sexta-feira, 6 de junho de 2025

sabão de bacuri

Os bacuris estavam jogados ao chão como se tivessem sido esquecidos ou desprezados. Completamente despidos de qualquer sinal de carne. Uma coisa se aprende e ensina se: carne não é tudo. Na verdade, aqueles caroços de bacuri largados no chão de uma casa no povoado passagem do lago município de Paulino neves iriam virar sabão. Uma prática rotineira das comunidades tradicionais da zona rural do Maranhão. Vejam onde chegou o bacuri (chão) e de onde ele veio (alto). No alto, suspenso pelos galhos, confundindo se com as folhas do bacurizeiro, os bacuris crescem em volume e assumem cores imprevisíveis. A filha da Eliane, presidente do STTR de Paulino neves, chegou com três bacuris pequenos nas mãos. As tonalidades das cores dos três surpreenderam. O bacuri e uma das espécies mais imprevisíveis da flora seja pelo sabor que quase sempre e doce mas também tem os azedos ou seja pela capacidade de brotar em qualquer tipo de relevo. José Maria, militante da comissão pastoral dos pescadores, espantou se ao descobrir a presença de bacurizeiros em solo arenoso que e uma característica tanto de Paulino neves como de barreirinhas, municípios do litoral maranhense.

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