O latifúndio perverso de Codó, acreditando na impunidade e no apoio de instituições públicas, já incendiaram roças, casas e uma Igreja Católica. Agora prometem muito mais.
Aqui em Codó quando se trata de
crimes contra agricultores, pode-se ver de tudo em relação à violência. A
afirmação é de lideranças do Sindicato dos Trabalhadores na Agricultura
Familiar, Comissão Pastoral da Terra de Coroatá e do Conselho
Comunitário Rural, diante de privilégios de instituições públicas em
favor de políticos e empresários do município, alguns dos quais
envolvidos em trabalho escravo.
O Poder Politico instalado no
município é um dos mais perversos e sempre tem seus interesses
garantidos por instituições de todos os Poderes Constituídos. As
mudanças tão propaladas incorporaram os mesmos elementos e grupos
políticos que perseguem posseiros, de uma maneira acentuada quilombolas,
incendeiam roças e até templos católicos e exercem manipulação no
INCRA e no ITERMA para evitar desapropriações e regularizações
fundiárias em Codó. A escravidão humana é também referência, tendo à
frente políticos e empresários.
Durante reunião realizada com
famílias da comunidade Amparo, na Paróquia Trizidela, lideranças do
Sindicato dos Trabalhadores na Agricultura Familiar, da Comissão
Pastoral da Terra de Coroatá, do Conselho Comunitário Rural e grupos de
trabalhadores e trabalhadoras de mais de seis comunidades, fizeram
diante das denúncias de mais de 50 famílias, uma avaliação da iminência
de novos conflitos e confrontos sangrentos, em várias áreas em que
jagunços e pistoleiros desestabilizam famílias de posseiros.
As denúncias no local estão
concentradas na família Reis, que tem como um dos seus prepostos o
elemento conhecido como Miosésinho,
Como estratégia para retirar de
50 famílias, o direito de posse de mais de meio século, chegou a
oferecer uma área de outro lado do conflito, com a promessa de doação.
Sem a devida orientação os agricultores aceitaram e acabaram sendo
enganados, mas não tiveram perda da posse, em razão das terras estarem
na mesma gleba, que pode ser desapropriada, bastando apenas a
intervenção do Governo do Estado, que aliás tem uma promessa feita junto
a Fetaema, de enfrentar os conflitos agrários e zelar pela paz social.
Pelo menos, até agora não há
qualquer sinalização positiva, muito pelo contrário latifundiários e
elementos envolvidos no trabalho escravo em Codó, hoje estão em perfeita
sintonia com o Palácio dos Leões.
Não será surpresa se voltar a
serem registrados confrontos sangrentos no município, por falta de
compromisso do governo. Padres e lideranças comunitárias estão
ameaçados de morte, que podem ser concretizada a qualquer momento.
Aldir Dantas
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