho que o camponês dono daquela roça
deve está feliz com a futura colheita. Entrei no povoado, passei na casa da
Francisca presidente da associação para lhe ver, mas ela não estava. Fui até a
casa de Selma. Ela estava esperando com a mesa recheada de leitão, suco e
salada. Antes de nos servir Domingos pediu para eu fazer algumas fotos, com o intuito de registar aquele almoço único.
Então começamos a degustar, o leitão estava muito bom preparado com temperos do
quintal. Começa uma chuva arrasadora, após o almoço deu um sono danado e, ainda
mais com a chuva. Era muita água e eu tinha que voltar para Urbano Santos, como
a chuva não passou tive que entrar mesmo assim na água, os caminhos estavam
ruins e a moto também. Isso já eram umas quinze horas. Encarei a estrada com
chuva e tudo, cheguei em Urbano Santos as seis da tarde, já quase anoitecendo,
muito cansado da chuva, mas consciente que os dois dias 15 e 16 (sábado e
domingo) foram importantes. Valeu a pena.
JOSÉ ANTONIO BASTO
Email: bastosandero65@gmail.com
Fone: 8893-5626
*Poeta
e militante dos direitos humanos
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