A área verde, de mata quase intacta, é imensa: mais de 50 mil hectares. Na vegetação do cerrado vivem diversas espécies.
No sobrevoo pela área, é possível ver a imensa cratera que foi aberta bem no meio da mata. Segundo o Ministério Público de Goiás, culpa dos fazendeiros que plantam soja bem no alto da serra.
O perito mostra as imensas lavouras. A mata desaparece nas encostas e a soja ganha espaço. "A ocupação dos fazendeiros ela chega até a borda. Então você não respeita a área de preservação permanente e ainda não tem nenhum cuidado na condução da água. Na medida em que se você conduz toda água da área lá de cima pra um ponto só, a tendência é que essa água desça com uma força muito grande provocando o processo que aconteceu aqui", afirmou o perito ambiental Rogério da Silva.
A avalanche arrancou árvores, soterrou nascentes, desviou leito de rios que agora estão sujos.
Os pesquisadores ainda não conseguiram descobrir qual o tamanho do estrago no Parque Estadual Terra Ronca. O local é conhecido no mundo inteiro por conta da grande quantidade de cavernas gigantescas.
Na área foram descobertos animais e peixes que só vivem nesta região e agora podem estar ameaçados por causa desta destruição.
“Aquele é um início, foi um ponto identificado. Mas pelo sobrevoo, nós podemos perceber pelas imagens que há outros locais críticos onde podem ocorrer novos deslizamentos, se alguma atitude não for tomada com antecedência”, disse o promotor do meio ambiente Douglas Ribeiro.
A Delegacia do Meio Ambiente determinou que os fazendeiros tomem providências para conter a água da chuva.
O sindicato rural alega que não existe lei que obrigue os proprietários a adotar medidas preventivas.
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