sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

OS IMPACTOS DAS MONOCULTURAS NO SOLO, NO CLIMA E NOS RECURSOS HIDRICOS




Ele passara muitos dias naquela região. Nem tinha ideia de quantos dias foram em oito anos. Como esses dias se comportavam em sua mente e em seu espirito também não sabia. De tantos dias, o ar empesteado pelas carvoarias se impusera como norma. Contrariar isso de que forma? Quem se interporia entre as áreas de Chapada e os plantios de soja e de eucalipto que as ameaçam? As Chapadas não se repetem. Um trecho da Chapada destoa completamente de outro. Neste, coleta-se bacuri. Naquele, coleta-se pequi. Sem esquecer a mangaba. Os pequizeiros se concentram em ambientes mais secos. Os bacurizeiros se concentram em ambientes mais úmidos. Com efeito, a relação entre espécies vegetais e o clima nunca foi, devidamente, estudada. Acusou-se agricultura familiar de impactar o solo, o clima e os recursos hídricos ao queimar ou desmatar pequenas áreas como, geralmente, acontecia no Maranhão décadas passadas. O que dizer, então, dos desmatamentos e plantios de monocultura em larga escala que as empresas praticam nas bacias hidrográficas do rio Munim, Preguiças, Buriti, Magu e Parnaiba? Quando alguém vê um bacurizeiro com cinquenta anos ou um pequizeiro com duzentos anos nem sonha quanto tempo essas espécies levaram para se adaptar ao clima e ao solo do Cerrado. O eucalipto e a soja se adaptaram em parte ao clima e ao solo do Cerrado por obra e graça da ciência. Em favor das espécies exóticas, as pesquisas encurtaram os panos do e os planos onde o tempo se inscreve. Ganhou-se em produtividade e perdeu-se em biodiversidade, microclima e recursos hídricos.  
Mayron régis

2 comentários:

  1. IMPACTOS NA SOBERANIA E SEGURANÇA ALIMENTAR!!!!!!!

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  2. Mayron, eu gosto de suas matérias e agora adontado esse estilo. Parabéns.
    Ednalva.

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