segunda-feira, 6 de julho de 2015

Codó é uma das referências da violência contra trabalhadores e trabalhadoras rurais no Maranhão


aldir
O latifúndio perverso de Codó, acreditando na impunidade e no apoio de instituições públicas, já incendiaram roças, casas e uma Igreja Católica. Agora prometem muito mais.
Aqui em Codó quando se trata de crimes contra agricultores, pode-se ver de tudo em relação à violência. A afirmação é de lideranças do Sindicato dos Trabalhadores na Agricultura Familiar, Comissão Pastoral da Terra de Coroatá e do Conselho Comunitário Rural, diante de privilégios de instituições públicas em favor de políticos e empresários do município, alguns dos quais envolvidos em trabalho escravo.
       O Poder Politico instalado no município é um dos mais perversos e sempre tem seus interesses garantidos por instituições de todos os Poderes Constituídos. As mudanças tão propaladas incorporaram os mesmos elementos e grupos políticos que perseguem posseiros, de uma maneira acentuada quilombolas, incendeiam roças  e até templos católicos e exercem manipulação no INCRA e no ITERMA para evitar desapropriações e regularizações fundiárias em Codó. A escravidão humana é também referência, tendo à frente políticos e empresários.
        Durante reunião realizada com famílias da comunidade Amparo, na Paróquia Trizidela, lideranças do Sindicato dos Trabalhadores na Agricultura Familiar, da Comissão Pastoral da Terra de Coroatá, do Conselho Comunitário Rural e grupos de trabalhadores e trabalhadoras de mais de seis comunidades, fizeram diante das denúncias de mais de 50 famílias, uma avaliação da iminência de novos conflitos e confrontos sangrentos, em várias áreas em que jagunços e pistoleiros desestabilizam famílias de posseiros.
        As denúncias no local estão concentradas na família Reis, que tem como um dos seus prepostos o elemento conhecido como Miosésinho,
        Como estratégia para retirar de 50 famílias, o direito de posse de mais de meio século, chegou a oferecer uma área de outro lado do conflito, com a promessa de doação. Sem a devida orientação os agricultores aceitaram e acabaram sendo enganados, mas não tiveram perda da posse, em razão das terras estarem na mesma gleba, que pode ser desapropriada, bastando apenas a intervenção do Governo do Estado, que aliás tem uma promessa feita junto a Fetaema, de enfrentar os conflitos agrários e zelar pela paz social.
          Pelo menos, até agora não há qualquer sinalização positiva, muito pelo contrário latifundiários e elementos envolvidos no trabalho escravo em Codó, hoje estão em perfeita sintonia com o Palácio dos Leões.
          Não será surpresa se voltar a serem registrados confrontos sangrentos no município, por falta de compromisso do governo.  Padres e lideranças comunitárias estão ameaçados de morte, que podem ser concretizada a qualquer momento.

Aldir Dantas

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