sexta-feira, 6 de junho de 2025
a invisibilidade
As populações tradicionais foram invizibilizadas (ou seja tornadas invisíveis). Recorre se a expressão invizibilizar na hora de se referir ao comportamento do estado para com comunidades tradicionais e quilombolas. O problema dessa expressão é que ela não permite que se va atrás de outras palavras que possam enriquecer o caldo do que se quer dizer. A melhor expressão seria as comunidades tradicionais e quilombolas foram (e são) ignoradas porque daí se puxa a palavra ignorância de imediato. O caso mais recente que não pode ser ignorado é o das comunidades quilombolas de Anajatuba. Elas foram sumariamente ignoradas pelo Estado do Maranhão em sua pressa de construir uma estrada que liga a sede de Anajatuba a foz do rio Mearim. Por mais que se propale e propague se a ideia de que a obra servirá para os moradores de Anajatuba é mais correto afirmar que a obra beneficiará a grilagem dos campos com seu cercamento e incentivara a criação de camarão em cativeiro(carcinicultura). Essa é a análise que os movimentos sociais e ongs fazem dessa obra. As comunidades quilombolas e tradicionais serem ignoradas pelo governo do Estado do Maranhão reflete mais a ignorância da parte deste por ignorar as atribuições constitucionais que lhe competem pois a preservação dos recursos naturais e a proteção dos territórios tradicionais devem ser algumas das obrigações ao que governo teria que se submeter. A estrada corta os campos naturais da ilha do teso que e um território quilombola e um território de pesca. Quem e o responsável pelo licenciamento e o estado que também conduz a obra. Ao licenciar e iniciar a obra sem consultar as comunidades quilombolas e sem pensar os campos naturais como um ambiente de grande biodiversidade o estado e seus órgãos se mostram ignorantes. Ignorantes com relação a dimensão humana e com relação a dimensão ambiental.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário