sexta-feira, 6 de junho de 2025
tamarino
O tamarino prega peças no senso comum do ser humano. Tinha tudo para ser uma fruta antipatizada e pouco lembrada entre as frutas nativas do Maranhão. Por conta da azedura do sabor e da aparência da fruta. Se alguém perguntasse sobre o sabor responderia "e azedo". Se alguém perguntasse da aparência responderia "estranha". O tamarino compõe parte das lembranças obtidas durante as férias de julho no município de Governador Eugênio Barros centro leste maranhense. Jogo de bola embaixo do tamarineiro e de outras árvores e para merendar tamarino sal pimenta de cheiro e vinagre. Coisa de criança que não tinham o que fazer e o que merendar. Coisa mais de meninos que desafiavam o padrão alimentar instituído. Descrever o formato e o gosto do tamarindo requer competência. Requer recursos literários e imageticos comparáveis aos de Guimarães rosa em grande sertão veredas que descreveu o Cerrado e que elevou o Buritizeiro as alturas de personagem literário. Quem sabe o tamarineiro tenha sorte e algum escritor se proponha a enaltece lo literariamente e ecologicamente. Porque o tamarineiro nos anos 80 exerceu uma função destacada na fisionomia da zona rural do Maranhão. Ainda exerce. Em uma viagem pelos povoados de Santana do Maranhão, baixo Parnaíba maranhense, Maria dos Reis celebrava com prazer cada tamarineiro visto a beira da estrada.
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