A Fetaema comunicou a
Ouvidoria Agrária Nacional e a Comissão de Combate a Violência no Campo e
vai denunciar ao Conselho Nacional de Justiça, a decisão intempestiva
do juiz Marco Aurélio Barreto Marques, da Comarca de São Mateus, que
embora tendo conhecimento que uma área ocupada por mais de 80 famílias
conhecida como Campo do Bandeira, município de Alto Alegre, é
constituída de terras devolutas, decidiu conceder reintegração de posse
ao latifundiário Biné Figueiredo, ex-prefeito de Codó e latifundiário
integrante da lista suja do trabalho escravo e politico da base do
governo Roseana Sarney. Um dos fatores que acabou se constituindo em
favorecimento da atitude do magistrado foi demora do ITERMA, em fazer a
arrecadação das terras, o que pode ser perfeitamente entendido como um
jogo de interesse politico, no momento em que há uma busca desesperada
de adesões partidárias.
O
que mais surpreendeu as lideranças do Movimento Sindical Rural foi a
presença em massa da Polícia Militar por determinação da Secretaria de
Segurança Pública, conforme foi dito pelos integrantes da operação. A
policia eficiente,foia mesma policia que se negava a apurar as ameaças
as famílias, principalmente a idosos e crianças com a promoção de
tiroteios à noite por jagunços do ex-prefeito Biné Figueiredo.
A
perseguição empreendida às 80 famílias do Campo do Bandeira já foi
denunciado a Anistia Internacional e o Governo do Maranhão já recebeu
cobranças de várias entidades para a resolução do problema, mas
infelizmente os interesses políticos falaram mais alto e o governo se
torna com a justiça algozes de famílias pobres e humildes, que a exemplo
de tantas outras estão correndo o risco de serem banidas para locais
desconhecidos para viverem na absoluta miséria e os jovens e as jovens
se tornarem presas fáceis para a criminalidade, o tráfico de drogas e a
prostituição. Os idosos, a exemplo do que já ocorreu em outras expulsões
acabam morrendo por terem sido retirados pela violência do meio rural,
onde nasceram e foram criados. O presidente da Fetaema, Chico Miguel
reunido com a assessoria jurídica da entidade, decidiu que haverá
cobrança para o Governo do Estado, para a Ouvidoria Agrária Nacional,
para a Comissão de Combate a Violência no Campo e para o Conselho
Nacional de Justiça. Ele já recebeu o apoio da CONTAG para que juntos
lutem em defesa dos direitos e da dignidade das famílias do Campo do
Bandeira.
aldir dantas
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