Das aproximadas 400 famílias de
trabalhadores e trabalhadoras rurais que atualmente ocupam a área dos
povos indígenas AwáGujás, e que devem dentro dos próximos 40 dias deixar
o local para serem reassentadas em outra área desapropriada pelo Incra,
têm mantido contatos permanentes com a direção Da Fetaema. Até o último
final de semana, 165 já haviam se cadastradoe as demais estão sendo
aguardadas. Chico Miguel, presidente da Fetaema, elogiou a maneira ampla
e correta da Justiça Federal na garantia de direitos legítimos dos
agricultores familiares, inclusive cobrando celeridade por parte dos
órgãos fundiários como o Incra e o Iterma.
Chico Miguel denúncia, que alguns
problemas estão surgindo na área AwáGuajá, decorrente do pessoal da
Federação da Agricultura do Maranhão – FAEMA, que congrega os
latifundiários instalados no local, muitos ocupantes de milhares de
hectares e até com mais de duas mil cabeças de bovinos, que estão
insuflando trabalhadores e trabalhadores a resistir para não sair da
área. Mediante ofertas de carne e outros alimentos, o pessoal da FAEMA e
os grileiros que lá estão, orientam os trabalhadores a não aceitarem a
remoção e tratem de lutar para ficar onde estão. Técnicos e assessores
da Fetaema, já realizaram reuniões com os trabalhadores rurais e
informaram a eles que seus direitos serão preservados pela Justiça
Federal, sem prejuízos, além de que irão receber uma área nova com
títulos definitivos de propriedade.
Diante dos perigos da insuflação à
desobediência que está sendo semeada aos trabalhadores e trabalhadoras
rurais, e até mesmo visando uma maior celeridade para as desapropriações
de áreas para as aproximadas 400 famílias, o presidente da Fetaema,
Chico Miguel segue na próxima semana para Brasilia, onde tem audiências
marcadas com os ministros Pepe Vargas, do Desenvolvimento Agrário e
Gilberto Carvalho, da Secretaria da Presidência da República, para
tratar exatamente da celeridade para a transferência das famílias e a
garantia de todos os seus direitos sociais e o perdão de dividas que
tenham com bancos decorrentes de projetos do Programa Nacional de
Fortalecimento da Agricultura Familiar – Pronaf.
aldir dantas
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